Em termos de etnografia não está correto, mas há que perceber a proposta do grupo, que na altura se propunha a demonstrar a variedade de trajes e danças das várias regiões de Portugal. Na altura não estava comprometido com apenas uma região etnográfica. No Brasil, como em outros países da diáspora, há casas que não tem compromisso com uma única região de Portugal.

Um campino de cinta dessa forma, Nao nem lhe fica bem tambem as dancas do minho que adoro e como ribatejana dancei e cantei, mas esse traje ai no meio me choca , boa continuacao e saudacoes folcloricas

💐💐💓💓💓💓💓🥇🥇🏆🧖🧖🧖🦸🦸🧞

Sim, é ela mesmo. Por isso fiz questão de gravar. A Gláucia e o Marcos também estão no palco. Um grande abraço para todos vocês.

2368

Onde fica?

Boa tarde Sra. Marta Vargas! Saudações a toda gente do Algarve, em especial a São Bartolomeu de Messines, de onde se não me falha a memória vem este baile de roda, e pela precisão das suas palavras acredito que seja a sua terra. Agradeço o comentário e a compreendo bem. Perceba que trata-se de um grupo recreativo criado há pouco mais de 10 anos por senhores e senhoras que após andarem a divulgar suas tradições por 30, 40 anos em grandes grupos folclóricos no Brasil, tiveram por gosto reunirem-se para relembrar a sua terra e manterem-se em actividade, junto com filhos e netos. Alguns são portugueses que vieram ao Brasil muito pequeninos e já tem hoje seus 80 e tals anos, outros não tiveram a oportunidade de conhecer Portugal. Alguns neste vídeo infelizmente já nem estão entre nós. Como não seria possível dançar com o vigor que boa parte das modas do Algarve e outras regiões de Portugal exigem, foram feitas adaptações, já que o objetivo aqui não é a etnografia, e sim o bem estar dos dançarinos e o entretenimento. Neste caso trata-se de uma actuação para alegrar o dia de senhoras e senhores residentes em um lar de idosos, e a contra partida foram os aplausos e os sorrisos destes senhores de alma jovem. Sou apoiador do movimento folclórico, e também aprecio o rigor nas representações, mas também compreendo as dificuldades, em especial quando trata-se da diáspora. Este é um grupo que não tem ligação com qualquer entidade, constitui-se de amigos que se encontram com os familiares após o seu voluntariado e o seu trabalho, para tocar e dançar, do modo que a cabeça lembra e o corpo permite, e quando possível tem o orgulho de tornar público o quanto apreciam Portugal. Que este tempo de pandemia passe logo e o todos voltem a sua actividade. Com os meus melhores cumprimentos e o desejo de muita saúde para todos. Bem haja.

Caro Márcio Marques, Entendi tudo o que escreveu e sim você sabe de onde é esse baile, a minha terra, precisamente. Mesmo tratando se de uma brincadeira, um momento descontraído (que tem todo o valor), pode sempre referir nas suas edições presentes ou futuras que publica em KZbin essas referências ou em que se inspiram os grupos que você publica de diferentes regiões . Penso que quem vê e lê ficará também melhor informado. Neste caso esse baile de roda tem conteúdo da nossa recolha mas adulterado sobretudo na dança, contudo entendo o que fala sobre a diaspora. Fernando Pessoa escreveu : " a morte é a curva da estrada" neste caso na estrada da vida. Também nos já perdemos vários elementos mais velhos e mais novos, com a certeza porém, que a preservação e a divulgação fidedigna devem estabelecer um compasso de verdade nas nossas vidas. Felicidades e muita saúde a todos no Brasil ( que será sempre um país de irmandade).

espero que os BR compartilhem desse seu pensamento algum dia, que despertem. Procuro saber de onde vem nossa cultura vendo os parentes mais próximos.