@@lucemerialves4858 , valeu!

@@alessandromog5208 Obrigado!

@@AndreVlaamsValle, hehe, fazer o que, realmente atrapalha. Eu respeito essa opinião também. Mas é como falei, tem outras questões. Valeu por participar, amigo Até

Meu, amigo, muito obrigado, de coração, por vir aqui deixar uma mensagem que vai me dar mais força para continuar trabalhando. Valeu demais! Até a próxima, tamo junto

@@Ricardo-lg4vs , de boa. Elabore mais

@@lucasmartinscorrea8736 , massa, isso é excelente! Valeu pelo feedback, Lucas!

@@moco9748 , ahhh, que massa! Fico feliz com isso. Valeu demais mesmo pelo com - e se quiser pode sugerir vídeos pra eu fazer (estou pesquisando sobre o que mais vou abordar). Bem-vindeaté a próxima!

@@gasparito , pois é, mano, eu que entendi errado, se não eu mesmo tinha te enviado o link desse canal no direct. Valeu por comentar? Tamo junto

@@rafaelprudenciomoreira6496 o Miles roubou música que o Hermeto tinha apresentado pra ele, e ainda registrou no nome dele. Eu acho que tem vídeos falando sobre esse acontecimento específico aqui no KZbin também. Valeu!

Salve, Guilherme! Incrível o seu comentário, muito bem colocado: os problemas que você levanta não são fáceis de resolver problemas realmente ainda necessitam de mais pesquisa. Eu, por enquanto, ainda não creio que a noção da teoria musical branca seja em si racista, de modo que seja preciso revolucionar completamente a nossa noção de teoria musical. Mas nada é mais evidentemente racista que a desfeita feita com as concepções de mundo e de música de origem africana: isso não aparece no currículo, exceto nos casos em que o professor sente de trazer. Enfim, obrigado por participar dessa discussão em aberto. Até!

@@samucacassiandrade626 hehe, isso foi engraçado. Não concordo, mas foi engraçado! Valeu

@@joseanselmodesousa1458 , salve. Boa: essa é uma posição válida, e de certo modo, ela reflete um pedaço do meu argumento sobre análise do caráter de um indivíduo versus a análise da condições sociais e culturais. Se puder, elabore um pouco mais sobre os motivos disso. Obrigado!

@@natansantos7117 , salve, Natan. Sim, entendo perfeitamente o seu ponto. Ainda que o Lulu Santos quisesse prosseguir com a sua ideia e fazer com as pessoas parassem de bater palmas, existem outras formas de se fazer isso, e ele escolheu fazer do jeito que fez. Tem talento, sim, e eu acredito que é preciso respeitar artistas e a arte em geral - existem muitas motivações e peculiaridades dos artistas que o público desconhece. Mas, pessoalmente, minha opinião vai mais de acordo com o seu pensamento. Valeu!

Eu também não iria.

Nada a ver, o músico tem direito a ser arrogante. As pessoas não estão preparadas pro nível de genialidade. O que acontece é que os dois lados procuram uma aproximação. O artista deseja que o público entenda o que ele quis passar e o público deseja que o artista seja acessível, gentil, pé no chão enfim um 'role model'. Eu nunca deixei de gostar de nenhum artista por causa de 'arrogância' ou posição política. Então Morrissey, Lobão, Prince, Renato Russo, Dinho, Roberto Carlos, Tim Maia, Ed Motta, Michael Jackson, George Michael, P Diddy tem suas obras marcadas na minha memória apesar de qualquer coisa que falem contra eles. Somos todos falhos e a arte é o que importa

@@antonioaugustocarvalho @antonioaugustocarvalho , salve, Antônio, muito obrigado pelo seu comentário. Apesar de eu ter os meus motivos para manter uma posição crítica frente ao predomínio da cultura de apresentação de Obras, eu não me vejo como estando certo. Por isso as várias posições e a conversa são fundamentais - penso que o seu ponto de vista é muito válido e existem muitos bons argumentos que demonstram como parte do problema é que o público não vê a arte como algo de valor NO SENTIDO em que o músico vê. Isso existe. Só que na minha experiência pessoal com esses tópicos eu acabei encontrando mais problema nisso que eu vi como "elitismo" do que com a desvalorização do artista (ambos problemáticos). E, claro, falando especificamente do caso do Brasil, como você falou, a gente também acaba percebendo esses problemas de outras formas. Enfim, obrigado de qualquer forma!!

@@YvanRomeiroJr , valeu, Yvan!

@@antoniohomrich4073 , elabora

@@samucacassiandrade626 , obrigado por compartilhar suas ideias aqui.

@@leo.monassa , valeu, Leo!

Salve, Gustavo, valeu pelo comentário. Não tem uma resposta só para essa questão sobre a natureza da música, e eu concordo com a sua noção de "manipulação de sons para gerar algum tipo de emoção" - na grande maioria dos contextos em que a gente suspeita da existência de uma atividade musical, se não em todos, há organização dos sons e também emoções geradas a partir desses sons. É uma definição que consegue ser bem geral e englobar muitas tradições diferentes, no passado e no futuro também. Na minha opinião, essa não uma versão completa porque não chega a mencionar qual é o OBJETIVO de se fazer música. Mas esse - o objetivo - não pode ser universalizado, ou seja, nunca vamos encontrar um único objetivo e nem um único motivo para reunir pessoas e instrumentos musicais: existem vários, e dependendo da sociedade e da cultura em questão, esses objetivos podem ser bem diferentes. Parece que os diferentes objetivos (e os valores culturais por detrás deles) criam campos diferentes do fazer musical. É tudo música, e o som está sempre organizado, e envolve alguma emoção; mas os valores, os objetivos e o modo de fazer são diferentes. Valeu pela conversa, nos vemos!

@@lillojader , ei, Lilo, que massa, cara! Muito obrigado pelo seu comentário, valeu mesmo. E volte sempre aí! Até a próxima

@@Freakenbacker , muito bom o sem comentário, o relato, e toda a sua experiência, amigo! É muito bom quando alguém com muito mais experiência profissional consegue confirmar o ponto de vista que eu coloquei aqui. Acredito que eu aprendi de uma maneira parecida com a sua, usando bastante a teoria, mas depois tentando se abrir para a intuição ao vivo. É um bom caminho (se você não ficar preso em algumas questões teóricas e fique travado com isso). Mas, como você disse, existem muitos tipos de músicos diferentes. Na minha humilde opinião, a insistência de que o aprendizado do músico TEM QUE ser de um jeito específico, que tem que ter necessariamente a teoria se não nada nunca acontece... essa perspectiva parece falsa. De novo, muito obrigado por contribuir com a discussão!

@@k_ldrarik_ldrari2734 , salve! É, isso acontece, não é algo tão inusitado. O nosso trabalho é tentar fazer com que a prática aos poucos vá se aproximando do nível do seu conhecimento teórico. Abraço.

@@teluricus, sim, teluricus, a teoria pode ajudar muito o músico em todos os estágios do seu desenvolvimento, especialmente no começo, na minha opinião. Tudo o que eu faço em música atualmente é orientado por conceito teóricos sobre como a harmonia funciona no tonalismo. Existem pessoas que, ao tocarem, executam sons com todos as características que nós já conhecemos pela teoria (como a correta condução de vozes ou a capacidade de improvisar estando de acordo com um estilo musical específico). E isso se dá mesmo quando esses indivíduos não têm a capacidade para FALAR sobre sua música em termos teóricos. A teoria, ainda assim, é o discurso capaz de descrever tudo aquilo que eles, sem saber, tocam. Podemos descrever todos os exemplos musicais que imaginarmos a partir de conceitos teóricos, mesmo que os próprios músicos executores não possam (às vezes..) nomeá-los. Também é importante lembrar que a Prática pura é fundamental em todos os níveis de desenvolvimento. "Pura" porque é ação musical feita sem a orientação EXPLÍCITA de qualquer pensamento teórico - como quando você simplesmente começa a tocar algo que já domina há anos, abruptamente, sem pensar. Improvisar de modo exploratório, só para aprender como você se sente ao criar situações musicais diferentes, é outro exemplo de pura prática. Essas experiências não são exatamente "teóricas", ainda que se possa usar teoria para descrevê-las, e ainda que o músico em questão tenha estudado teoria musical. O envolvimento com elas também parece ser importante para o desenvolvimento de muitas das nossas habilidades musicais. É por isso que alguns conseguem tocar relativamente bem sem o conhecimento teórico EXPLÍCITO em suas cabeças na hora em que vão tocar ao vivo. Enfim, eu posso sugerir que: um pouco de teoria, um pouco de pura prática, e um pouco da combinação entre elas é um bom método de aprendizado musical para o iniciante. Obrigado por ler até aqui, hehe.

@@felipeostrufkmelo3641 , salve, Felipe! Muito obrigado mesmo! Volte sempre

@@pedroaugusto3704 , então, é fácil, nem precisa comprar nada. É só digitar "drone C" ou "drone Bb", "drone F#" na busca do KZbin e você vai encontrar vídeos que contém apenas uma única nota por vários minutos. Eu só uso assim, é bem útil. Bons estudos

@@lucasmartinscorrea8736 , essa é mesmo uma boa perspectiva, Lucas. Realmente, esse não é um assunto que só tenha uma resposta por causa da ambiguidade de termos como "Arte" e "Artista" ao longo da história. Mas, apesar de que eu me enveredo bem mais por essa linha de pensamento do vídeo, eu concordo com a sua visão também. Obrigado pelo comentário! Volte sempre

@@GenLie , obrigado pelo seu depoimento, amigo! Muita música pra você, um abraço!

Muito, muito obrigado mesmo. Vou lá ver o seu vídeo depois! Muito sucesso e boa sorte nas produções

@@walterrenatogoncalvesgonca7819 , salve, Walter, Bem-vindo aí! Muito obrigado, e que legal saber do seu professor - é massa que outras pessoas pensam assim também. Abraço, e volte sempre.

@@renatonascimento295 , valeu, Renato, muito obrigado!

@@renatonascimento295 Massa! Obrigado por assistir ao conteúdo!

@@adolfoalmeidajr.3483 , Olá, muito obrigado, Adolfo. Sim, eu entendo. E você faz bem em notar isso - quando gravei esse vídeo usei o exemplo da improvisação livre de uma forma que reforça o senso comum. Mas era com a intenção mais jocosa, meio que vestindo a camisa de quem não entende improvisação livre. Não é exatamente o que eu faço hoje em dia, mas já fiz improvisação livre na universidade, e algumas das minhas ideias sobre improvisação estão num diálogo com o movimento da improvisação livre. Se fosse hoje eu já faria diferente essa passagem do vídeo. Inclusive, tenho outro vídeo aqui onde eu me estendo bastante sobre Improvisação Livre, especificamente. Nesse vídeo eu crítico o fato do nome do movimento ser "livre" quando na minha opinião pessoal não é livre. Mas isso também é um diálogo respeitoso com o movimento, afinal, o meu ideal é ser mais livre também. Obrigado pela oportunidade dessa conversa. E, nos próximos vídeos, vou melhorar esse aspecto também, sem deixar tanta margem para o senso comum. Obrigado!

Muito obrigado!!! Abraços

@@reinaldonascimento1933 , muito obrigado, Reinaldo!

@@marcilioguimaraes4243, salve, Marcilio! Eu entendo, pode ser frustrante mesmo. Infelizmente, penso que não existe solução rápida para isso. Se falta a linguagem do violão, talvez precisa passar mais tempo só com os elementos técnicos e teóricos do violão, treinando escalas, arpejos e principalmente tirando frases das músicas. A ideia é que aos poucos essa técnica vai alcançar a sua imaginação melódica e daí você vai finalmente conseguir passar essas ideias para o violão. Mas não é fácil mesmo. Eu ainda estou tentando fazer isso e sei que tenho muito o que melhorar. Violão é difícil mesmo. Valeu pela troca de ideias. O que precisar é só dar um toque. Até a próxima.

@@fluxo_musical salve grande Mestre, muito grato pelo feedback. Sim, vou insistir c paciência na tecnica, tlvz isso possa brotar musicalidade d improviso.

@@marcilioguimaraes4243 , claro! Valeu. Até a próxima

Que bom que as dicas funcionam. Valeu, Renato! Abraço.

Ah, massa demais, Vitor, que bom, cara!! Legal que a gente vai se encontrando por aqui, porque pra mim a música também é algo transcendental (já tive inúmeros bons momentos desses), e acho que muitos outros sentem assim também. Obrigado você pelo feedback, por dar uma força pro canal - valeu mesmo. E quando discordar de mim, também é interessante, e não hesite em dizer que a gente vai se afinando nessas ideias. Até a próxima!

Como sempre conteúdo excelente,deveria ter um alcance maior…de qualquer forma deixo meu comentário pra ajudar no engajamento e passar a mensagem pra frente,apenas continue.

@@davibasilio9196 , obrigado pelo engajamento aqui, ajuda bastante. Valeu!

Salve, Zelo (é zelo, certo?)! Muito bom, cara. Eu sinto exatamente a mesma coisa. Eu não entendia isso no início, mas um dos maiores segredos da evolução musical está no modo como você enxerga a prática cotidiana, o treinamento. Eu tive que aprender a confiar mais nessa evolução lenta, mas certeira, do que ficar ansioso demais com os meus erros no momento presente. E os saltos de nível é uma coisa muito louca mesmo! Parece que é como se a evolução já tivesse acontecido faz um tempo, mas tivesse ficado "estancada" em algum ponto no cérebro, sem poder fluir e se espalhar para o resto do organismo. Daí chega um dia que aquele fluido se solta (parecido com a sensação de você ter água dentro dos ouvidos, e depois de um tempo aquilo simplesmente passar, do nada), e tudo faz sentido. Valeu pela troca de ideias! Nos vemos

@@zeloblues , valeu demais! Poxa, isso é muito verdade. Eu fiz um vídeo há pouco falando pra você aprender a variar, a sair do Loop, a quebrar padrão, para não ficar preso numa ideia e assim evitar se soltar com tudo no improviso. Mas nesse vídeo mesmo eu tive que fala roda hora que depende da intenção e da pessoa, justamente porque, como você vem colocou, existe o transe hipnótico ligado à repetição direta. É difícil fazer um vídeo que contemple tudo, e dá a impressão que eu discordaria do que você colocou, mas eu concordo até demais. A via da repetição hipnótica e a via da variação contínua são ambas vias de se chegar num estado de fluxo. Valeu demais pela reflexão. Nos vemos!

Legal Serafim, é isso mesmo, existem várias formas de transcender através da música, já consegui me sentir muito bem e entrar numa espécie de fluxo improvisando com a guitarra em backing tracks com loops de progressões harmônicas, tentando primeiro criar um tema e depois variar sobre esse tema. Mas como sou iniciante, provavelmente ainda me preocupo muito com a técnica, os shapes de escala e com os erros. Então gosto de variar e pegar o baixo também, para mim ainda está mais natural transcender na música ao tocar linha de baixo repetitivas, depois de uns minutos você esquece a parte motora e parece que só tem a música e a sua mente. Novamente, parabéns pelo conteúdo que você compartilha aqui, trazendo novas olhares de como dá para ter muita satisfação ao fazer música mesmo sem o contexto tradicional de ser um artista, ter uma banda e se apresentar para uma platéia.

@@zeloblues , massa! Obrigado você pelo comentário, por elaborar as ideias aqui - isso é muito bom! Eu tenho muito essa sensação que você fala tocando percussão, inclusive. É importante ter esses comentários porque daí você acrescentam coisas que eu posso ter falado superficialmente. E tem muito material antropológico sobre o uso da repetição no transe e estados de fluxo (preciso fazer um vídeo desses!!. Até a próxima

@@GilsonMcosta1986 , salve, Gilson! Obrigado

Salve - Excelentes palavras! Acredito que descrevem bem essa coisa da experiência musical, de realmente estar encarnado no seu próprio corpo enquanto faz a performance. Muito obrigado por esse retorno, valeu, e até a próxima!

@@erissonsantossouza8882 , muito bem observado, amigo. Inclusive, eu tinha me esquecido desse exemplo do músico que tira tudo de ouvido versus aquele que tem que ler. Isso é muito interessante porque, num outro contexto e com outras pessoas, o elitismo poderia partir de quem sabe ler muito bem, e ser direcionado contra aquele que não consegue ler tão rápido. Claro que essas habilidades são importantes - tudo depende do objetivo da pessoa, ou do seu emprego até: pode ser necessário para um certo emprego que ela realmente tenha que pegar tudo de ouvido, ou então saber ler à primeira vista como ninguém. Mas essas necessidades dos músico não precisam criar um elitismo como resposta. É como você disse, parece que algumas pessoas se utilizam disso por alguma fragilidade do próprio ego delas, como que uma "compensação". Mas realmente não são todas as pessoas estudadas que são assim. Alguns são, e a gente acaba lembrando mais deles. Muito obrigado pelo comentário e pelo feedback aqui! Bem-vindo!

​@@fluxo_musicalNão existe sinal mais claro de ego frágil e complexo de inferioridade do que essa ostentação de sensibilidade ao "elitismo", seja lá o que isso for.

@@digadigo4040 , cara, que legal isso, sério, eu tô satisfeito que a galera que precisa está conseguindo encontrar o vídeo. Valeu demais pelo seu feedback, me ajudou já. É bem interessante que você esteja passando por isso no momento, porque eu preciso conhecer a galera que entende dessas coisas (não são todos). Não tenho tantos vídeos, mas se você perceber um potencial maior em algum deles, ou se faltar algo que você precisa, por favor, me avisa. Assim eu melhoro o canal. Abraço, e bem-vindo!

@@leonardomuller1978 Muito obrigado!

Ah, que massa! Salve, Melina. Valeu pelo feedback, e até a próxima!

Agora, uma pergunta dentro disso: vc acha que a improvisação que acontece dentro do campo harmônico em execução naquele trecho da base nos da condições de fazer fraseados mais "cabíveis" naquele contexto do improviso? Ou é irrelevante isso e podemos "jogar qualquer nota ali" e acabou ?

Salve, Luciano! Muito obrigado pelo feedback, por ter dado esse retorno - que bom que o conteúdo é útil! Pois é isso mesmo que eu acredito: "improvisar", essa palavra, deveria estar relacionada a algo muito simples e fácil, quase banal, no modo como a gente toca, sendo que então seria estranhíssimo alguém dizer "isso NÃO é improvisação". E é importante demais ensinar e incentivar as pessoas a improvisarem desde o início, e a atitude de criar mistério e dificuldade exagerada em cima do conceito de improvisação é um grande erro. Dito isso, eu entende perfeitamente bem porque que num certo contexto e num certo estilo de música alguém diria algo como "isso não é improviso". Eles não estão totalmente errados, mas isso só se pode entender conhecendo por dentro as referências, o estilo musical e os valores daquele grupo, daquelas pessoas específicas que fazem aquele tipo de música. O que eles realmente deveriam dizer é: "Embora você esteja sim improvisando legitimamente, aquilo que você está tocando agora não é REPRESENTATIVO (dentro dos limites do nosso estilo e das nossas referências) daquele modo de improvisar que surgiu na nossa história". Mas isso, claro, é pedir demais. Valeu, bem-vindo ao canal!

Não, não é que possa colocar qualquer nota - isso é uma questão que precisa ser resolvida entre aqueles músicos que estão construindo a música e tocando a base para a improvisação acontecer dentro de um estilo musical específico que tem sim as suas regras, a sua estética, o seu senso particular de beleza. O que é "cabível" vai depender do estilo musical e dos valores dos músicos, desse tipo de "consenso oculto" que eles compartilham. Eu penso assim: quando as pessoas envolvidas aceitam que vale colocar qualquer nota independente do acorde e do campo harmônico, então vale colocar qualquer nota independente do acorde e do campo harmônico e ninguém deveria ficar insistindo que "notas certas" NESSE CONTEXTO. É assim que funciona, por exemplo, na tokata aqui de Florianópolis, que é uma Jam Session muuuuuuuuuuuuito aberta para receber pessoas de qualquer estilo e de qualquer nível técnico, porque o objetivo não é tanto fazer a música mais bonita, mais congregar o máximo de pessoas num mesmo improviso e fazer todas elas entrarem em fluxo. Claro que, mesmo aqui, as notas tocadas, os ritmos, tudo isso importa bastante, e cada participante tem uma noção sua de certo e errado, de belo e de feio, que o guia no processo. MAS, OFICIALMENTE, não existe nenhuma regra ou limitação na tokata, e ninguém deveria te olhar torto pelo fato de ter incluído notas estranhas ali, ou porque o seu ritmo talvez não seja o mais acertado. A filosofia da improvisação aqui (que é a minha filosofia também) é não fazer a música ser algo pesado, mas algo leve e permissível, que traga não só o expert, mas o iniciante também, e que os faço improvisar ao máximo, sem constrangimentos, sem medo de errar. Agora, esse sou eu, e essa a minha opinião (e a opinião de muitos que frequentam a tokata). Acredito que outros nichos e rodas de improvisação poderiam ser mais assim. Mas sinto que é preciso ter respeito pela estética e pelas regras musicais que cada grupo cria quando buscam uma sonoridade que agrade a eles. Improvisar melodia (especialmente solos) em música tonal não é tarefa fácil. Porque a teoria do campo harmônico determina boa parte (não tudo) daquilo que é funcional em harmonia, e se você contrariar completamente essas regras, o solo pode até soar bem para muitas pessoas, mas ele não vai se adequar ao estilo. Daí, se isso é bom ou ruim, vai depender totalmente do seu objetivo pessoal como músico: naquele momento, você queria improvisar o máximo de si e sem limites, queria expandir ou contrariar a estética daquele estilo musical, ou se adequar ao tal estilo, demonstrando que você é um especialista dentro daquele nicho e sabe como as coisas funcionam ali. Enfim, no meu pensamento, nada é absoluto, e tudo depende do grupo de músicos ou da cultura musical em questão. Para muitos, você não seguir o campo harmônico, não vai estar certo. Mas, lembra disso também: muitas vezes, ao tocar sendo guiado pelo ouvido (tocando "qualquer nota") você acaba cumprindo as mesmas regras que envolvem o campo harmônico, simplesmente porque você cresceu ouvindo essas regras sendo replicadas em quase todas as músicas. Nesse sentido, "tocar notas de ouvido intuitivamente" e "seguir as leis do campo harmônico" podem ser uma e a mesma coisa. Mais ou menos por aí. Obrigado pela troca de ideias;

@@lucascalza1, ei, salve, Lucas, muito obrigado! Que bom que gostou, fico feliz que o vídeo esteja chegando nas pessoas certas. Abraço, e nos vemos. Bem-vindo.