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Material encontrado no livro da Dra. Angela Maria La Sala Bata, intitulado O Guia Para o Conhecimento de Si Mesmo.
Continuando;
Essa rápida análise das emoções e dos afetos mostra-nos que existe uma grande diferença entre ambos. Daí deduzimos, também, uma interessante observação: a pessoa emotiva não é necessariamente afetiva, isto é, a capacidade receptiva, sensitiva, passiva da esfera emotiva da psique não vem sempre acompanhada da capacidade de exteriorizar sentimentos, afetos, de relacionar-se, de extravasar sobre outros a energia emotiva. De fato, às vezes, ou mesmo frequentemente, os tipos muito emotivos são egocêntricos, egoístas, “captativos”, incapazes de amor e de interesse pelos demais. Naturalmente, falamos aqui do tipo emotivo inferior e pouco evoluído.
Isso ocorre porque a emoção é apenas um movimento da substância emotiva, uma reação, uma vibração interna fortíssima, sim, mas não duradoura, se não intervierem outros fatores, ou seja, uma adesão íntima, um profundo desejo de voltar a experimentar aquela determinada emoção (se agradável) e a capacidade de manifestá-la e de exprimi-la.
Existe, no entanto, o tipo emotivo evoluído que chega aos níveis do misticismo puro e da intuição e cuja sensibilidade e receptividade se refinaram a ponto de torná-lo capaz de sentir e captar as vibrações mais altas da emoção e do sentimento. Esses são os “sensitivos” que se aproximam da Verdade por intuição e que seguem o caminho espiritual por adesão sentimental e íntima.
Os afetivos, por outro lado, sendo extrovertidos e tendo necessidade de exteriorizar a energia emocional, podem ficar sujeitos a apegos excessivos, a afetos ciumentos e exclusivos, a antipatias e ódios invencíveis; contudo, podem converter-se em centros de amor irradiante, ser capazes de profundo altruísmo e abnegação, de compreensão e bondade. Sabem criar e estabelecer justas relações humanas, tornando-se, com o tempo, verdadeiros auxiliares da humanidade.
Na realidade, o equilíbrio e a harmonia da natureza emocional do homem surgem do justo e igual desenvolvimento dos dois aspectos, o passivo e o positivo e do uso do terceiro aspecto (o desejo), transformado, porém, em desejo puro, isto é, aspiração.
Assim, no homem perfeitamente equilibrado dever-se-ia encontrar sensibilidade, capacidade de amar e aspiração em direção ao alto.
No que nos diz respeito, devemos, pouco a pouco, nos analisar, procurando descobrir como se apresenta em nós a atividade emotiva e qual o seu aspecto predominante.
Poderemos perceber que somos excessivamente emotivos, ou seja, que a zona emocional de nossa psique é demasiadamente ativa e não dominada ou, então, que há em nós deficiência de energias emotivas.
Tanto em um como em outro caso, as razões são, por vezes, muito profundas e difíceis de se reconhecer, porém, com o exame atento e contínuo, elas aflorarão e a solução poderá, assim, ser encontrada.
Inicialmente, é preciso “conhecer-se”, “fazer um balanço” objetivo e imparcial, passando-se, depois, em uma segunda etapa, ao trabalho de reordenação, desenvolvimento e reconstrução.