A Grande Feira

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Instituto Memória Roberto Pires

Instituto Memória Roberto Pires

Күн бұрын

Пікірлер: 97
@marcosfernandes2076
@marcosfernandes2076 9 ай бұрын
O filme surpreende, muito bom.
@JohnCine
@JohnCine Жыл бұрын
Roberto Pires fez um excelente suspense. Antônio Pitanga bem jovem como um vilão enlouquecido. A luta contra os abusos políticos. O povo se une contra os poderosos para manter a feira.
@humbertosantos6988
@humbertosantos6988 4 ай бұрын
@@JohnCine que está aqui até hoje.
@JohnCine
@JohnCine 4 ай бұрын
@@humbertosantos6988 Maravilha.
@andrezamartins714
@andrezamartins714 4 жыл бұрын
Me emociono toda vez que assisto esse filme, não conheci meu avô e ele ta no filme ❤️
@ednajaquelina9044
@ednajaquelina9044 3 жыл бұрын
Deve ser uma grande emoção para você. 😔😢
@Obcdep
@Obcdep 3 жыл бұрын
Oi Andreza, que legal isso! Qual é ele? Eu fico vendo filmes nacionais antigos e fico pensando na história de cada um mesmo, principalmente dos coadjuvante...
@andrezamartins714
@andrezamartins714 3 жыл бұрын
@@Obcdep Nesse ele fez o delegado e no outro filme chamado "Deus e o diabo na terra do sol" ele fez o coronel.
@Obcdep
@Obcdep 3 жыл бұрын
@@andrezamartins714 AH que massa, ainda não cheguei no delegado, vou terminar de ver o filme agora...
@edpersona4674
@edpersona4674 2 жыл бұрын
@@andrezamartins714 Poxa, que massa! 🥰
@rebello.alvarenga
@rebello.alvarenga Жыл бұрын
Muito obrigado por disponibilizarem a importante obra de Roberto Pires!
@suelibrito4980
@suelibrito4980 Жыл бұрын
Não foi du meu tempo é bom vê as coisas antigas 🎉🎉🎉❤❤❤❤❤
@BetoKaosZDejavu
@BetoKaosZDejavu 3 ай бұрын
Adoro filmes antihos e este merece ser muito mais apreciado como tantos outros. Obrigado.
@MarcosAntonio-ff4ds
@MarcosAntonio-ff4ds 9 ай бұрын
NOSSAAAAA.....EXCELENTE filme. Não só é mais um filme. É um Riquíssimo DOCUMENTÁRIO 😢😅
@honoratomarques9117
@honoratomarques9117 9 жыл бұрын
Excelente filme! Mostra uma Salvador que eu não cheguei a conhecer, a avenida da França sem o terminal de ônibus e a ladeira da Montanha ainda com mão dupla emendando direto com a avenida Sete. Muitos lugares não consegui identificar, e que maravilha o bonde e o ônibus elétrico. Show, nota 10 pra tudo.
@juverleypereirasantos9037
@juverleypereirasantos9037 Жыл бұрын
Saudades da cidade de Salvador, muito bom ver cenas de Salvador antiga.❤❤
@mauricioexenberger6225
@mauricioexenberger6225 5 жыл бұрын
Que belo filme do baiano Roberto Pires (1934-2001). E ainda tem as musas Helena Ignez e Luiza Maranhão!!!! Gostei tanto que até fiz este comentário: “A Grande Feira”, a Feira Água dos Meninos, encanta tanto pela boa história (Rex Schindler/argumento; Roberto Pires/argumento e roteiro) quanto pela direção do cineasta baiano Roberto Pires, elenco e fotografia de Hélio Silva. Considerado um dos melhores filmes do chamado “Ciclo Baiano de Cinema” (1958-1963), teve muitas cenas filmadas nas ruas de Salvador e arredores, revelando os contrastes sociais e a beleza da região, onde feirantes são ameaçados de despejo por uma empresa imobiliária e lutam para não perder o terreno. Entre os personagens destaca-se a guerreira e heroica Maria da Feira (Luíza Maranhão). Glauber Rocha (1939-1981) assina como produtor executivo. Uma cena marcante, que deveria ficar guardada na memória do cinema brasileiro, ocorre quando Maria da Feira reencontra Ronny, o sueco (Geraldo Del Rey), ferido por ela com uma navalha. O homem que se diz marinheiro chega ao Cabaré do Zazá (Roberto Ferreira) e grita pelo nome dela. Maria desce as escadas. Tenta enfrentá-lo com uma navalha, mas é imobilizada. O rapaz pega o objeto e corta o vestido de Maria deixando-a quase nua. A mulher segura as partes da roupa cortada e chora. Todos acham graça, menos Ronny. O marinheiro pega uma das toalhas de mesa do cabaré, enrola sobre Maria, a pega no colo e a leva para o quarto. A história começa a fazer sentido aos poucos, a medida que os personagens são apresentados, até porque nem sempre a montagem das cenas, costuradas por Roberto Pires e Glauber Rocha, obedece a uma ordem lógica. No livro “Glauber Rocha, esse vulcão”, João Carlos Teixeira Gomes (1936), explica que essa técnica, adotada no cinema brasileiro, teve influência de Jean-Luc Godard. “A descontinuidade, recurso usual na poesia moderna conduz à fragmentação do texto”. (Pág. 390, 1997). “No cinema, trata-se de um processo técnico que resulta na interrupção da ordem lógica das sequências, criando blocos autônomos de imagens.” Algo que também considero inovador para a época foi a presença do cordelista Cuíca de Santo Amaro (1907-1964). Esse artista popular, na época, abre o filme antes dos letreiros com as seguintes frases aparentemente desconexas: “A Grande Feira d’água de meninos vai se acabar. Vai acabar a grande feira! Leiam com detalhes. A grande Feira de Água de Meninos, senhores, vai se acabar, engolida por tubarões. Leiam com detalhes a extinção da feira de água de meninos. Cinco cruzeiros, meus amigos. A grande feira vai se acabar, devorada pelos tubarões. Os tubarões vão acabar com a feira. Milhares de famílias condenadas ao relento (....).” Algumas pessoas ouvem atentas, enquanto um homenzinho gordo chamado Ricardo (Milton Gaúcho) passa pelo local, sobe numa embarcação e cruza em frente ao Elevador Lacerda. O local, lotado de barcos, é parecido com o do filme “Bahia de todos os Santos” (1960), outro clássico baiano. Na sequência seguinte, o Ronny aparece ferido no meio da multidão e é levado por uma ambulância. Ricardo entra num bar, onde o amigo Filósofo (David Singer) joga dominó. Ele traz a notícia de que irão acabar com a feira. Filósofo alega que é o progresso, que virá, mesmo desgraçando quatro mil feirantes, mas Ricardo recusa a ideia de se mudar do local. Filósofo revela ao público quem é Ricardo: um malandrão, usa a feira como esconderijo, já que é contrabandista de mercadorias compradas na mão de Chico Diabo (Antonio Sampaio, ator que no futuro mudaria o nome para Antonio Pitanga). Pondera que querem aterrar a enseada para aumentar o porto. Mas é Maria da Feira quem domina filme. Mulher bonita, forte corajosa, ela é quase onipresente na história. Para sustentar a filha, tira dinheiro de mendigos, trabalha no cabaré, enfrenta cantadas machistas e até o perigoso Chico Diabo. Sua rival no coração de Ronny é Ely (Helena Ignez), chamada pelo marinheiro de princesa infeliz e romântica sem moral. Porém, assim como Maria, também, levanta bandeiras em defesa do sexo feminino. Cita Albert Camus (1913-1960), lê Franz Kafka (1883-1924) e frequenta o Cabaré do Zazá com duas amigas. Alheio a isso, Chico Diabo tem um código de conduta próprio. Ele é o mais inquieto diante da tentativa de mudança da feira para outro local. Para ele, não há negociação. Acha que a solução e explodir os depósitos de combustíveis e transformar a feira em cinzas. O desfecho é trágico. Nas palavras de Cuíca de Santo Amaro, Maria da Feira deu seu próprio sangue para salvar a Feira Água dos Meninos (...). Segundo o artista, os tubarões continuam engolindo a feira. “Vida de pobre não tem solução!”
@josemeira3160
@josemeira3160 2 жыл бұрын
Membro das gravaçoes
@Seutonto
@Seutonto Жыл бұрын
Boa descrição e análise. Mas as inovações de Goddard, não avançaram pois levaram aquele tipo de cinema a um beco sem saída; vide o último filme do Glauber... seja que for que filme baiano top.🎉
@mayaraandradegomes889
@mayaraandradegomes889 Жыл бұрын
Viagei nesse fim muito bom eu adoro salvador já fui várias vezes conheço essa feira perto do cãs do porto . Hoje os escritores não conseguem fazer filme com qualidades.
@zardoz19741
@zardoz19741 Жыл бұрын
Só tenho uma palavra a dizer: Sensacional!
@neiltonferreira6270
@neiltonferreira6270 2 жыл бұрын
Hj aniversário de Salvador 473anos eu assistindo o filme .A grande feira! 😊✌
@geuoliveira3737
@geuoliveira3737 4 жыл бұрын
Essa já foi a terceira vez que assistir esse filme. Perfeito.
@MarcosAntonio-ff4ds
@MarcosAntonio-ff4ds 9 ай бұрын
Nasci na década 1970. Maravilhosos dias naquele tempo q é DO SENHOR DEUS. Tempos, décadas, memórias q não voltam mais. SAUDADES 😊🎉
@helioMoura-v6r
@helioMoura-v6r Жыл бұрын
Gostei, um filme que retrata a velha Salvador dos anos trinta.
@ulisseslobo1221
@ulisseslobo1221 Жыл бұрын
Muito bom filme
@julianevieira7733
@julianevieira7733 3 жыл бұрын
Obrigada vou ver hoje 😍🤗😚
@vorticedaweb
@vorticedaweb 4 жыл бұрын
É mais do que um filme: é um registro visual de uma Bahia que cada vez mais vai se diluindo no tempo.
@Francisco-ts9wd
@Francisco-ts9wd Жыл бұрын
verdade amiga
@dudu404
@dudu404 2 ай бұрын
esse filme é muito bom ...
@duabs10
@duabs10 3 жыл бұрын
Ah, como amo esse filme. Saudações de Salvador.
@taniasouza2709
@taniasouza2709 5 жыл бұрын
Gosto de filmes antigos e esse foi muito, imagem som tudo perfeito
@ritadias5554
@ritadias5554 4 жыл бұрын
Assisti, ontem com minha família na TVE e amei.
@geraldamariaalves6461
@geraldamariaalves6461 Жыл бұрын
Ótimo filme
@theticolino6537
@theticolino6537 5 жыл бұрын
Que preciosidade! ♥️
Жыл бұрын
O cinema assim como a arte em si, a serviço das emoções humanas.
@valdelicevasquez4394
@valdelicevasquez4394 7 ай бұрын
Amei esse filme vê o antigo comércio
@jo.pintovinhodojo6940
@jo.pintovinhodojo6940 2 жыл бұрын
12/10/22 um viva ao nosso valioso cinema antigo, sou muito fã 🙏🙏
@ritaalves9496
@ritaalves9496 Ай бұрын
Muito bom, gostei mesmo
@AmigasdaOnca
@AmigasdaOnca 5 жыл бұрын
muito bom
@keusillva8646
@keusillva8646 3 жыл бұрын
Muito bom!
@rafaelperes6925
@rafaelperes6925 3 жыл бұрын
Filmaço
@maribpires
@maribpires 5 жыл бұрын
Que maravilha!!!!!!
@brunoadorno9971
@brunoadorno9971 5 жыл бұрын
Impecável!! Parabéns!!!
@anapaulamessias5713
@anapaulamessias5713 8 жыл бұрын
amei..
@iarapadrebarbosa5128
@iarapadrebarbosa5128 5 жыл бұрын
Muito Bom!!!!
@luizlimongi1690
@luizlimongi1690 2 жыл бұрын
lembro bem dessa epoca era pivete e dei muitas caidas [mergulhos] no cais de 10 metros
@taniasouza2709
@taniasouza2709 5 жыл бұрын
Filme muito bom, amei 😃
@GuiMazzocato
@GuiMazzocato 2 жыл бұрын
Alguém sabe dizer de quem é o quadro pendurado na parede do escritório do marido da socialite em 1:13:25, na cena que ela vai pedir o divórcio? Achei que fosse do Carybé ou do Brennand, mas não parece muito o estilo deles, e não achei nada na web a respeito. Obrigado.
@gercianaferreira5455
@gercianaferreira5455 4 жыл бұрын
Bom filme!!!
@SamuMatos
@SamuMatos 7 ай бұрын
Diva
@elianereis125
@elianereis125 Жыл бұрын
Quem está vendo pela primeira vez em Agosto de 2023 😍😍😍
@edsongoncalvespinheiro8242
@edsongoncalvespinheiro8242 5 жыл бұрын
É nítido a voz do ator Reginaldo Farias dublando a do ator Antônio Pitanga!
@humbertosantos6988
@humbertosantos6988 Жыл бұрын
Eu por exemplo tinha 15anos já sonhava em assistir filmes para maiores.
@humbertosantos6988
@humbertosantos6988 Жыл бұрын
Como vocês podem vê hoje, o filme não tem nada demais. Mais na época foi proibido para menores de 18 anos.
@RobertoSilva-xm1qh
@RobertoSilva-xm1qh 4 ай бұрын
Nossa não acredito
@luiztowesend9168
@luiztowesend9168 Ай бұрын
assistindo dezembro 2024, vendo este filme antigo percebe-se que hoje continuam as mesmas coisas e que os pobres sempre se ferram.
@eliomarsilva5376
@eliomarsilva5376 Жыл бұрын
Sindicato desde a época não presta
@starliner1649A
@starliner1649A Жыл бұрын
O Sr. carregando paletó na abertura do filme é o mesmo que interpretou o personagem "Pinto Gomes" no filme "Tocaia no Asfalto" ?
@meninofp7958
@meninofp7958 3 жыл бұрын
31:00 “tira a pata de cima do meu dinheiro" KKKKKKKKKKKKKK
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
claro, da mise-en-scéne - que sua função natural de figuração do real. O seu virtuosismo - como no caso da cena que Rony e Maria dançam em ângulos insó- litos - está em função dessa figuração do real, sendo um cineasta, nesse particular, realista. Ao contrário de um expressionista - que deforma o real, retorcendo segundo a sua visão, ou de um surrealista - que junta a realidade exterior e a interior, ou, mesmo, um intimista - que filtra, da realidade, alguns aspectos desta que é exaltada. Cineastas conceptuais e cerebrais são Serguei Einsenstein (Outubro), Orson Welles (Cidadão Kane), Jean-Luc Godard (Acossado), Alain Resnais (O ano passado em Marienbad, Hiroshima, mon amour), entre tantos outros, que tendem a reconstruir o mundo em função de sua visão pessoal. Neles a narrativa tem predominância absoluta sobre a fábula, confundindose com esta ou, mesmo, o conteúdo, se se pode falar assim, nestes cineastas, é a forma. Um outro exemplo de cineasta conceptual e cerebral é Alfred Hitchcock. O conteúdo de seus filmes está condicionado pela forma. Inventor de fórmulas, criador, Hitchcock não se incomoda - nem se preocupa - com a figuração do real, mas de seu real, pois autor completo. Ainda que, em relação a Roberto Pires, não se possa compará-lo a estes monstros sagrados da sétima arte, o fato é que, sendo sensorial e intuitivo, aproximando-se de outros, ainda que sem a força imagética destes, Pires é um realizador cuja intuição da imagem leva-o ao espírito griffthiano da narrativa, à uma concepção mais trabalhada em termos do desenvolvimento da imagem in crescendo. É mais um administrador da imagem do que um criador da imagem. Tomando a palavra emprestada a Walter da Silveira: “O roteirista-diretor-montador quis, com vários cortes, violentos e inesperados, criar ou renovar o interesse pelo relato, quebrando no espectador aquela acomodação subjetiva produzida pela acomodação ótica. Mas o efeito obtido, longe de representar o choque físico e espiritual desejado, às vezes não passou de uma agressão visual, insólita e dolorosa, sem fim estético ou dramático. Nenhum exemplo mais tangível do que a transposição do plano longo do automóvel distanciando-se no porto para o primeiro plano de Cuíca de Santo Amaro, gritando o final. Roberto Pires deve ter pensado que montage, na gramática moderna do cinema, equivale a um rompimento do convencional. Seria simples demais. Pode-se tentar uma nova ordem para o ritmo cinematográfico, jamais destruí-lo. Usar o corte imprevisto seguidamente termina numa academização, portanto em outro convencionalismo, sem a certeza de que o resultado artístico supere o tradicional. A única opção justa seria a de entender que um estilo de continuidade, de montage, acompanha e traduz o sentido do roteiro, assim como o estilo do verso, a sua brevidade ou alongamento, traduz e acompanha o sentido interno do poema. Esse entendimento, como totalidade, foi cumprido em A grande feira: nas suas particularidades, faz crer, porém, que Roberto Pires transforme em sistema o que apenas tinha validade para a natureza episódica de seu segundo filme”.
@gelsonlopes2755
@gelsonlopes2755 Жыл бұрын
gostaria de saber em q ano foi esse filme,desde já agradeço
@nettosousa1094
@nettosousa1094 Жыл бұрын
1961
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
ANÁLISE DA FONTE PRIMÁRIA Ao analisarmos a fonte primária, bem como, outras reportagens sobre o incêndio, percebemos que as informações referentes ao incendiário são confusas, merecendo uma pesquisa mais profunda. A partir daí, as matérias utilizadas na dissertação do artigo, no capitulo dedicado ao incêndio, que foram tiradas do jornal Estado da Bahia de 1964, demonstram que provavelmente o jornal defendia as forças tradicionais, pois, as reportagens sobre o incêndio estavam em equilíbrio com o governo militar. Além disso, notas parabenizando a decisão de não mais manter a feira em Água de Meninos eram explicitas. Carecendo assim, de outras fontes para confrontá-las e ter uma informação mais precisa da relação do jornal Estado da Bahia com o capital internacional e com as velhas oligarquias regionais. No entanto, há uma clara defesa da modernização do Estado contidas nas páginas do jornal. CONCLUSÂO Por fim, ao analisarmos a fonte primária e as secundárias, confrontamo-las com o contexto geral, o histórico da feira, e o contexto específico. Em destaque, o capitulo dedicado especificamente ao incêndio da Feira de Água de Meninos. Demonstramos também no texto, as estratégias de adequação do sistema senhorial em detrimento da burguesia emergente. Tornando claro, que os dois incêndios sofridos pela feira e que, pois fim a ela foi essencial para consolidar o processo de modernização e a implantação de um mercado consumidor que atendesse os anseios da burguesia industrial e o capital internacional. Dessa forma, ao pesquisarmos sobre o tema, percebemos que a fonte utilizada nos direcionou para um ambiente onde a proposta de modernização do Estado, se fez presente, atingindo direta ou indiretamente os tradicionais alicerces sociais, econômicos políticos e culturais do país e da Bahia. Na ocasião, centro do poder das oligarquias ligadas a terra, atuantes até o início do governo de Vargas. Com as novas mudanças no cenário político nacional, a Bahia deu movimento ao desmonte das velhas formas de conchavo senhorial, baseadas no controle do reduto regional e dos privilégios, para assumir uma postura pautada no lucro, no favorecimento dos grandes mercados consumidores, atrelando-se aos Estados industrializados e modernos do Sudeste brasileiro. Diante da proposta de apresentar um trabalho coerente com a fonte da época pesquisada, em destaque, o jornal Estado da Bahia, que apresentou diversas matérias sobre o incêndio da Feira de Água de Meninos, que deixou inúmeros trabalhadores sem seu sustento diário e com o futuro incerto. Apresentamos como proposta, o incentivo a novas produções científicas sobre o infortúnio desses feirantes no dia 5 de setembro de 1964. _____________ FONTES: Jornal Estado da Bahia do dia 8 de setembro de 1964, p.1; 3; 8 Jornal Estado da Bahia do dia 9 de setembro de 1964, p.1; 2; 3; 5; 7 Jornal Estado da Bahia do dia 10 de setembro de 1964, p.1; 2 Jornal Estado da Bahia do dia 11 de setembro de 1964, p. 2; 5; 8 Jornal Estado da Bahia do dia 12 de setembro de 1964, p. 2 Jornal Estado da Bahia do dia 14 de setembro de 1964, p. 3 Jornal Metrópole do dia 2 de outubro de 2009, p.14 REFERÊNCIAS ATAÍDE, Elizângela Rodrigues. A Feira de Água de Meninos: (1959 - 1964). In: IV ENCONTRO ESTADUAL DE HISTÓRIA - ANPUH - BA. HISTÒRIA: SUJEITOS SABERES E PRÁTICAS. 2009, Vitória da Conquista. BA, 2009, p. 1 - 8. COTRIM, Gilberto. História e Consciência do Brasil, 2º grau. 5ª Ed. SARAIVA. 1997. NASCIMENTO, Anna Amélia Vieira. Dez Freguesias da Cidade do Salvador. p. 90; 91; 92 MATTA, Alfredo Eurico Rodrigues. Governadores e Interventores da Bahia Republicana de 1950 A 1980 - A Industrialização. Disponível em: www.matta.pro.br/prod_his.html. Acessado em: 11 de Nov. 2009. UCHÔA, Karina Pinto. O Incêndio em Água de Meninos. In:____. Aspectos da Bahia Republicana, UCSAL, 2002, p. 97 - 104.
@anselmocontecotto9136
@anselmocontecotto9136 Жыл бұрын
8:40 política dominada
@davidmercuri4290
@davidmercuri4290 3 жыл бұрын
A onça
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
GRANDE FEIRA, A (1961) Créditos Longa-metragem, Sonoro, Ficção Material original: 35mm, b&p, 94', 2.590m Origem: Salvador (BA) Produção:1961 Estréia: Salvador (Cine Capri) Locações: Feira de São Joaquim, Salvador Distribuição: Cinedistri Ltda. Direção: Roberto Pires Assistente de direção: Walter Webb Continuidade: Floranita Companhia(s) produtora(s): Iglu Filmes Ltda Produção: Rex Schindler, Braga Neto Produção executiva: Glauber Rocha Produtor(a) associado(a): Oscar Santana Direção de produção: Braga Neto Argumento: Rex Schindler Roteiro: Roberto Pires Direção de fotografia : Hélio Silva Câmera: Waldemar Lima Assistente de fotografia : Alonso Rodrigues Chefe de elétrica : Roque Silva Iluminação: Hélio Silva Chefe de maquinária: Rosalvo Plinio Assistente de maquinária: Milton Santos, José Francisco Fotografia de cena: Élio Moreno Lima Cenografia : José Teixeira de Araújo Montagem : Roberto Pires Música: Remo Usai Laboratório: Líder Cine Laboratórios Som: Atlântida Elenco: Geraldo D'El Rey (Ronny, o sueco) Helena Ignez (Ely) Luiza Maranhão (Maria da Feira) Antonio Luis Sampaio (Chico Diabo) MiltonGaúcho (Ricardo) Roberto Ferreira (Zazá) David Singer (Filósofo) Sante Scaldaferri (Investigador) Milton Rocha (Investigador) Sônia Noronha (Amiga) Maria Adélia (Amiga) Ligia Ferreira (Conceição) Nilton Paz (Ernesto) Walter da Silveira (Pedro, dono do bar) Clélia Mattos (Sara) Genaro de Carvalho (Amigo) Teixeira (Amigo) Roberto Pires (Neco) Rennot (Cronista social) Calasans Netto (Músico) AgnaldoAzevedo (Músico) Luiz Henrique (Músico) Ivan Galliteri (Músico) Ana Lúcia (Secretária) Antonio Patino (Político) Fernando Protásio (Político) José Cavalcante (Político) Orlando Senna (Frequentador da gafieira) Glauber Rocha (Frequentador da gafieira) Floranita Vasconcellos(Frequentadora da gafieira) Leão Rozemberg (Frequentador da gafieira) Moacir Maximiliano (Freqüentador da gafieira) Cuica de SantoAmaro (Poeta popular) Riachão (Cantor da gafieira) Oscar Santana (Esmoler) Raimundo Andrade (Esmoler) Walter Webb (Esmoler) Alonso Rodrigues (Esmoler) Fontes: Transcrição de letreiros (DVD/Acervo Dimas); Cinemateca Brasileira; Setaro (1976).
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
FEIRA DE ÁGUA DE MENINOS salvadorhistoriacidadebaixa.blogspot.com.br/2009/11/feira-de-agua-de-meninos_16.html Na postagem anterior, estivemos visitando a Casa Pia e Colégio de Órfãos São Joaquim. Saímos encantados! Mas, nem tudo são flores! Logo em frente acha-se a Feira de São Joaquim, transferida que foi da Água de Meninos, quando aconteceu o incêndio da mesma em 05 de setembro de 1964. Nesse ponto nos chega uma dúvida, talvez um impasse. Não deveríamos primeiro falar sobre a Feira de Água de Meninos da qual se originou a atual Feira de São Joaquim? Sem dúvida, para efeito de melhor compreensão dos fatos. E como estamos nos servindo muitíssimo das imagens do Google Earth para melhor entendimento de tudo, focalizemos os dois espaços a partir do mar, bem como a localização da Casa Pia de São Joaquim em relação aos dois espaços. Seta amarela à esquerda, indica a Casa Pia. A verde no centro, mostra a atual Feira de São Joaquim - A vermelha indica o espaço da antiga Feira de Água de Meninos. Espaço onde ficava a Feira de Água de Meninos - Os saveiros são uma referência. A Feira de Água de Meninos se originou de uma antiga feira móvel que se formava na altura do sétimo armazém das Docas da Bahia. Era chamada Feira do Sete. Os comerciantes sempre reclamavam da mobilidade dessa feira. Achavam que ela deveria ser fixa. Um vacilo aqui, outro acolá, foram ficando, primeiramente em pequeno número para se tornar definitiva quando todos aderiram à inflação. Os poderes constituídos não tiveram força para removê-los. Razões políticas compunham o quadro. Isto teria ocorrido na década de 1930. Ninguém sabe precisar o ano exato. Sétimo Armazém das Docas -Hoje em frente à Base Baker O local era o melhor possível. De um lado a avenida que ali passava e do outro um magnífico cais que dava ao local uma profundidade de 10 metros. Os saveiros do Recôncavo e das Ilhas que abasteciam Salvador pelos lados de Itapagipe - Porto da Lenha - agora podiam chegar tranquilamente mais próximos da “cidade”. Aquela área tinha sido aterrada para a construção do Porto de Salvador. As praias e os recifes existentes na área tinham ficado em baixo da terra. Estava livre o caminho do mar! E se instalou a Feira de Água de Meninos sem nenhum ordenamento, sem nenhum princípio higiênico, sem mais nem menos, como é muito comum na Bahia,como num passe de mágica. As autoridades não percebem essas movimentações ou não lhe deram importância. O caso do aterro do Uruguai é o maior exemplo. Deixaram que o povo fizesse como quisesse. Em vez de aproveitar a oportunidade e planejar um bairro organizado, bonito, à beira mar ou beira-enseada, (do que restou dela), deixaram ao Léo e cada um fez o que quis. Hoje é um quebra-cabeça! Mas, voltemos à “nossa” Feira de Água de Meninos. Foram montando as barracas ou os barracos a bel prazer. Barracos, sim! Muitos dos feirantes passaram a morar no local. Como não havia nenhuma estrutura, as necessidades físicas eram feitas ali mesmo. A “grande feira” exalava um cheiro horrível, mas a população não se importava tanto com isto. Dizia, “fede, mas serve”. “Ali a gente se livra dos espanhóis”. Na época os espanhóis dominavam o comércio de gêneros alimentícios de Salvador e outros “comércios”. As preferências pela ocupação dos espaços foram contraditórias. Teve feirante que preferiu as proximidades com o mar. Ali aportavam os saveiros. Outros achavam que a proximidade com a avenida era mais proveitosa. Estariam mais perto do consumidor. Sem dúvida quem se deu melhor foram os que pensaram nos clientes e se instalaram nas proximidades da Oscar Pontes. Os saveiristas que tratassem de vir até eles. Era de seu interesse! Se a Feira do Sete não causava grandes preocupações às obras de ampliação do Porto de Salvador, desde que móvel, isto é, removível a qualquer hora, por outro lado, a Feira de Água de Meninos com sua extensão e ares de “definitiva”, se constituía num gravíssimo problema. Ela se enraizava no gosto popular. Já tinha vereador se elegendo com os votos dos feirantes. Já se tornara um problema político. Social já era há muito! Mas “aquilo” não podia continuar. A Prefeitura começou a negociar com os líderes da feira. Há registros que em 1959 houve um acordo entre as Docas, Prefeitura, Sindicato dos Feirantes e Capitania dos Portos para uma possível transferência da feira para outro local, provavelmente nas proximidades da Enseada de São Joaquim. O acordo não teve sucesso. Apesar de São Joaquim reunir boas condições, mudança é mudança. É sempre um problema! Uma trabalheira! Os feirantes já estavam na sua, absolutamente acomodados. Pra que mudar? Estavam certos. Faz parte da natureza humana! Em 1960, novo ataque dos poderes constituídos. “Fica proibida a construção de novas barracas”. O que foi feito, está feito. Agora, parem! Vale salientar que não havia uma unanimidade por parte da Prefeitura se a Feira de Água de Meninos seria efetivamente transferida para São Joaquim. Havia uma corrente de pensamento em acabar em definitivo com a mesma. Temia-se sua transferência para o São Joaquim, bem em frente à igreja do mesmo nome, tombada, histórica, de frente para o mar. Registre-se ainda um fato histórico envolvendo o presidente da Companhia das Docas, Sr. George Humbert e o prefeito Heitor Dias. O primeiro queria a transferência da Feira de Água de Meninos para o São Joaquim. Chegou a enviar um ofício à Prefeitura. Energicamente, o prefeito retrucou dizendo “que se as barracas forem instaladas em São Joaquim não hesitaria em demoli-las”. Mas ai chegou a providência divina. Em noite estrelada, Lua Cheia, um sábado. Movimento encerrado, dia 5 de setembro de 1964, a Feira de Água de Meninos, inspiradora de filmes, romances, contos e músicas era consumida por grandes línguas de fogo que se projetava da terra de forma misteriosa, apesar de sabido que, na área aterrada, onde se encontrava a feira, passavam tubulações de combustíveis de empresas americanas como a Esso, Texaco e Shell, ligando seus gigantescos tanques de gasolina. Alguém afirmou laconicamente: “a lua estava cheia, porque estava sendo iluminada aqui de baixo pelas chamas de Água de Meninos”. As labaredas alcançavam a altura da Igreja de Santo Antônio além do Carmo, no alto da colina. De todos os cantos da cidade, da própria Ilha de Itaparica, o incêndio era visto. Era um espetáculo dantesco e insólito. Vontade dos deuses ou de outras vontades? Está faltando ainda uma coisa. O porquê da expressão “Água de Meninos”? Foram feitas pesquisas de todos os lados e nada foi encontrado. Há uma hipótese que agora levantamos de que a referida expressão teria tido origem no fato de que, antes da aterragem da área, existia uma praia denominada Praia da Jequitaia. A referida praia, como todas as outras existentes nas proximidades até Monte Serrat, possuía uma barreira de recifes. Muito provavelmente, essas barreiras formavam bacias tranqüilas nas marés vazias. Uma delas seria a “Agua de Meninos”. Segurança de todos.Pura garantia! Também uma expressão bem baianês. Água de Meninos. O conhecido costume dos meninos do Barbalho e Santo Antônio descerem para tomarem banho no cais de 10 metros, como acontecia na década de 1940, poderia ter advindo do uso da Praia da Jequitaia para os banhos em suas bacias. A hipótese de que a expressão "Água de Meninos" teria surgido porque os padres costumavam batizar os meninos na Praia da Jequitaia, não se sustenta. O batismo católico é feito no interior das igrejas. Sempre foi assim!
@victorsanthiago4980
@victorsanthiago4980 8 ай бұрын
depois que um rei chamado Charles 4 se casou na alemanha ele fez três luas de mel,ele com 16 a rainha com 14 saíram da alemanha de carro ,voando,e pousaram nas águas de Salvador Bhaia,ele usou o nome ,chico diabo por onde se hospedou,garantiu que voltaria para tacar fogo em tudo,nega evoa ,adhin neguinho das águas,depois do Brasil foram ao México e aí,o mundo acabou...
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
Cinema na Bahia, memórias da cidade de Salvador Maria do Socorro Carvalho www.tabuleirodeletras.uneb.br/secun/numero_especial/pdf/artigo_nespecial_02.pdf Revista do Programa de Pós-Graduação em Estudo de Linguagens Universidade do Estado da Bahia - UNEB Departamento de Ciências Humanas - DCH I NÚMERO ESPECIAL [...] No ano anterior, com A Grande Feira tratara de um problema contemporâneo da cidade, o dos feirantes de Água de Meninos ameaçados de despejo para que se pudesse construir um loteamento em seu terreno. Com A Grande Feira, os soteropolitanos estavam na platéia e, em larga medida, nas imagens projetadas na tela do cinema, fazendo desse filme a experiência de maior êxito de crítica e público do Ciclo baiano. Como bem observou o jovem crítico Caetano Veloso, esse filme de Roberto Pires criava a Bahia mais Bahia que o cinema já havia mostrado. Por esta relação complexa entre cinema-cidade-público transposta para o filme por seus realizadores, destaco aqui A Grande Feira como a produção mais representativa daquela sociedade que produziu o que considero a nova onda baiana. Em A Grande Feira, a fantasia baiana vivida em torno do progresso, para negá-lo ou afirmá-lo, está bastante presente. Fora da feira de Água de Meninos, tenta-se mostrar uma cidade que aspirava à modernização, com um porto movimentado, ruas agitadas e policiadas, tráfego intenso de carros, ônibus e bondes, prédios altos e residências luxuosas de arquitetura moderna abrigando uma burguesia que possuía lanchas e companhias de aviação, freqüentava bares, festas, colunas sociais e cujos filhos estudavam na Europa. O filme pretende denunciar a falsidade do desenvolvimento em curso, mostrá-lo em seus aspectos perversos e injustos como obra de empresários gananciosos, interessados apenas em enriquecimento próprio. Aquele progresso seria então um modo moderno de ganhar mais dinheiro, de tornar os ricos cada vez mais ricos. Os pobres, por sua vez, identificados com os marginais que viviam em torno da Feira, eram os explorados. Sem nenhuma alternativa de partilhar as riquezas geradas nesse processo, eram as vítimas do falso desenvolvimento. Ou ricos burgueses ou pobres marginais, eram as opções apresentadas na fita. A não ser que o jornalista que acompanha as grã-finas à Feira, a fim de “tirar fotos para o turismo”, conforme palavras do próprio personagem, representasse aquele segmento social médio no qual se encontraria grande parte dos habitantes de Salvador, como aliás os próprios realizadores, ausentes do filme (tema explorado pelas críticas de Walter da Silveira) . A falta torna-se mais significativa quando se nota que o jornalista, chamado de Renot, que parece íntimo da personagem de Helena Ignez e de suas amigas, é interpretado pelo mesmo Renot (Reinaldo Marques) que assinava a coluna social Smart Society, publicada diariamente no jornal Estado da Bahia. Ao mesmo tempo em que o colunista fazia uma participação amical, em outra seqüência - quando o rico advogado comenta indignado que teve de reagir, pois, pela terceira vez, seu nome havia sido omitido das crônicas sociais - desdenhava-se esse mundo, mesmo que Glauber Rocha e Helena Ignez também tenham sido responsáveis pela coluna social Krista, durante cerca de dois anos, do Diário de Notícias. Observe-se ainda que o elenco de A Grande Feira conta com a participação expressiva de jovens artistas e intelectuais em pequenos papéis ou como figurantes. Ao representar personagens diversos do seu mundo real - artistas plásticos, jornalistas, críticos e cineastas, transformados em músicos e freqüentadores de cabaré, investigadores de polícia, prostitutas, mendigos, barraqueiros e sindicalistas -, para além do cinema de amigos, o filme indica um sentido de solidariedade com os excluídos, imprimindo-lhes certo charme. (Vale lembrar que além de Walter da Silveira como o dono do bar e do próprio Roberto Pires como o líder sindical, o elenco contava com Calasans Neto, Agnaldo (Siri) Azevedo e Luiz Henrique Dias Tavares como músicos e Glauber Rocha, Orlando Senna e Leão Rozenberg como freqüentadores do cabaré; Sante Scaldaferri era um dos investigadores, Walter Webb um dos mendigos e Genaro de Carvalho um dos amigos ricos, entre outras participações. Entre os artistas populares, além do poeta Cuíca de Santo Amaro, como o narrador da história, destacase a presença do músico Riachão como cantor do cabaré.) Ao conferir essa “aura” aos personagens marginalizados, A Grande Feira cria uma falsidade da pobreza, fazendo-nos crer que os realizadores foram atingidos pela mesma fantasia de progresso que então dominava certos setores sociais. Embora a intenção maior do filme fosse recusar/denunciar o pseudo-desenvolvimento, sobretudo ao ver o crescimento e a modernização da cidade como forma de aumentar a fome e a injustiça social, acredito que o filme termina por sugerir sua aceitação. Assim, paradoxalmente, na tentativa de negar aquela “alegre Bahia”, entendida como produto da "ideologia do desenvolvimento", os cineastas acabam por afirmá-la. [...]
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
donada pelo marinheiro, retorna ao conforto do seu marido: um longo plano, ao fundo entre dois armazéns das docas, Ely indecisa, seu marido, o automóvel próximo: a tomada é longa, parada, sofrida”. Mas Walter, a rigor, não discorda do plano em si, de sua longa duração, mas da montage, do corte ex-abrupto que terminando a sequência do cais faz aparecer em expressivo close up o rosto falante de Cuíca de Santo Amaro. A construção de uma narrativa fílmica, ou o arranjo que o material narrável assume na obra, pode obedecer, como se vê, a diversos critérios. A distinção mais evidente é entre estruturas simples e estruturas complexas, sendo fato consumado que, neste caso, a simplicidade ou a complexidade são noções exclusivamente inerentes ao como do discurso e não à sua coisa pode haver histórias intricadas, mas de estrutura elementar e, pelo contrário, histórias lineares, mas que se tornam intricadas por uma disposição dos segmentos narrativos. Assim, em A grande feira, considerando-se os vários tipos de estruturas narrativas, pode-se classificá-lo como um filme de estrutura simples e narrativa linear, aquela que é percorrida por um único fio condutor, que se desenvolve de maneira sequêncial do princípio ao fim sem complicações ou desvios do caminho traçado. A narrativa de estrutura linear é a de mais fácil leitura e é concebida de modo a respeitar todas as fases do desenvolvimento dramático tradicional. O esquema a que obedece é aproximadamente o seguinte: (a) introdução ambiental; (b) apresenta- ção dos personagens; (c) nascimento do conflito; (d) consequências do conflito; (e) golpe de teatro resolutório. O esquema repete à letra o que era a estrutura base do romance naturalista ou psicológico do século XIX. A grande feira, ainda que filme de mise-en-scéne, com alguns graus de narratividade apreciáveis, tem um modelo no qual o elemento poético e metafórico é reduzido ao mínimo e em que quase todos os motivos de interesse residem na fábula.
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
www.igrejas-bahia.com/salvador/ss-trindade.htm Igreja da Ordem Terceira da Santíssima Trindade A Igreja do século 18, localizada na Água de Meninos, está praticamente em ruínas, mas o local é habitado por uma comunidade pobre. Em 1733, a Irmandade do Rosário e Santíssima Trindade arrendou um terreno da paróquia de Santo Antônio Além do Carmo, para a construção de uma capela sob a invocação de N. S. do Rosário e Santíssima Trindade. Esse templo foi erguido na ladeira que dá acesso a Água de Meninos, acredita-se que ainda existem restos desta primeira construção. Em 1739, a Irmandade optou por construir uma igreja maior, no local atual. Em seu prospecto de 1800, Vilhena indica que ela era conhecida com Igreja do Rosário. Nesse prospecto, a Igreja é apresentada ainda sem torres e, nessa época, ela era uma capela da Paróquia do Pilar. Em 1806, uma bula do papa Pio VII, extinguiu a antiga Irmandade, criando, em seu lugar, a da Ordem 3ª da Santíssima Trindade e Redenção dos Captivos. Em 1877, a Ordem obteve da Presidência da Província a doação do cemitério do Bom Jesus e terrenos anexos. Em 1888, a Igreja foi consumida por um incêndio, restando as paredes externas. Possui três naves e sua fachada tem elementos em rococó e neoclássico. As imagens antigas foram retiradas. Em 1968, a torre direita desmoronou. Desde 2000, está ocupada por uma incrível comunidade de moradores de rua. Eles publicam o jornal Aurora da Rua, vendem material para reciclagem e criam obras de arte sacra. Fica na Avenida Jequitaia, Água de Meninos.
@josuesilvia4696
@josuesilvia4696 Жыл бұрын
Naquele tempo já tinha o sindicato, kkkk, o Lula já estava lá kkkk
@ermelindarosa1485
@ermelindarosa1485 Жыл бұрын
E já tava ligado à política suja. Kkkkk
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
predominando um nítido confinamento dos protagonistas num espaço asfixiado, quando o realizador poderia ter dimensionado este mesmo espaço em termos de uma maior flexibilidade de ação geomé- trica para a câmera. Aqui, neste caso, valeria mais usar, por exemplo, o campo e o campo contrário ou, melhor, o campo e o contracampo. Há, também, um abuso virtuosístico que, ao contrário de abrilhantar a narrativa, fá-la apenas decorativa, enfeitada: os ângulos inusitados e insólitos da sequência na qual Rony dança com Maria no cabaré de Zazá. No cômputo geral, existe um desequilíbrio no campo da mise en scéne de A grande feira, causado, talvez, pela falta de recursos da produção. Roberto Pires, vale ressaltar, neste seu segundo longa-metragem, revela, por outro lado, uma artesania bastante apreciável e uma ideia de cinema capaz de fazê-lo um cineasta de voos mais altos no plano narrativo. Não é, entretanto, um autor, ou, mesmo, um estilista, mas aquilo que se pode chamar de um artesão cinematográfico, pois tem capacidade de articular as margens e de contar uma história. Se a fábula original, o argumento, a história, é de Rex Schindler, a narrativa, porém, é de responsabilidade de Roberto Pires. Na transferência de signos - a transfer, o que é literatura, símbolos, passa-se para uma outra especificidade, qual seja a linguagem cinematográfica. Daí se dizer que a adaptação de uma obra literária para o cinema é impossível na medida em que a narrativa literária se destrói na transfer para a narrativa cinematográfica, ficando, apenas, a intriga, as personagens, as situações, a ideia central. É verdade que Rex Schindler, ao escrever a história de A grande feira, pensou em termos imagéticos, pois seu propósito era o de desenvolver uma história para ser filmada. Mas enquanto a pondo no papel, com o uso de um referencial simbólico (letras articuladas em frases e, estas, em orações e períodos), faz literatura e não cinema. O cinema começa a partir do momento em que Roberto Pires escreve o roteiro, fixando, neste, os elementos determinantes e componentes da linguagem cinematográfica. Quanto à abrangência do poder narrativo de Roberto Pires, limitado, como se vê, mas talentoso, deve-se considerar que, havendo, a grosso modo, duas espé- cies de cineastas, um cerebral e conceptual, outro sensorial e intuitivo, o realizador de A grande feira se insere no segundo grupo, aquele dos sensoriais e intuitivos. Como diferenciar, no entanto, os dois tipos? Os cerebrais e conceituais reconstróem o mundo em função de sua visão pessoal, acentuando a imagem como meio essencial de conceptualizar o seu universo fílmico. Não parece ser, este, o caso de Roberto Pires. Já os sensoriais e intuitivos, ao contrá- rio, procuram, antes, subtrair-se diante da realidade, fazendo surgir da representação direta da realidade a significação que querem obter. Assim, Roberto Pires, por sensorial e intuitivo, faz surgir, em A Grande Feira, a representação direta e objetiva do drama da Feira de Água de Meninos, a significação pretendida. Para ele, o trabalho de elaboração da imagem tem menos importância - não descuidando, porém, é
@rikkdpater7825
@rikkdpater7825 Жыл бұрын
Filmao da zorra!
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
A GRANDE FEIRA Por Arthur Dias www2.ufrb.edu.br/cinecachoeira/criticas-ano-i-n-2-2011/33-a-grande-feira Criado: 28 Junho 2011 “... A feira vai ser engolida pelos tubarões. A Grande Feira vai acabar!” Poeta Cuíca de Santo Amaro A grande feira conta a história da hoje extinta feira de Água de Meninos e a luta dos feirantes que se organizam contra um futuro despejo. Conduzem a fábula o marinheiro Ronny (Geraldo Del Rey) com seus dois amores, Maria da Feira (Luíza Maranhão) e Ely (Helena Ignez), moça casada da alta sociedade. Ricardo (Milton Gaúcho) é um receptor de cargas roubadas e Chico Diabo, ladrão extremista que quer botar fogo na feira, interpretado por Antônio Luiz Sampaio, reconhecido mais tarde como Antônio Pitanga.O diretor da obra é Roberto Pires, um dos grandes precursores do cinema na Bahia, ao lançar o primeiro longa-metragem do estado, Redenção (1959). Neste período identificado como Ciclo Baiano de Cinema, teríamos mais dois filmes lançados por Roberto, A grande feira (1961) e Tocaia no asfalto (1962). Roberto Pires dividiu-se como diretor e produtor pela Iglu Filmes - produtora que alavancaria a produção cinematográfica baiana. No restante das horas, ocupava-se captando recursos para os seus filmes e o dos amigos cineastas, que também produziam pela Iglu. Não escondia sua preferência pelos filmes policiais, e não tinha por que esconder isso, mesmo quando criticado por adotar um gênero que poderia trazer reflexões consideradas rasas quanto à realidade brasileira .Pires adotava uma narrativa clássica, própria do cinema norte-americano, mas se utilizava do espaço físico real, a locação a ser gravada sendo uma cidade, bairro ou uma rua baiana. E exatamente por não tentar recriar esses espaços em um estúdio, também pela história do filme e seus personagens se tratarem da marginalidade urbana, dialogava com os primeiros preceitos do que seria a estética do cinema novo, que pretendia mostrar o brasileiro pelo olhar brasileiro: a estética da fome.A música do filme, de Remo Usai, é muito bem utilizada para ambientar e separar os espaços, quando se é feira e seu cotidiano e o restante da narrativa que se segue. Além de amarrar bem os momentos de tensão pela trilha sonora, a fotografia do filme feita por Hélio Silva mais uma vez é diferenciada; sua primeira dobradinha com Roberto foi em Redenção. Vale lembrar também que o câmera é Waldemar Lima, fotógrafo de Glauber Rocha em Deus e o diabo na terra do sol. Em entrevista, Glauber Rocha revelou que certa vez escutou uma história de um capoeirista lá da feira de Água de Meninos. Conta a resenha toda a Rex, que era o produtor e roteirista, e a Roberto Pires, sobre uma tal de Maria da Feira, um marinheiro gringo e um Chico Diabo. Começam opiniões de um lado, que esse marinheiro deveria ser sueco, Geraldo Del Rey loiro ia ficar ótimo como personagem. Essa Maria tem a cara de Luísa Maranhão. E Chico Diabo? Não deveria ser outro, se não Antônio Pitanga - escolhido depois de ótimas atuações em Bahia de todos os santos e Barravento.Um marinheiro revolucionário, vindo da Suécia e que foi ferido por navalhadas em meio à praça; uma mulher vivida da feira que trabalha no bordel; de relacionamento com Chico Diabo, ladrão de ideias radicais. Personagens recorrentes da feira, marginalizados e populares paralelos por um núcleo das high-society - instigada pela personagem de Helena Ignez - que começam a freqüentar o cabaré do Zazá, vendo no exótico uma fuga excitante de suas vidas monótonas. O marginalizado a ficar “pop”. Todo um roteiro construído a partir dos personagens desse canto do mundo bem peculiar. Foi o quarto longa-metragem baiano. E os críticos ainda esperavam um filme que trouxesse mais da Bahia vista no dia-a-dia para as telas. A expectativa era grande para que a feira do filme trouxesse mais uma feira baiana. E, ao final, a crítica reconhece o quanto Roberto manteve uma postura coesa, não fazendo mais um filme lúdico para que o estrangeiro saboreasse as paisagens e o exótico, mas que transcreveu na tela de cinema a atmosfera dos feirantes, num intuito de passar ao espectador qual a legítima sensação de se atravessar e viver nas vielas de A Grande Feira. Como diziam os realizadores, A Grande Feira era a própria cidade, uma “crônica amarga” de Salvador.
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
a grande feira SETARO, André. Panorama do Cinema Baiano. www.fundacaocultural.ba.gov.br/wp-content/uploads/2012/11/panorama-do-cinema-baiano_web_setembro2014.pdf Há graus de narratividade que procuram o específico fílmico na transmissão do aspecto fabulístico ou, se se quiser, na ilustração da história. E estes graus de narratividade podem ser conferidos em algumas sequências: aquela em que Rony, indo procurar Maria, após ser ameaçado com a navalha, rompe o vestido dela; o passeio turístico de Rony e Helena e, principalmente, a dinâmica da sequência com a lancha e os personagens dentro dela; o momento no qual Chico Diabo vai tocar fogo nos tanques com o dinamite e o realizador desenvolve uma montagem paralela baseado na lei de progressão dramática griffthiana da “corrida contra o tempo”; o prólogo, com a partitura de Remo Usai; o plano geral que antecede o epílogo, com campo visual aberto onde, no quadro fílmico, vê- se o cais do porto em toda a sua dimensão e, pequenos, os dois protagonistas (o marido que, com a porta do carro aberta, espera a esposa arrependida) etc. Em outros momentos, o realizador apoia a sua condição fílmica nos diálogos, pouco desenvolvendo a capacidade de articulação cinematográfica. São exemplos desses momentos: as diversas sequências no bar de Pedro, onde, nota-se, flagrante, a ausência de um maior desenvolvimento no que tange a uma melhor ritmação especificamente cinematográfica,
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
SETARO, André. Panorama do Cinema Baiano. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1976 De autoria de André Setaro, o livro foi originalmente publicado pela FUNCEB em 1976 e traça uma linha histórica sobre o cinema feito na Bahia, enfocando aspectos ligados à produção, exibição e crítica. Esta 2ª edição, revista e ampliada, integra a Série Crítica das Artes, coleção do Programa de Incentivo à Crítica de Artes que objetiva promover a difusão de conteúdo sobre o tema, inclusive no resgate de produções de profissionais notórios no campo. www.fundacaocultural.ba.gov.br/wp-content/uploads/2012/11/panorama-do-cinema-baiano_web_setembro2014.pdf
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
Não se concorda, aqui, com o brilhante crítico e ensaísta a respeito do corte direto do plano longo do automóvel esperando no cais para o close up de Cuíca de Santo Amaro. Pires, ao contrário do que diz o ensaísta, provoca, é verdade, um choque ao sair de um plano geral para um close up e, com isso, nesta concepção moderna da montagem, não está sendo convencional. Se se puder concordar, com Walter, que o excesso de corte estridente na passagem de uma sequência a outra (como o golpe desferido no policial que persegue Chico Diabo, o saxofone que dá início à sequência na qual Zazá é morto etc) pode conduzir a uma forma de academicismo, no que se refere ao cor - te final, que anuncia o término de A grande feira, o resultado é altamente funcional. Como a sugerir que a fábula do filme não passou de uma história de Cuíca de Santo Amaro. A tomada demorada, em plano geral, sinaliza um comportamento novo em estilística, a indicar que Roberto Pires está antenado com o cine ma mais moderno em prática em outros países. Ainda que, se se analisar no geral, o filme não deixa de ser, como diz Walter, acadêmico em sua estrutura narra tiva. A ruptura desse cinema academizante (a câmera em volta da cama de Maria, os ângulos insólitos e virtuosos apontados, planos se acadêmicos, porém, belíssimos) só viria a se dar em Glauber Rocha, dois anos depois, quando este realiza Deus e o diabo na terra do sol. Outro crítico, Orlando Senna, em artigo sobre A gran de feira, discorda de Walter da Silveira em relação ao plano longo do final, quando escreveu: “O ponto alto do filme é a sequência em que Ely (ou Helena), aban -
@murilocasteloes5475
@murilocasteloes5475 9 жыл бұрын
REFERÊNCIAS BRASIL, José Umbelino. As Críticas do Jovem Glauber. Salvador, 2007. Tese (Doutorado em Comunicação e Cultura Contemporâneas) - Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia, 2007. CARVALHO, Maria do Socorro Silva. A nova onda baiana; cinema na Bahia (1958-1962). Salvador: Edufba, 2003. CARVALHO, Maria do Socorro Silva. Imagens de um tempo em movimento; cinema e cultura na Bahia nos anos JK (1956-1961). Salvador: Edufba, 1999. DIAS, José Umberto (organização e notas). Walter da Silveira, o eterno e o efêmero. Salvador: Oiti, 2006. ORTIZ, Renato. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1988. SETARO, André. Panorama do Cinema Baiano. Salvador: Fundação Cultural do Estado da Bahia, 1976.www.fundacaocultural.ba.gov.br/wp-content/uploads/2012/11/panorama-do-cinema-baiano_web_setembro2014.pdf
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