Quando se fala sobre registro de atividade policial em serviço, levanta-se uma notável polêmica. Situações diversas de falhas cometidas em abordagens policiais são preocupações de grande parte da população civil. Por outro lado o custo operacional da implantação de tal serviço preocupa governos e secretarias. Além disso aumenta a pressão existente no policial. As redes sociais, lugar principal de livre expressão contemporânea, retratam, em todo o mundo, uma série de casos onde encontra-se registro em vídeo de equívocos como: abuso de poder, casos de racismo, uso demasiado de força entre outras falhas. Gerando assim uma sensação de insegurança e dúvida perante o serviço. Considerando as possibilidades do início do uso de tal recurso, nota-se um claro revés: um novo e grande custo operacional. Não só a aquisição de câmeras e dispositivos de armazenamento, como também contratos de manutenção e de mão de obra especializada geram preocupação ao Poder Executivo devido à necessidade de capital levando ao aumento das despesas. Ainda convém lembrar que observa-se uma natural pressão psicológica exercida sobre o policial, fato que pode ser agravado devido ao registro das atividades. Visto que muitas vezes, em ocasiões complexas como estar entre a vida e a morte, cabe ao policial julgar a melhor tomada de decisão. Dadas as observações, conclui-se que com um planejamento financeiro e alinhamento das secretarias, o governo poderá gerar fonte de capital para que seja possível tanto a implementação do recurso como também o fomento ao cuidado da saúde psicológica e preparação dos policiais. Assim sendo, o uso de câmeras nas fardas policiais tende a trazer um quadro positivo no que se refere à sensação de segurança, tendo em vista que além de trazer segurança jurídica às corporações, os esclarecimentos dos fatos atenderão às expectativas da população logo, resultando no equilíbrio dos aspectos adversos dessa questão.