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Vaia a montalegre !!!!

Aliás seguem as mesmas pisadas, a Alentejana e a Mirandesa e a degeneração nota-se sobretudo nos touros. Estão a querer tornar uma raça rustica, que rende por ser isso mesmo, por ser rústica, numa raça que custa imenso dinheiro a manter e por alguma razão, selecionam touros com pouca harmonia, com extrema concavidade (ao ponto de alguns touros ficarem com focinho de porco, aspeto degenerativo já observado de forma extrema na raça Barrosã) e curiosamente sem ter cuidado em preservar os genes dos touros maiores que têm maior potencial e em diversificar o numero de linhagens de touros reprodutores (espero que não seja o caso da Raça Preta, mas tal problema existe de forma bastante grave, em algumas raças nacionais, segundo os testes genéticos, que tenho consultado em que usam os mesmos reprodutores durante várias épocas a fio e ral provocou já uma erosão genética grave), Se não houver, cuidado,aqui a uns anos, todos terão uma aparência semelhante, serão animais menos saudáveis, com problemas de consanguinidade e a meu ver, serão animais sem harmonia, sem caracter, uma anedota triste, em comparação com a imponência,a riqueza e a grandiosidade, que havia no passado relativamente recente. Já estive a calcorrear documentos fotográficos antigos (como por exemplo, início do séc. XX) e é muito triste observar o que já perdemos, em tão pouco tempo. Espero que eu não esteja a ser demasiado pessimista, e que a raça Preta, se consiga safar deste panorama. Espero visitar raça, dentro de poucos meses, para eventualmente comprar a minha primeira manada.

Trata-se de um gene particular, que resulta em dupla musculatura. E claro que será usado de forma isolada, pelo menos, foi isso que me foi transmitido. Seria injusto e inaceitável, tornar a Raça Preta num Charolais! Ninguém aqui pretende isso! É apenas uma experiência e serve apenas para um certo tipo de exploração, decerto distinto do extensivo e nem sequer será comum, pelo menos dentro dos nossos moldes regionais (em países como os USA, é outra coisa). E concordo em praticamente tudo consigo e lança questões bastante pertinentes. A carne de gado criado extensivamente, no campo, tem na verdade, a meu ver, qualidades organolépticas superiores às do gado criado em estábulos, ou em regime de cativeiro mais condicionado. Da genética, já fui avisada pela Catarina e pela UTAD, do problema que me fala. Existe realmente um problema grave na falta de diversidade de linhagens masculinas, e uma tendência para afunilar a diversidade original ao selecionar um certo tipo de touros, que na verdade, nem são o ideal, morfologicamente, nem o mais saudável e que a curto/médio e até longo prazo, não será nada vantajoso. Depois há a questão estética que também se está a perder. É realmente muito triste, olhar para fotos antigas do gado Português, e constatar o quanto se perdeu. Basta lembrar, que não há muito tempo, o lixo dos jardins lisboetas, era retirado por pessoas que se faziam acompanhar do seu boi ou da sua vaca! Algumas destas vacas tinham algumas semelhanças, com a raça Preta, com a Raça Brava e até com a raça Maronesa! Mas muitos tinham uma corpulência muito rara de observar nos dias de hoje. Alguns exemplares estavam também relacionados com a raça Mirandesa. E foi esta raça (Mirandesa) a que viu o seu solar ficar mais reduzido ao longo das últimas décadas, pois se estendia quase de Sul a Norte e embora ainda existam alguns milhares, existe um problema genético muito grave na raça Mirandesa, sobretudo no lado masculino (pois muitos animais têm uma genética pouco diversificada). A associação do Mirandês já foi avisada, e desconheço se têm feito alguma coisa. Nos concursos, não temos observado uma melhoria.. Quanto à definhação dos ossos nasais (e cranianos) é realmente além de inestética (para não dizer grotesca), uma degeneração/deformação grave, que pode condicionar as capacidades olfativas dos animais, tornando-os menos aptos a escolher as pastagens certas, por exemplo. Tudo isto, tem consequências, na qualidade da carne, na saúde e na capacidade extrativa dos animais, assim como claro, no rendimento da carcaça... Como conheço pessoas do meio, posso colocar algumas questões que coloca na mesa, junto do Ministério (algumas até já foram apresentadas, mas ainda existe muito a fazer). E existe realmente um plano para salvar esta raça em risco de desaparecer, e existem apoios da UE, obviamente, mas realmente ajudaria ainda mais se os apoios fossem mais altos e se nossas inquietações, fossem ouvidas... Vontade existe e muito trabalho e dedicação também, mas muitas vezes faltam os meios e nem todos os produtores colaboram como deviam. Para diversificar as linhagens dos touros, é preciso escolher os animais certos, e fixar/armazenar o material reprodutor dos mesmos e para isto tudo acontecer, é preciso haver colaboração em diferentes frentes e haver meios. Portanto concordo consigo que algo precisa de ser feito e urgentemente. Como pode ver, somos abertos a críticas construtivas e as suas inquietações são na verdade também as nossas. Vamos fazer o nosso melhor para inverter esta situação e será muito bem vindo, para ver o nosso gado de Raça Preta. Verá que ainda existem animais, com o tipo de configuração que pretende.

Fernando E del 2 a 3 letros

As raças a campo portuguesas não são manipuladas

Interessante o que nos diz! Na Maronesa, pelo menos, até tentam seguir de alguma forma o padrão original da raça, e não o padrão de outras raças, como Charolais, Limousine que nada têm a haver com as nossas maravilhosas autóctones e só dariam problemas, despesas e sarilhos em manter e cuidar. Temos um património unico que importa preservar. Como técnico agricola responsável, contudo parece-me que mesmo assim cometem alguns erros, como o de valorizar a côr negra nas vacas nos concursos, que dizem ser a cor original da raça e daí algo a seguir, mas consta que a vaca Maronesa original era frequentemente mais para o alaranjado/laranja vivo e/ou castanho de tons claro e era escura apenas na cabeça, pernas, pescoço, etc... Muito bonita para dizer a verdade! Eu creio que a cor negra no caso da vaca Maronesa original e verdadeira, seria mais rara do que hoje, por causa das preferências e seleção, levadas a cabo desde então, e isto por causa de um erro de interpretação sobre o padrão original da raça. De cor Negra ou castanha escura, devem ser sobretudo os touros e não as vacas. Fica aqui a minha opinião!

MUITO muito obrigada por partilhar! Vou sempre aos comentários em busca de mais conhecimento pois noto uma estandardização na informação que é espalhada nos media. Obrigada!

Tamanho menor não significa necessariamente ruim. Quanto menor o animal, menos danifica a terra em que caminha e, o mais importante, custa menos alimentar e beber água. Animais mais altos não significam animais mais musculosos. Essas são más práticas de criação e desastrosas para a sua terra, que você não quer ver pisoteadas e transformadas em lama porque esses animais sao pesados demais. Essa lama excessiva é um risco para os cascos do seu gado. Você corre o risco de que apodreçam e trabalho veterinario "is expensive". Parece que Barrosao também é uma raça gentil, e isso é bom. Se o gado é nervoso e agressivo, você corre o risco de se machucar. É melhor criar vacas e touros que demonstrem gentileza e levar ao mercado aqueles que não são gentis. O que é necessário é dar-lhes novas pastagens todos os dias e evitar o excesso de pasto em uma determinada área, comece a cultivar seu solo para que você possa alimentá-los com menos feno. O que o gado quer é capim natural fresco.

@@marlan5470 Neste caso a corpulência é importante sim senhor, não só porque é uma condição ancestral deste gado, como a criação torna-se mais rentável no momento do abate como até porque como este gado vive em zona de lobos e ursos, a grande envergadura ajuda-o a defender-se. É verdade que gado maior precisa de mais água e mais vegetação, mas este gado originalmente, comia muita vegetação natural e por isso não era propriamente cara a sua manutenção. São poucos os que ainda valorizam a adaptabilidade ao meio natural neste gado. Ninguém disse que por serem mais altos, seriam mais musculosos, mas sim que no passado mirandeses de grande talhe eram mais comuns. O gado barrosão é gentil mas é algo nervoso e por vezes bastante tímido. Tal não é mau, a meu ver. Acho que quem tem vacas no monte,, quer é que as vacas sejam rusticas e que saibam viver por si mesmas (algumas ficam sozinhas por semanas) e assim não se preocupam tanto com a docilidade para levá-las para o mercado, o importante é que seja possível manejar as vacas (capacidade de maneio) quando é necessário (desparasitação, vacinação, etc...). Algumas até regressam sozinhas e outras respondem ao chamamento e ás ordens do pastor. Claro que o excesso de gado num certo local não é benéfico, mas ninguém aqui está a propôr tal coisa, muito pelo contrário, estamos a falar de uma ligação ancestral com o monte e com a natureza.

@@geogm.840 Estou me referindo ao pastoreio rotacional. Com o problema atual das quarentenas e como os matadouros centralizados e o gado industrial estão se mostrando o elo mais fraco do suprimento de alimentos na maioria dos países, acho que mais atenção deve ser dada à criação tradicional de alimentos locais em ambientes saudáveis para consumo local, em vez the importados. Lembro-me de quando a doença da vaca louca destruiu tanto. Muito obrigado pela sua atenção.