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instalação de som 👇🏽
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Os drivers de corneta a tweeter como já sabemos são muito sensíveis, mas como fazer o uso correto par que não queimem e possam ser usados por muitos anos tranquilamente sem precisar ficar trocando os reparos. Existem apenas 2 pontos que devem ser levados em consideração para evitar a queima dos drivers de corneta e tweeter e vamos conversar detalhadamente sobre cada um deles.
Inicialmente quero falar um pouco sobre a construção de uma bobina de driver, ela tem um keper bem pequeno que segura um enrolamento de fios de cobre extremamente finos e próximos a cada volta, isso em hipótese alguma deve receber mais potência do que suporta pois além de sensível para poder reproduzir as frequencias altas a movimentação dessa bobina é muito rápida e com pouco recurso de refrigeração o que deixa a linha entre a potência e a queima muito próximas. O driver de tweeter é mais sensível que o driver de corneta.
Dito isso vamos ao primeiro ponto que causa a queima dos drivers: excesso de potência. A potência nominal que vem descrita no driver não significa que deve ser a potência nominal aplicada nele. Um driver deve receber uma potência nominal de no máximo 50% do valor indicado então por exemplo um driver D250x suporta até 100wRMS deve ser aplicado até 50wRMS, mas por que essa diferença? A potência nominal indicada no driver significa o total que ele suporta inclusive nos momentos de pico e esses momentos estão presentes na música o tempo todo portanto ao aplicar os 50wRMS no driver D250x em alguns momentos da música ele vai ter picos que atingem quase os 100wrms e dessa forma estará dentro da sua potência estimada.
Uma recomendação minha por experiência de mais de 20 anos trabalhando com isso é não usar amplificadores mono para drivers e nem utilizar o formato breedge nos amplificadores 4 canais pois em ambos os casos temos aquele efeito de picos de potência durante a música mais intensos ainda, por isso recomendo sempre utilizar amplificadores de 4 canais e colocar um drive em cada canal pois a impedância de saída 2hom no amplificador e a impedância de 8hom no driver vai compensar com a queda na potência do amplificador e diminuir a intensidade dos picos de potência RMS durante a música. Se estiver trabalhando com um sistema muito grande onde tem 10 ou mais drivers então será preciso um módulo mono, mas leve em consideração trabalhar com 50% da potência dos drivers e no mínimo o dobro da impedância nominal do amplificador.
Tenha sempre em mente essa teoria: se a voz do sistema está fraca não adianta dar mais potência, precisa colocar mais drivers.
O segundo ponto sensível nos drivers: o corte de frequencia. Cada driver tem uma frequencia específica pela qual ele foi projetado para reproduzir por exemplo o driver de corneta D250x foi projetado para reproduzir uma frequencia de 500hz até 2Khz, os driver de tweeter foram feitos para reproduzir as frequencias de 2khz até torno de 20khz, existem também os drivers de titânio que tem uma característica de iniciar tocando em uma frequencia mais alta devidamente especificada no manual. Qualquer frequencia menor do que a especificada vai queimar qualquer driver.
Outra recomendação minha por experiência é fazer os cortes de frequencia iniciando em 500hz apenas em drivers de corneta da JBL ou selenium pois são mais resistentes, os demais de outras marcas faça o corte de frequencia inicial em 700hz.
Os cortes de frequencia podem ser feitos de 2 maneiras: com capacitores ou com equipamentos, evite fazer mais de um sistema de corte de frequencia pois a cada corte o driver perde um pouco de potência. Os cortes com capacitores são fixos e não tem como fazer um ajuste fino no corte, por isso o valor do capacitor deve se bem dimensionado. Os drivers de corneta da JBL ou selenium devem utilizar um capacitor de 47mF/100v e os demais drivers de outras marcas utilizam um capacitor de 22mF/100v, os drivers de tweeter devem utilizar um capacitor de 2,2mF/100v e assim os drivers estarão protegidos e com uma performance razoável.
A outra forma de corte de frequencia é através de equipamentos que pode ser o amplificador, o processador ou o crossover. Neles é mais preciso para setar a frequencia ideal de início da frequencia do som e final da frequencia do som além de ter a possibilidade de um pequeno ajuste fino para melhorar o som em algum ponto específico. Lembrando que o melhor e mais preciso sistema de corte de frequencia é através do processador de áudio e sempre que utilizar esse sistema de corte evite utilizar os capacitores nos drivers.
Tenha bastante atenção nesses dois detalhes e tenho certeza que raramente você vai queimar um driver, valew.