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A Lenda do Tangram
Diz a lenda que, há muito, muito tempo atrás, na antiga China, vivia um jovem e talentoso pintor chamado Shen Zhou.
A fama Shen Zhou cresceu a ponto de alcançar o Imperador, que decidiu convocar o pintor ao Palácio Imperial.
O Shen Zhou compareceu ao palácio trazendo suas melhores pinturas e respondendo às perguntas do Imperador com argúcia e cortesia.
O Imperador impressionou-se com a beleza das obras e com a perspicácia do pintor. Entretanto, sentiu também inveja, pois ele próprio praticava a arte da pintura, mas não com tamanha perícia.
O Imperador resolveu, então, testar as habilidades de Shen Zhou, dando-lhe uma difícil tarefa: percorrer a China, registrando as belezas e curiosidades do país.
Contudo, para cumprir sua missão, o jovem artista deveria utilizar somente uma prancha quadrada de jade.
Embora a demanda lhe parecesse impossível de ser realizada, Shen Zhou aceitou-a, e, munido da quadrangular prancha de jade, partiu para sua aventura.
Certo dia, distraiu-se a pensar na solução de seu problema e tropeçou, deixando cair ao chão a prancha de jade, que se quebrou em sete partes.
Shen Zhou começou a juntar os pedaços, tentando formar novamente o quadrado original. Porém, a cada tentativa, encontrava formas diferentes.
Os arranjos das peças formavam as figuras de pássaros, peixes, gatos, coelhos, barcos e pessoas, além de muitas outras coisas.
Então Shen Zhou percebeu que, com as sete peças, poderia mostrar ao imperador tudo quanto vira em sua jornada.
Shen Zhou voltou ao Palácio Imperial e fez seu relato ao Imperador, ilustrando o que dizia com as sete peças de jade.
O Imperador reconheceu a perícia do jovem artista, louvando sua astúcia e nomeando sua invenção como “Tch’i Tch”iao Pan”, as sete tábuas da habilidade.
LEGENDAS:
É verdade, existiu um pintor chamado Shen Zhou, que viveu na China entre 1427 e 1509.
Ele era de uma tradicional família de artistas e é considerado o fundador da escola Wu de pintura.
Não foi Shen Zhou quem realmente criou o Tangram e é muito provável que ele jamais o tenha conhecido.
Embora tenhamos o hábito de considerar milenares as coisas vindas da China,
Os primeiros registros de Tangrans chineses datam do séc. XVIII.
O jogo chegou ao Ocidente no séc. XIX e logo se tornou bastante popular.
O nome Tangram é uma invenção ocidental e vem da junção da palavra cantonesa “tang”, que quer dizer chinês
e “gram”, uma forma composta que significa “algo desenhado”.
O Tangram é largamente usado com fins pedagógicos, principalmente em matemática.
Eu o utilizo nas aulas de artes como estrutura para o desenvolvimento de personagens.
Atenciosamente, Luiz Eduardo Bernardes.
Bibliografia:
AUBOYER, Jeannine; GOEPPER, Roger. Mundo Oriental. Rio de Janeiro: José Olympio Editora S.A., [s.d.]. (O Mundo da Arte: enciclopédia das artes plásticas em todos os tempos).
ELFFERS, Joost. Tangram: the ancient chinese shapes game. [s.l.]: Penguin Books, 1984.
ELFFERS, Joost; SCHUYT, Michael. Tangram: um puzzle chinês antigo. [s. l.]: Evergreen, 2006.
GÊNOVA. A. Carlos. Brincando com tangram e origami. 3 ed. São Paulo: Global, 2002. (Coleção brincando com, v.9).
LEE, Roger. Tangram: mais de 1000 figuras. Tradução de Vani Ing Burg. [s.l.]: Isis, 2005.
READ, Ronald C. Tangrans: 330 puzzles. New York: Dover Publications, [s.d.].