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A fabricação do Pilão
O artefato era preparado com madeiras duras, tais como a maçaranduba, peroba, canela preta, sucupira, guatambu e limoeiro. A madeira escolhida era escavada com facão, machado ou outra ferramenta preferida pelo artesão que fabricava o utensílio. Alguns usavam queimar a parte que vi ser ocada, e terminavam com cacos de vidro e formão.
Antes do advento do moinho elétrico, o artefato era muito útil e tinha uma altura que varia de 30 a 70 cm; sendo confeccionado em grandes toras de madeira, na qual eram escavados um ou dois buracos, que receberiam o grão a ser socado.
A mão de pilão, uma haste de comprimento que varia entre 60 cm a 1,2 metros; também é confeccionada na mesma madeira. Ela que serve para socar os alimentos dentro do buraco escavado no pilão.
Há pilões de vários tamanhos e vários materiais; mas recentemente eles tem sido usado mais para socar dentes de alhos com variadas especiarias. Apenas nos interiores afastados é que se encontra quem use o pilão para socar café, descascar arroz e fazer a quirera. Há quem o utilize por saudosismo.
Utilização do Pilão
Os pilões eram utilizados por várias pessoas ao mesmo tempo, que faziam uma sincronização alternada com as respectivas mãos de pilão para moagem dos alimentos.
Nas grandes fazendas e casas de roças, o artefato foi muito popular e garantia a moagem dos alimentos para as famílias e para as senzalas no período do Brasil Colônia. Ele foi e ainda é um artefato muito popular na África.
No interior do Brasil, em locais que tem o agroturismo como atração, ainda encontramos o pilão; seja como utensílio, decoração ou como peça de museu.
Ele testemunhou muitos fatos históricos, além de intermediar as trocas alimentares entre os indígenas, africanos e europeus. Promoveu ainda a união de vários caminhos, experiências de vida, de etnias, de culturas, a miscigenação de sabores, formas e aromas.
Atualmente ele é considerado ultrapassado, em decorrência dos avanços tecnológicos, mas continua presente no imaginário popular brasileiro e sempre traz boas e más lembranças.
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