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Em sociedades complexas, os sistemas políticos introduzem filtros entre a vontade popular e o poder político. A forma de governo, se presidencialista ou parlamentarista, bem como as regras dos sistemas eleitoral e partidário, condicionam a representação da vontade popular, expressa pelo voto, nas instituições políticas. As causas mais profundas da crise das democracias representativas contemporâneas não se encontram nesses mecanismos de tradução da vontade popular, mas eles podem agravar ou atenuar o déficit de representação que alimenta o desencanto com a política institucional.
No artigo “A desconexão entre sociedade e representação parlamentar no Brasil”, Marcus Pestana, economista e ex-deputado federal, aborda o sistema eleitoral e partidário no Brasil. Parte da observação de que o país adotou uma combinação não muito frequente em outras democracias. De um lado, temos um sistema eleitoral com voto em listas partidárias abertas nas quais o eleitor escolhe o seu candidato ou candidata (o voto se dá no indivíduo e não no partido). De outro, embora o voto seja nominal, a conversão de votos em cadeiras no parlamento (Câmara Federal, Assembleia Estadual ou Câmara Municipal) obedece ao percentual de votos obtidos por cada partido. Ao votar em um(a) candidato(a), o eleitor(a) dá um voto ao conjunto da chapa do partido ao qual ele ou ela pertence, mesmo que não o saiba.
Neste vídeo, ele explica um pouco mais sobre o texto que escreveu. O artigo foi publicado no livro “Desafios do sistema político brasileiro”, da Fundação FHC e da Plataforma Democrática e com apoio do National Democratic Institute.
Leia e faça o download completo da obra no site da Fundação: abrir.link/YSxGb