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Compositor: Francisco Mattoso
Gênero: Choro
Gravadora: Odeon
Disco: 11.723-B
Matriz: 6065
Data de gravação: 14 abril 1939
Data de lançamento: junho 1939
Eu moro numa casa que não tem conforto
Também pela aluguel não pode ser melhor
Eu venho do trabalho e chego semimorto
A vida para mim não pode ser pior
Eu tiro a minha roupa e visto o meu pijama
E pego no jornal para me distrair
Depois apago a luz e deito em minha cama
Mas fico a noite inteira sem poder dormir
Porque a gataria lá na vizinhança
Promove um barulho que é um inferno
E bem do outro lado tenho uma criança
E chora e berra do verão até o inverno
E tem na casa em frente a filha de um Belchior
Que num velho piano a noite se exercita
E desde que nasceu estuda a Cumparsita
É a toca na verdade cada vez pior
Passando duas casas numa gafieira
Uma charanga infame desafia o sono
No sábado e domingo e toda quinta feira
Gemendo toda noite como um cão sem dono
Tem um boteco perto que é um horror
Que só desliga o rádio quando o pau come
Sai tiro e sai facada e sai cada nome
Que dá pra encabular qualquer carregador