014 - Metabolismo na adaptação

EPISÓDIO ESPECIAL! Este episódio é uma palestra que ministrei no “Phileo Talks” com o tema “Metabolismo na adaptação”. Nesta palestra falamos sobre os mecanismos fisiológicos pelos quais os ruminantes se defendem de uma potencial acidificação ruminal, assim como de protocolos para adaptar bovinos de corte a dietas com altos teores de concentrado. O início da palestra cortou um pouco, mas sem prejuízo para o entendimento. Disponível em áudio pelo Spotify no canal de Rumenologia. Maiores informações: @danilomillen no Instagram.

[@rumenologia]

Quer ser uma referência na nutrição de bovinos de corte? Acesso o link: rumenologia.com.br/

[@luiskodel]

Top demais!! E informações importantes para nosso dia a dia no campo!! Parabéns.

[@rumenologia]

Obrigado Luis! Abraço

[@reinaldoledesmajunior5141]

Boa noite professor. Em confinamentos que usam o bagaço de cana como única fonte de volumoso. O que eu vejo de problema seria na adaptação dos animais, devido a dieta 1 ser com mais volumoso e o bagaço não ser muito palatável. Em uma adaptação com uso de 3 dietas, qual seria o máximo de inclusão (%MS) de bagaço de cana na dieta 1 ?

[@rumenologia]

Reinaldo, excelente pergunta. Realmente este é um problema que muitos enfrentam quando usam apenas bagaço como volumoso. Neste caso, não podemos começar na dieta de adaptação 1 com uma inclusão muito grande de bagaço, pois este limitará o consumo, o que vai no sentido contrário desta fase, onde você quer aumentar o consumo. Logo, dependendo dos demais ingredientes da dieta, tentaria trabalhar de 20% a 25% de bagaço na adaptação 1. Abraço

[@regiscunha7153]

Bom dia Millen, você comentou sobre o uso de aditivos como monensina por exemplo e influência no consumo durante a adaptação. Geralmente usamos doses mais baixas de monensina neste momento para diminuir o impacto no consumo dos animais. Porém, mesmo que esta estratégia não ajude os animais a atingirem 80-90% do consumo esperado, eu devo fazer a mudança de dietas somente quando eu atingir o consumo alvo (80-90%)? Mesmo se eu gastar mais de 15 dias, por exemplo na dieta 1?

[@rumenologia]

Grande Regis! Excelente pergunta. Neste caso, recomendo que você diminua a IMS alvo com a presença de monensina. Ex: Se a IMS alvo é 9 kg de MS, e você usa monensina, você deve descontar 3 a 10% do seu alvo (dependendo da dose e dieta), e transicionar quando os animais atingirem de 8,1 a 8,7 kg de MS. Outro ponto a se considerar é o perfil de sobras no cocho, se estiver sobrando mais mais forragem, significa que os animais estão "pedindo" concentrado, e isso também deve ser levado em consideração na decisão de mudar para a próxima dieta.

[@regiscunha7153]

Geralmente utilizamos como parâmetro de fornecimento inicial uma % de materia seca em relação ao peso vivo do animal (ex: 1,5%). Qual o parâmetro de fornecimento inicial você tem usado e qual os nutricionistas têm feito no campo?

[@rumenologia]

É bem reportado que bovinos confinados podem comer até 1,2% do PV em concentrado sem nenhuma adaptação, desde que o consumo de volumoso, a outra parte da dieta, seja à vontade. Logo, se eu começar no primeiro dia com uma dieta de 72% de concentrado, por exemplo, você pode fornecer até 1,7% do PV (1,7 x 0,72 = 1,22% do PV em concentrado). Eu gosto de fazer conta e personalizar as recomendações sempre, assim evitamos receitas de bolo, que tem grandes chances se ser "um tiro no pé".