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Há alguns dias atrás, recebi um vídeo de uma roda de samba bonita cantando esta música do Monarco JACAREZINHO, NÃO DESANIMES, que foi composta há anos, mas nunca foi gravada. Me emocionei com este vídeo porque a violência que acontece nas comunidades me entristece em muitos, muitos sentidos. E, somente porque que cantar essa música aqui pode fazer bem para alguém, eu quis aprender e cantar, mesmo a partir do meu lugar distante, mas solidário, brasileiro e “desejante” que um dia a desigualdade desapareça. Existe um Brasil que pulsa, único nas suas misturas. Um Brasil que se realizou somente na arte popular, sobretudo na música (pelo seu alcance). Mas um Brasil que só será possível quando as vozes ouvidas forem as vozes de todos. Quando as OPORTUNIDADES e os DIREITOS forem iguais. Pedi aos meus amiguíssimos Pedrinho Miranda, Pedro Paulo Malta, Alfredo Del Penho e João Cavalcanti ajuda para tirar a letra e a melodia (por vezes incompreensíveis no vídeo) e daí o Pepê consultou o Monarco, que ficou feliz em nos ensinar e se dispôs a gravar o vídeo conosco.
Essa é nossa forma de dizer que estamos vendo, que estamos tristes, que acreditamos em outro Brasil possível e, mais do que isso, que sabemos o tamanho que este Brasil pode ter.
O João traduziu assim:
“Do alto das colinas veio o vento que nos acariciou. Foi nos fundos das favelas que se cozinhou o caldo de que nos lambuzamos.
Imagine o brilho desses lugares, ceifados de dignidade, Estado, mobilidade social, direitos humanos, qualquer lampejo de civilidade e, mesmo assim, capazes de gestar engenharia tão complexa quanto o samba?
Pedimos bênção pra Monarco, um oráculo, pra dizer, através da poesia dele, que a favela não pode ser uma praça de guerra - sobretudo de uma guerra que não serve a ninguém.
Não é tolerável pra nós.
Imagine pra quem tem a cor do alvo.”
#fiqueemcasa
@monarco.oficial
@alfredodelpenho
@pedromirandaoficial
@pedropaulomalta@ojoaocavalcanti
#_ô_de_casas