Рет қаралды 5,032
MAGÉ - UMA CIDADE SAQUEADA - 1ª PARTE
Estamos chegando à data de 21 de Fevereiro.
Há 126 anos o que seria a Libertação de Magé, acabou nos destruindo.
O Tenente Vinhaes, logo que chegou à Magé em novembro de 1893, aprisionou o Juiz Municipal e o Promotor, por sabê-los seres fiéis ao Governo Republicano.
Cabe ressaltar, que com a prisão do Juiz e do Promotor, Magé não estava a favor desse movimento da Marinha.
Ao saber desse ato, o Presidente da Câmara Municipal, que era equivalente hoje ao Cargo de Prefeito, o Dr. Siqueira, que era Coronel do Exército, saiu da cidade para buscar ajuda para a libertação do Município.
A guarnição da Armada era pequena, pois em Magé os revoltosos da Marinha não hostilizaram e até procuraram criar simpatia pela correção com que procederam, proclamando que garantiriam a propriedade, a vida, a liberdade dos mageenses, a honra, o sossego e dignidade das famílias.
Assim narrou o Correspondente do Jornal do Brasil, que veio a Magé.
O único local invadido foi a Câmara Municipal, onde todo o dinheiro do Município foi tomado, mas foram deixados os pertences de Particulares que estavam no Cofre Público. E na presença dos mesmos, foram os haveres (Dinheiro) entregues. É lavrada uma Ata, subscrita por todos os presentes.
Com uma parte desse dinheiro o chefe revoltoso (Ten. Vinhaes) providenciava o aliciamento de voluntários Mageenses. Toda a população vivia em suspense, esperando a todo o momento a reação dos governistas.
Outra parte do dinheiro foi para comprar alimentos dos nossos produtores.
Como muitos trabalhadores Mageenses não podiam trabalhar, pois a cidade ficou isolada, muitos aceitaram trabalhar ajudando a carregar e descarregar alimentos nos barcos que seguiam até a Ilha de Paquetá para o abastecimento dos navios revoltosos.
Cabe lembrar, que até a data de 14 de janeiro de 1894, todos os alimentos eram confiscados para atender os Revoltados.
Eu me pergunto: Por que a Armada veio a Magé? O que tem Magé com essa Guerra Civil?
Como os navios da Marinha não podiam atracar nos portos do Rio de Janeiro e nem Niterói, procuraram alimentos na Ilha do Governador e Ilha de Paquetá. Não foi encontrado nada.
Magé era um ponto estratégico, cidade bem abastecida de víveres (alimentos necessários à sobrevivência). Para ali fora mandado o Tenente José Augusto Vinhaes, a fim de aglutinar forças e prosseguir no abastecimento aos navios rebelados na Orla da Baía da Guanabara.
Com a chegada ao Rio de Janeiro de dois couraçados comprados na Europa que junto com o Encouraçado Aquidabã o mais potente, mais de 5000 homens desembarcaram na Baía da Guanabara para o conflito. Na época entraram sem levar um só tiro das fortalezas, que eram comandadas pela Marinha e por isso, facilitou os bombardeios sobre a cidade do Rio de Janeiro e depois a Capital Niterói.
Um couraçado (ou encouraçado) é um navio de guerra pesadamente blindado e armado com as peças de artilharia de longo alcance e de maior calibre existente. Normalmente, os couraçados eram maiores, mais armados e mais blindados que os cruzadores e contratorpedeiros. A nossa Armada na época era uma das mais potentes do Planeta.
Deodoro fechou o Congresso em 3 de novembro de 1891, após o Congresso dá uma monção a Benjamim Constant como “O Pai da República”. Benjamim Constant, que aprendeu as suas primeiras letras em Magé, havia morrido em 22 de janeiro de 1891, 4 meses depois do desentendimento com Deodoro.
O 1º Presidente eleito, não pelo povo, mas pelo Congresso, recebeu um aviso do Contra Almirante Custódio de Melo para reabrir o Congresso. Se não o fizesse ele ia bombardear o Rio de Janeiro e deu um tiro de advertência.
Com esse tiro, o movimento foi chamado de “A Primeira Revolta da Armada”.
Deodoro renunciou em 23 de novembro de 1891, 20 dias depois de fechar o Congresso.
Ai começou a bagunça na República para a sua sucessão e a contagem regressiva para a destruição de Magé.