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Se Portugal é considerado um "jardim a beira mar plantado", a cidade baiana de Rio de Contas certamente é o "jardim (português) plantado a beira da mais linda chapada brasileira, a Chapada Diamantina.
Veja este vídeo e entendas o que queremos dizer!
Uma cidade que se orgulha de suas tradições, passado e que possui forte presença e marca de colonos portugueses.
Este é o segundo de muitos vídeos a mostrar a portugalidade deste cantinho da Chapada Diamantina, uma das regiões mais lindas e especiais do Brasil.
A vila de Nossa Senhora Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas foi criada em 1723 e teve sua sede transferida para um local planejado, o Pouso dos Crioulos, em 1745. O Pouso dos Crioulos já existia desde o século XVII.
Situada ao sul da Chapada Diamantina, Rio de Contas é uma das raras “cidades novas” coloniais, criada por Portugal, por meio de Provisão Real de 1745, que recomendava a escolha do sítio próximo a algum arraial estabelecido, em um local saudável, com traçado regular e arquitetura capaz de garantir seu embelezamento. Foi, assim, a primeira cidade planejada do Brasil. Na região já havia um pequeno povoado formado por escravos foragidos e alforriados conhecido como “Pouso dos Crioulos”, atual cidade de Brumado, que, em pouco tempo tornou-se ponto de pouso de viajantes vindos de Minas Gerais e Goiás que seguiam em direção a Salvador. O ouro, descoberto pelo bandeirante paulista Sebastião Pinheiro Raposo por volta de 1710, logo atraiu garimpeiros e comerciantes, e deu origem a outras povoações. A necessidade de melhor controlar as lavras de ouro aluvional e de garantir o pagamento do quinto levaram Portugal a criar, por meio da Provisão Real de 1745, a Vila Nova de Nossa Senhora do Livramento e Minas do Rio de Contas. A cidade surgiu como um centro de mineração de ouro e logo se transformou em verdadeira capital regional possuindo, inclusive, Casa de Fundição para recolher o quinto.
A vila viveu, na segunda metade do século XVIII, uma época de grande prosperidade econômica. As famílias mais abastadas importavam da Europa peças de uso pessoal e de decoração e ostentavam sua riqueza lançando pó de ouro nos Imperadores e Rainhas durante as procissões da festa do Divino Espírito Santo. São dessa época, segunda metade do século XVIII, os casarões em estilo colonial, hoje tombados pelo Iphan. O esgotamento do ouro, por volta de 1800, trouxe estagnação, agravada, a partir de 1844, com a descoberta de diamantes em Mucugê. Grande parte da população de Rio de Contas transferiu-se para aquela cidade em busca de novas riquezas. Mesmo com a queda da produção de ouro, Rio de Contas continuou sendo uma escala obrigatória no Caminho Real. Durante o século XIX, todo o tráfego para o sudoeste da Bacia do Rio São Francisco era feito por esse caminho. Além disso, a Casa de Fundição trouxe para a cidade a técnica da joalheira o que gerou uma metalúrgica artesanal que se transformou na base da economia local. Desenvolveu-se, também a agricultura baseada no café, cana-de-açúcar, cereais e tubérculos. Em 1885, a vila foi elevada à condição de cidade com a denominação de Minas do Rio de Contas. Em 1931, o município passou a se chamar Rio de Contas. No século XX, novas corridas de ouro ocorreram em 1932 e 1939. Rio de Contas preserva o traçado antigo, apresentando praças e ruas amplas, igrejas barrocas, monumentos públicos e religiosos em pedra e o casario em adobe. O conjunto arquitetônico de Rio de Contas, constituído, basicamente, por edifícios da segunda metade do século XVIII e início do XIX, foi tombado pelo Iphan, em 1980. A cidade é, atualmente, polo ecoturístico da Bahia. Em 2001, Rio de Contas junto com a cidade de Caiteté foi cenário do filme “Abril Despedaçado”, do diretor Walter Salles. Além das centenas de edificações históricas da área urbana, nos arredores de Rio de Contas encontram-se vestígios de represas, aquedutos, túneis e galerias, que testemunharam a grande atividade de mineração naquele sítio.
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Graças à riqueza proveniente da exploração do ouro, foram construídos casarões coloniais no local, hoje tombados pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Apesar do declínio vivenciado após a queda da produção de ouro, no século XVIII, Rio de Contas manteve sua importância geográfica por ser uma das escalas do Caminho Real
Assim, a Casa de Fundição, que devia combater a evasão de imposto, acabou por dar origem a uma metalúrgica artesanal - importante para a economia local, assim como o café e a cana de açúcar. Desta forma, a vila passou à condição de cidade em 1885, mas só adotou o nome de Rio de Contas em 1931.