Analisando Letras - Piano Bar (Engenheiros do Hawaii) e a ˝Vontade de Verdade˝ (F. Nietzsche)

Durante muito tempo, interpretei a música Piano Bar como sendo a narração do sofrimento do eu lírico diante o desencontro com uma ˝guria˝, que ele conheceu em uma noite, mas que por algum motivo, ela não deu nenhum contato, nome, telefone ou endereço. Ele sempre volta ao mesmo local do encontro na expectativa de revê-la.
No entanto, ao olhar com mais cuidado para a letra e conhecendo o estilo metafórico de H. Gessinger, vi que é possível interpretar essa música a partir de um conceito da filosofia de Nietzsche chamado ˝Vontade de Verdade˝.
Piano Bar (H. Gessinger)
O que você me pede eu não posso fazer
Assim você me perde, eu perco você
Como um barco perde o rumo
Como uma árvore no outono perde a cor
O que você não pode eu não vou te pedir
O que você não quer... eu não quero insistir
Diga a verdade, doa a quem doer
Doe sangue e me dê seu telefone
Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe, difícil de encontrar
Mas, quando neon é bom
Toda noite é noite de luar
No táxi que me trouxe até aqui
Julio Iglesias me dava razão
(Joy so un Hombre só)
No clip Paul Simon tava de preto
Mas, na verdade, não era não
Na verdade
Nada é uma palavra esperando tradução
Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta
ALGUÉM QUE PARTE E NÃO VOLTA
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina
O fogo ilumina muito
Por muito pouco tempo
Em muito pouco tempo o fogo apaga tudo
Tudo um dia vira luz
Toda vez que falta luz
O invisível nos salta aos olhos
Ontem a noite eu conheci uma guria
Já era tarde era quase dia
Era o princípio
Num precipício, era o meu corpo que caía
Ontem a noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão
Ontem à noite eu conheci uma guria
Que eu já conhecia de outros carnavais
Com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão
No início era um precipício
(um corpo que caía)
Depois virou um vício
Foi tão difícil acordar no outro dia
Ela apareceu, parecia tão sozinho
Parecia que era minha aquela solidão
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[@wendeldalpra7151]

No livro "Pra ser sincero..." HG escreveu: Enquanto meus colegas brigavam com seus pais na saudável busca de identidade, à noite, eu colocava os chinelos do meu pai para andar no escuro da casa. Fisicamente não nos parecíamos, mas o som dos chinelos caminhando era igual. Matava um pouco da saudade. toda vez que falta luz toda vez que algo nos falta (alguém que parte e não volta) o invisível nos salta aos olhos um salto no escuro da piscina. Parabéns pelo excelente trabalho.

[@carolrosa13]

Essa música é uma obra prima do Humberto Gessinger, meu filósofo favorito. Quando vc ouve numa letra, a expressão pura de a vontade da verdade, faz você ter certeza no seu amor pela banda❤️

[@pabloteruo]

Pois é... Cada vez que ouço as músicas do H. Gessinger, eu as redescubro... É uma eterna resignificação que se dá pela nossa própria experiência de vida... E é aí que a genialidade do Gessinger se sobressalta, pois há muito mais do que se pensa nas entrelinhas...

[@gabrielzumerle]

Filósofo favorito? Precisa melhorar nas leituras

[@matheusrodriguesoliveira846]

Lembro que "Um corpo que cai", além de ser uma expressão que se encaixa na interpretação dada, é a tradução do nome de um filme de Hitchcock da década de 1950. Gessinger sempre coloca referências cinematográficas e literárias (vide "Pergunte ao pó") em suas letras.

[@antonioeisadora]

Pior que muitas vezes a gente fica teorizando um monte sobre algumas letras que nem o autor sabe por quê escreveu 😅😅😅😅😅

[@johnatanoliveira3612]

Músicas como essas são incríveis, por que no momento em que o Humberto estava compondo, pode ter pensado exatamente ou parcialmente nisso, porém para cada um que houve, a interpretação é própria, se mistura com o sentimento e a fase que o ouvinte está passando na vida, por isso músicas assim são atemporais!

[@brunoalvesdejesus8881]

e ainda tem "critico" que fala mal de letras do cara, inacreditável

[@manuelcardoso8562]

Nunca curti Beatles, e depois q conheci os Engenheiros do Havaí sinto q realmente eu estive certo. Há uma profundidade e poesia que nos toca a alma de tal modo que qdo ouço as costumeiras referências aos garotos de Liverpool, apenas sorrio de leve. Essa música Piano Bar eu a ouço diariamente e a cada audição é como se uma aragem fresca tocasse meu espírito. Obrigado Humberto, são pessoas como vc que me fazem amar a cultura brasileira.

[@GENIN25]

Essa música é para aquele cara solteiro, que está bem consigo mesmo, mas, deseja do mais fundo do coração ter alguém pra compartilhar a felicidade e a estabilidade afetuosa. Porém, os traumas do passado e o medo da rejeição o impedem de dar nem o primeiro passo rumo a mudar essa situação de "solidão" em que se encontra

[@ThaisOliveira-ex9hz]

Não há nada mais sexy , atraente e sedutor do que um homem inteligente, que saiba falar, que tem conteúdo... Nossa...essa sim é a verdadeira beleza de um homem! É satisfatório ouvir ele falar.

[@pfcfermanian]

Se me permite dar uma sugestão... sei q vc ama Engenheiros do Hawaii e eu provavelmente aprendi a gostar por sua causa! Interpreta "Terra de Gigantes"! Acho uma baita música! E eu sempre fiquei muito intrigado com o seguinte verso: "a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes"

[@pabloteruo]

Sugestão excelente, PF. Terra de gigantes me lembra muito ˝Aquarela˝ (Toquinho e Vinícius de Moraes). Muita gente associa Aquarela como uma simples trilha sonora da Faber Castell, mas é bem mais do que isso... Fala sobre o desafio de ˝adultecer˝, de sair de um mundo onde tudo é seguro e bem definido, para um mundo onde tudo é incerto... A velha questão da angústia diante da liberdade... Esse trecho, ˝a juventude é uma banda numa propaganda de refrigerantes˝, fala sobre como o mercado capitalizou a juventude, transformando-a em produto... Diante da angústia da falta de definições, o mercado te oferece uma definição pronta e instantânea sobre o que você é... E são muitos os que preferem consumir essas definições, ao invés de inventar algo pra ser. São muitos os que financiam a própria escravidão.

[@pabloteruo]

E eu diria mais... Terra de gigantes já começa com um ˝Hey mãe, eu tenho uma guitarra elétrica, durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter...Mas hey mãe, alguma coisa ficou pra trás, antigamente eu sabia exatamente o que fazer...˝ E isso remete a tanta coisa... Desde a questão do ˝Eros˝ platônico, o amor que só se manifesta na ausência do que é desejado, mas que diante do objeto de desejo, desaparece... À questão do consumismo e do quanto um produto não é capaz de nos saciar existencialmente... Sartre diria que nós até podemos comprar essências, mas pagamos com a nossa própria liberdade...

[@pfcfermanian]

@@pabloteruo bacana essa comparação com Aquarela. Boa análise!

[@manuelcardoso8562]

A juventude meu caro é um grande evento passageiro.

[@marcosreis3979]

É pesado ver a vida assim. Mas esclareceu muito. Obrigado.

[@carlosrosajunior4081]

Adorei, fantástico!!! Amo engenheiros e amo Nietzsche, porém nunca tive essa sacada, muito showww

[@olavomoura7542]

Gostei da interpretação mas minha interpretação dessa música sempre foi outra... mas interessantes ver como uma música tem diferentes interpretações.

[@filipe865]

Acho muito interessante como ele deixa tudo muito subjetivo. Já artistas que fazem letras sem ter um sentido exato e deixam a interpretação por conta do ouvintes. Algumas do Pink Floyd eu enxergo dessa forma

[@jamescamaracamara7214]

Uauu...vai muito além do que uma bela música...

[@pabloteruo]

Sem dúvida. Gessinger tem esse poder de inserir significado nas entrelinhas... Nenhuma música é só uma música... rsrs

[@jeanmmorales]

Muito bom, parabéns pela analise, só faltou a citação na frase : "Era o meu corpo que caía", em paralelo ao filme "Um Corpo que Cai", que o Humberto resgata também na regravação de Alucinação, do Belchior, "...meu corpo que cai do oitavo andar", na verdade, sai um pouco dessa analise nietzschiana , mas é uma grande característica do Humberto essas frases feitas.

[@igorsilva335]

Melhor 'tradutor' de H.Gessinger que já vi até hoje ! Parabéns! Ajudou tbm a traduzir pra tds ! Parabéns mesmo !!!!!

[@andreiacoutinhopereira2994]

Primeira análise de uma música, que eu concordo plenamente. Você conseguiu transmitir nexo, em todas as frases. Parabéns!

[@juandesousa6048]

Essa música é um obra de arte. Sempre foi a minha favorita. Parabéns pela ótima análise.

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado!

[@charlote4412]

Amei a análise, parabéns!!

[@flaviatoledo6107]

Muito boa suas interpretações! Faz muito sentido e eu adoro esses sentidos mais profundos. Eu fico me colocando no lugar do compositor pra tentar entender o que ele estaria querendo dizer realmente. Além das palavras... Muito bom! 👏👏👏👏👏

[@igorsilva335]

Humberto Gessinger é uma espécie de Guru do final do Século XX e tbm começo do Século XXI entre tantos outros . . tamanha dificuldade em entender nosso contexto histórico de tão complexo que é . . E ele consegue não só avaliar e avaliar com estupendo senso crítico como tbm mesclar com uma sensível e singela poesia . .

[@adrijaellins4349]

Recomendo a leitura da obra do John Fante " pergunte ao pó" . após a leitura da mesma, ficará bem clara a interpretação não apenas de piano bar, mas de canções do mesmo álbum como ando só, quartos de hotel e samba no walkman.

[@pabloteruo]

Valeu! Esse já está na minha lista de leituras próximas!

[@valtercioalmeidaportojunio9414]

Pergunte ao pó... desça ao porão

[@jacksonlopes7437]

Professor, bom dia!!! O Sr poderia interpretar Refrão de um Bolero pra mim?! Desdr já lhe agradeço. Adoro suas explicações.

[@pabloteruo]

Tá aí mais uma canção que pode enveredar por muitas interpretações... Tem duas que creio serem interessantes... Ambas sobre um amor não correspondido. Na primeira, o eu lírico inseguro, embora até veja sinais de um possível correspondência, não tem coragem de se declarar à pessoa. E ele se remói diante da "culpa" pela covardia. Na segunda, o eu lírico se declara, mas lida agora com a rejeição, "eu que falei sem pensar...." contrasta com o "eu que falei nem pensar..." E lida agora com o afastamento da pessoa a quem ele se declarou que o vê como um "vulgar".

[@andreazeredo5997]

Lembrando q essa letra é do cazuza

[@onegociadorempreendedor5621]

@@andreazeredo5997 desculpe, mas esta registrado com Humberto G.

[@andreazeredo5997]

@@onegociadorempreendedor5621 procura saber de m é essa letra.

[@onegociadorempreendedor5621]

@@andreazeredo5997 Já procurei e não há nenhuma referencia ao cazuza, nem no ECAD, letras.com e inclusive no próprio disco os créditos são do Humberto. A unica musica de parceira Humberto Gessinger e Cazuza foi "Amor Quente" que foi utilizada num evento da Sociedade Viva Cazuza em 93. Em relação a Refrão de Bolero a única questão em aberto é de quem seria a Ana, alguns dizem que é a ex esposa do Humberto, mas o Humberto já disse em varias entrevistas que é uma menina de Porto Alegre. Agora se vc poder me passar sua fonte eu agradeço. Não tenho problema algum de mudar de opinião qdo me provam que estou errado. Abraço.

[@alexnietzsche339]

Eu vejo Nietzsche muito mais na música "NOVOS HORIZONTES",eu interpreto essa música com um cara dialogando consigo mesmo,tipo 1 quer deixar a vida como está,mas o outro quer seguir em frente,daí os "eus" entram em conflito!vejo muito da idéia de "VONTADE DE POTÊNCIA" d Nietzsche.....

[@pabloteruo]

Sem dúvida! Novos horizontes é a representação fiel da chamada ˝Dinâmica dos afetos˝, o campo de batalha entre as forças ativas e reativas dentro da gente. Zona de conforto x Vontade de voar... Ou, ˝Vontade de verdade x Vontade de potência˝

[@Andrie374]

Novos horizontes interpreto como sendo ideias suicidas...

[@adrijaellins4349]

as letras de humberto têm fortes influências da filosofia existencial e do absurdismo , como em pensadores como albert camus, sartre, heidegeer, nietzsche ...

[@adrijaellins4349]

@@Andrie374 faz sentido, já que o absurdismo , como também o existencialismo, fazem parte das influências de humberto. Albert Camus em sua obra " omito de sísifo" vai tratar justamente do suicidio.

[@Nani-hh2br]

@@Andrie374 eu ñ refletia nesse sentido até que, durante ideias suicidas me identifiquei com a letra, e sempre q estou em conflito querer viver tudo/desistir de tudo eu recorro a ela.

[@amaurybatista8977]

Muito boa sua análise, aula de filosofia, parabéns 👏👏👏👏

[@fabianobrugnerotti662]

Excelente interpretação, mas na minha opinião essa música fala sobre depressão. Um diálogo com a depressão nos solitários quartos de hotel. Algo que em 1991 era muito comum devido ao estouro da banda em 1990 e o aumento considerável de shows. Tanto é que nesse mesmo disco esse é um tema frequente que pode ser visto em "Quartos de hotel" e "Ando só".

[@gilmario4416]

Sensacional, parecida com a a interpretação que eu tinha, porém, obviamente, com muito mais profundidade! 😍👏🏾

[@rosinetearaujo3249]

Professor Pablo Teruro, se possível faça a resenha da música 'ouro de tolo ' de Raul Seixas.

[@pabloteruo]

Sem dúvida! Essa está na lista! Valeu! Muito obrigado

[@patrickmedeiros383]

Boa tarde,chego a estar sem palavras e sem fôlego,e por consequência sem saber o que te dizer e como te agradecer por tão belo canal.Cai de paraquedas no seu canal e assisti os vídeos de análise de infinita,somos quem podemos ser e parabólica e estou maravilhado.Eu amo os engenheiros e por vezes me pego analisando as músicas do Humberto,são sul reais .. .. gratidão amigo vc acaba de ganhar um fã e admirador👏👏👏👏vc é genial nos vídeos

[@adilson7574]

Não concordei mas gostei da ideia... 😅👍 🎸🎶🎵🎶🎵

[@cowboypirata6284]

Olá professor, primeiramente obrigado por mais uma fantástica análise. Gostaria de deixar uma sugestão de análise que nos renderia boas e úteis reflexões, seria da música Alucinação de Belchior. (Na verdade gostaria de sugerir muitas outras do Belchior, pois sua obra é necessária). Grato.

[@pabloteruo]

Valeu, muito obrigado! Belchior é um mago das epifanias ! rsrs " minha alucinação é suportar o dia a dia, meu delírio é a experiência com coisas reais"... Música sensacional! Merece uma análise sim!

[@marluciodacunhalemoslemos2571]

Espetacular!!!!!

[@rodrigonavida6664]

Maravilha! Exatamente nada . Somos nada e vc cria na noite .

[@pequenasengrenagens3267]

Parabéns Professor!!! Que obra prima esse vídeo! Eu sempre tive dúvidas sobre essa letra, ela é dúbia em algumas partes realmente. Tô aqui imaginando uma análise sua da letra da música Mapas do Acaso, do álbum Filmes de Guerra, Canções de Amor. Aliás, tu podia fazer uma análise do álbum todo praticamente. Parabéns e muito obrigado pelos vídeos analisando as canções do Humberto! “To be or not to be, Engenheiros do Hawaii!”

[@moiseshow]

Muito legal.

[@SirPedro49]

Parabéns professor! Mais uma análise perfeita de uma música perfeita. Incrível como uma música que a princípio é de amor, trata-se, também de uma conotação ao próprio homem e sua constante evolução. O que mais me impressiona no Humberto é a capacidade de deixar uma opinião na música, mas sabendo que não existe uma verdade absoluta, assim como aconteceu em Infinita Highway, em que ele claramente acreditava que seguir a Highway era melhor que voltar a cidade, aqui em piano bar ele acredita que deve sempre tentar procurar a menina. Enfim, parabéns pelo trabalho!

[@pabloteruo]

Muito obrigado!

[@sayonararitter]

Te encontrei! Incrível!❤

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado!

[@sibery.francoise]

Genial!!! 👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼 Mas eu achei que a música falava sobre um suicídio, que ele presenciou de dentro do táxi "No táxi que me trouxe até aqui Julio Iglesias me dava razão" E que a cena do suicídio da guria mexeu muito com ele "Parecia que era minha aquela solidão"

[@betoroberto6656]

Muito bom 😃

[@cristianogomes3474]

Faz uma análise da música Refrão de Bolero, essa sua análise de Piano bar foi fantástica!

[@pabloteruo]

Está nos planos! Refrão de Bolero é mais uma música que possui uma interpretação comum (um amor não correspondido), mas que pode ser repensada a partir de vários pontos. Valeu!

[@cristianogomes3474]

@@pabloteruo Fico muito feliz mano, eu sempre sonhei em namorar uma Ana desde que escutei essa música pela primeira vez em 1998. Me casei sem nunca ter namorado uma Ana e me sentia muito frustrado com isso, o casamento nao deu certo e entre idas e vindas hoje sou casado de novo só que dessa vez com uma Ana e temos um filho de 1 ano e 4 meses. Forte abraço mano!

[@rodrigocoutinho4687]

"Um salto no escuro na piscina'" ele não sabe nadar e no escuro é um suicídio pra ele .

[@deivisonsantos9365]

obrigado

[@vvrsoares]

Gostei muito

[@lpianta]

Sensacional a sua análise !!

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado.

[@aldabernardes735]

Nota mil pra vc

[@CamilaGomest]

Incrivelmente inteligente, trabalho sensacional. Parabéns!!

[@marcosrodrigues6835]

Show de bola!! 👋👋👋

[@joceanefranciscatto]

"E quando o neon é bom toda noite é noite de luar" - o que vc diz sobre essa frase?

[@musicaboaaqui1606]

Essa é auto-explicativa

[@linobarata3615]

show

[@thalytacosta3338]

Gente, que fantástico isso!!!

[@vladfla]

Professor, o senhor poderia fazer a análise de Terra de gigantes?

[@pabloteruo]

Sem dúvida, Terra de Gigantes está na lista dos próximos vídeos.

[@rodomar4241]

Perfeito

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado!

[@ArnaldoBART]

Ele se refere a Solidão!

[@ukulelelegal]

Muito bom 👏👏👏👏

[@pauloernestoplinio]

Que legal... Parabéns amigo👏👏👏

[@mayconmello141]

Muito legal seu trabalho parabéns... Gostaria de ver e ouvir sua análise da música "museu de cera"

[@jmj8342]

Muito bom!!

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado.

[@domquixote676]

Excelente interpretação.

[@wellingtosacramento3381]

Saldades de ouvi boas músicas e letras mágnificas

[@denivaldobatista9067]

Certo comentário.

[@vitoriamoura4819]

Adorei seu vídeo! Muito bom ❣

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado!

[@priscila9208]

perfeito!

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado.

[@brunopires5480]

Já fui louco assim também querendo decifrar Humberto .teve uma vez q achava q ele era um vampiro . depois comecei ater medo de. até quando vc vai ficar . depois casei agora tenho medo medo de faltar o pão

[@davicamarada4714]

Ótimo vídeo, professor! Por favor, continue com esses vídeos, são ótimos 🙌

[@pabloteruo]

Valeu! Muito obrigado!

[@mandycampos1150]

Genial !!!

[@thiagosadrac]

Faz de museu de cera ☺️🙏 mais um inscrito aqui!

[@mauriciominho7670]

Concordo com o comentário sobre o "nada" relacionado a Nietzsche, porém, entendo que faltou uma pitada de Física na interpretação; para a Física, o "nada" é a ausência de tudo, inclusive do próprio "nada", por isso é inconcebível. Assim, tanto para a Filosofia quanto para a Física, "nada" é uma palavra esperando tradução... Sobre a "guria", enxergo de outra forma: como uma mulher com quem o eu lírico já mantinha algum grau de relação, que não era paixão, mas virou, por isso a afirmação: "Eu conheci uma guria que eu já conhecia/ De outros carnavais, com outras fantasias..." Ele enxergou nela o que não havia enxergado antes... Ouvi essa música pela primeira vez quando tinha 15 anos e pirei! O legal de dissecar letras inteligentes é isso: tem margem de interpretação para cada imaginação...

[@LucasOliveira-mg2mz]

O nada sempre existiu, são apenas nós que nunca descobriu.

[@magnolvs5363]

Gostei da sua interpretação , mas eu discordo. Apesar de eu não ser "ninguém " pra opinar . Kkkk. Eu sempre achei que "a guria " é a morte. Como o pai dele já faleceu e em um trecho de um dos livros de gessinger , ele ao falar sobre a morte do pai ele traz dois trechos de piano bar. . . EU entendo o seguinte: A guria que ele conheceu seria a morte. Que Ele já tinha visto em outros carnavais , ou seja , em outras famílias (não dentro de casa ). O precipício que o corpo dele caía seria a tristeza profunda. Os diferentes caras que ele diz em várias versões que ouvia no táxi que o trouxe , seriam lembranças do pai . No trecho da versão original , ela fala : "algo que parte e não volta ..." Pra mim é por aí...

[@pedroferreira8226]

Ótima interpretação. O livro traz essa ideia. "Toda vez que falta luz, o invisível me salta aos olhos"

[@magnolvs5363]

@@pedroferreira8226 é exatamente nesse contratempo que se ouve ao fundo : "Algo que parte e não volta ..."

[@karinegoncalvescostagoncal3289]

Eu sempre achei que ele estivesse falando de solidão, solidão de fim de noite .

[@brunodesousa4357]

Uma interpretação bem simplista pelo histórico da banda, ele sempre dedicou essa música a esposa dele (inclusive no rock rio 2001. E na música, um salto no escuro da piscina, trata da perda precoce do pai dele, ele ficou sem rumo, saltou no escuro.. e quanto ao fim da música, ele reencontra a mesma garota, na vida dele ele estudou com a esposa dele, mas passaram um bom tempo sem se ver, e se encontraram depois de uns 4 anos, por isso ele reencontra uma garota que ele já conhecia.

[@joseraimundokamon6430]

Ótima interpretação 👏🏻👏🏻👏🏻

[@pabloteruo]

Valeu! muito obrigado!

[@29nicolas]

Essa música é belíssima!

[@charlote4412]

👏👏👏

[@felipepraderaresende9435]

Para mim é muito mais simples. É uma cara que não tem ninguém conversando com a sua própria solidão que ele recusa a reconher como sua. Essa solidão é a guria que vem e vai na vida dele. Ele sai pra balada, encontra as pessoas, mas sempre acaba ele só. Por isso que quando a luz apaga e não há mais distrações, o invisível, a solidão que está ali, salta aos olhos.

[@gabrieldonatomuniz2419]

professor quem sabe um dia eu tenha 10% do seu conhecimento O_o!!!!

[@pabloteruo]

:) Valeu! Muito obrigado!

[@rosinetearaujo3249]

Superdemais!

[@BoohScouto001]

Sou nova no canal e amei esse quadro, muito! Vc poderia analisar negro amor?

[@adrianoourique8474]

Bom dia, fico aqui em casa numa manhã domingo de sol , encontro esse vídeo e tento entender oq eu não me enquadro e algumas pessoas que estão aqui ,nos padrões atuais , músicas pra rebolar , letras de amor banal, e ma maioria das vezes não ter ninguém pra dialogar pq aqui no RJ a cultura esra rasa demais. Viva Engenheiros! Belíssima análise, belíssimo solo Um abraço!

[@andreluisrosalem]

Interessante suas observações, mas sobre a frase "na verdade nada é uma palavra esperando tradução" eu sempre fiz uma leitura mais prosaica dela. Pra mim era ele perguntando pra guria algo como "- O que você tem" ou "O que está acontecendo?", no que ela responde "- nada...", e como ele vê que algo não está legal, sabe que a resposta "nada" esconde algo, ou seja, espera uma tradução.

[@joaovictorsen_a]

Analisa a musica "Jingle Bell" do Mc Teteu

[@fabioluisprecoma6899]

Diante de tudo o que foi dito, explicado e dissecado, só me resta a agonia da dúvida : "TostYnes vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais ?

[@dalessandrosobreiradesouza1133]

É possível

[@pedroleitao5349]

Pra mim ele fala realmente de uma mulher que ele quer reencontrar, eu entendi assim

[@claudiorusso100]

Gostaria de pedir sua interpretação de "índios" e " faroeste caboclo"

[@boscojunior6291]

Na minha cabeça, eu sempre entendi que essa música seria a vida dialogada de um "viciado em drogas". Ou um amigo ou amiga que era viciado. Ou os minutos finais de um dependente químico.

[@vladfla]

Me lembrei aqui da música "Pra ser sincero", onde para mim, Gessinger expõe um conflito entre um eu lírico do presente e do passado (que no final, flerta com seu futuro…): “Pra ser sincero não espero de você, mais do que educação, Crimes sem castigo, aperto de mãos, apenas bons amigos…” O eu lírico do presente fala para o eu do passado que não espera dele mais do que um espaço quando se pede “com licença, chegou minha vez”, ou consequências que o presente irá viver por atos cometidos no passado, cordialidade entre os tempos e as lembranças boas. “Pra ser sincero Não espero que você Minta! Não se sinta capaz De enganar, Quem não engana A si mesmo…” Aqui há o confronto do eu do passado com o que foi dito anteriormente pelo eu do presente, falando do seu aparente desapego ao seu passado, querendo enganar-se… …a si mesmo. “Nós dois temos Os mesmos defeitos Sabemos tudo A nosso respeito Somos suspeitos De um crime perfeito Mas crimes perfeitos Não deixam suspeitos…” E aí o eu presente retruca o eu do passado, sabendo que sabe da forte ligação entre eles, mas que o passado fica pra trás de maneira tal que é como “não se deixar rastros num crime”, não há como se viver sempre do passado, tem que obrigatoriamente se seguir em frente… “Pra ser sincero Não espero de você Mais do que educação Beijo sem paixão Crime sem castigo Aperto de mãos Apenas bons amigos…” E o eu presente reforça sua decisão, acrescentando o “beijo sem paixão”, totalmente inverso ao único sentimento para ele, que fizesse uma pessoa voltar atrás: o amor… “Pra ser sincero Não espero que você Me perdoe Por ter perdido a calma Por ter vendido a alma Ao diabo…” Aqui, o eu passado, já quase como entregue ao que está acontecendo, essa passagem de uma fase da vida a outra, passa pro eu presente o que ele acha que está causando tudo isso: a perca de sua pureza, daquilo que não lhe permitia viver novas sensações e experimentar certos prazeres (certamente a passagem da vida infantil para a vida adulta). “Um dia desse Num desses Encontros casuais Talvez a gente Se encontre Talvez a gente Encontre explicação… Um dia desses Num desses Encontros casuais Talvez eu diga: -Minha amiga Prá ser sincero Prazer em vê-la! Até mais!… Nós dois temos Os mesmos defeitos Sabemos tudo A nosso respeito Somos suspeitos De um crime perfeito Mas crimes perfeitos Não deixam suspeitos…” E aí, no gran finale, o eu presente (adulto) se despede meio que consolando o eu passado (menino), falando que talvez eles se reecontrem, através de fotos, vídeos, e aí possam fazer uma reflexão de tudo que aconteceu, e simplesmente, seguir adiante (“prazer em vê-la, até mais…). E reforçando mais uma vez que não há como voltar atrás, é biologicamente impossível viver pra sempre como menino… E os passos no final da música sinalizam pra nós que o presente seguiu em frente, ao encontro de seu futuro…

[@pabloteruo]

Ótima leitura e interpretação! Eu tenho uma interpretação parecida, baseada no livro "Crime e castigo" do Fiódor Dostoiévski. Creio, inclusive que quando a letra diz "crime sem castigo", esteja fazendo referência a essa obra. De fato, a música, embora seja vista majoritariamente como tratando do fim de um relacionamento, também parece retratar um diálogo do eu consigo mesmo.

[@NovoRealismoBrasil]

Geralmente quando alguém vem nos comentários pedir pra que pessoas assistam seus proprios videos, isso é direcionado ao público do canal né!? Kkkk mas como vejo q o Sr. Professor é alguém gente fina q sempre responde os coments, quero "mendigar" aqui, sua visita no meu canal kkk especialmente o último vídeo "quarentena pra quê!?". Me lembrou um vídeo de ética q o senhor postou a algum tempo. E bem, com sorte, podemos desenvolver uma amizade youtubística!? Talvez kkkk mas fica aqui meu pedido. Realço que só peço isso aqui porque acho seu conteúdo ótimo! Abração.

[@pabloteruo]

A gente, que trabalha com criação de conteúdos para divulgação de saberes sofre para conseguir divulgar o nosso trabalho. Sem problemas divulgar o seu canal aqui. Temos que nos ajudar! Muito obrigado! Grande abraço!

[@AlexPiaz]

Piano Bar foi escrita em homenagem à esposa do HG, Adriane. Ele mesmo disse isso.

[@Caio-rc2fr]

Cara, tem um show no Rock in Rio em que o Humberto falou que essa música ele escreveu para sua primeira e única namorada, Adriane.

[@karinegoncalvescostagoncal3289]

Acho que ele busca preencher o vazio , e por isso ele usa o " depois virou um vício".

[@mauriciosaraivabrito5898]

Na verdade, as músicas do Humberto são pura poesia. Além disso a poética dele é intensa, tensa e densa. Carregada de surpresas, armadilhas e fúria.

[@dayzynha86]

A única coisa que discordo de você, é que não acredito que a parte onde ele se refere a uma guria, seja literalmente uma guria.

[@brenobarbosa9698]

Professor,na música pra ser sincero,no momento que ele diz "por ter vendido a alma ao diabo",como poderia ser interpretado?

[@pabloteruo]

Valeu pela pergunta, Breno. Há muitas interpretações metafóricas para a expressão "vendido a alma ao diabo". Creio que a mais comum seja a de "não ter resistido a uma tentação". Note que a música "Pra ser sincero" pode ser interpretada de várias formas também. A interpretação mais comum é a de um relacionamento conjugal que termina por conta de uma falha de conduta do eu lírico. Pode ter sido uma traição, uma mentira, um descontrole que gerou uma agressão, etc... Mas, como eu gosto de interpretações que fogem das mais comuns (rsrs), recentemente percebi que a música parece muito retratar o que se passa com o protagonista de um livro do Fiódor Dostoiévski chamado "Crime e Castigo". Inclusive, na letra de "Pra se sincero", há uma citação (proposital ou não) à obra quando ele diz: "pra ser sincero não espero de você mais do que educação, CRIME SEM CASTIGO..." Sem querer dar o spoiler da obra (caso você não tenha lido), o protagonista convive com a culpa por ter cometido um crime por um motivo banal... A letra da música lembra muito desse drama emocional... No caso, o trecho "por ter vendido a alma ao diabo", metaforicamente, combina bastante com o desfecho que a obra terá.

[@brenobarbosa9698]

@@pabloteruo show!!!

[@LucasOliveira-mg2mz]

Conclusão! Ele encontro uma guria que lembrava alguém que ele já tinha conhecido.

[@DinaraJones]

Mas se ela se transforma, no final ele diz "parecia que era minha aquela solidão". ?????

[@nicemoura9005]

Concordo...mas na real ele falou, falou ....mas a conclusão creio eu, que seja a solidão profunda...etc...

[@gersonmuller8860]

"Nada,nada mais que anagrama do que faz aquele que caminha!"

[@pabloteruo]

Somos a anagramaticidade

[@gersonmuller8860]

@@pabloteruo É, somos!?? Ou ,somos é???kkk

[@pabloteruo]

@@gersonmuller8860 literalmente uma simetria, uma reflexão! rs

[@gersonmuller8860]

@@pabloteruo somos seres,seres somos! Kkk

[@danielrogeriopaixao7224]

O telefone era uma ação da empresa de telefonia. E a ideia do nada, pode até ser racional, mas eu ainda acho que essa música fala de uma pessoa que luta contra a própria solidão, minha insônia eterna é bem assim, a mesma guria de outros carnavais e com outras fantasias! hahahah

[@allanamorimfonseca]

Rapaz... (pensativo)