As Amizades Que Fiz no Queen - 20 08 2024

[@MARtinha_]

Desculpe-me William, sempre tive consideração e respeito por vc, por sua história com o Queen em 1981, mas vc jamais prestou consultoria ao Queen Flash Club fundado por mim e por Rose Goz, em 1984 e que foi oficializado pela banda após o Rock in Rio, passando a ser Queen Flash Club - The Official International Queen Fan Club, o primeiro fã-clube oficializado pela banda. O contato maior William foi quando vc teve o fã-clube We Will Rock you. Eu era filiada ao fã-clube oficial em Londres e na seção de fãs no mundo da revistinha, vi o seu endereço e entrei em contato. Trocamos correspondência e filiei-me no seu fã-clube para receber os fanzines do WWRY que eram muito bons. No final de 80, corria a notícia sobre a vinda do Queen e a EMI-Odeon proporcionou-me uma das minhas maiores alegrias, realização de um sonho, conhecer o Queen. No dia que John Lennon foi assassinado e a Rádio Cidade deu a triste notícia, escrevi uma carta à EMI-Odeon Rio sobre o impacto da morte de Lennon na vida de uma adolescente e que eu precisava conhecer os meus ídolos, QUEEN. EMI também era a gravadora dos Beatles. Através da gravadora que entrou em contato, já no ano de 81 depois das festas de fim de ano de 80, fui conversar com Jorge Davidson e ele me prometeu que eu estaria com o Queen. Na verdade eu já o conhecia porque visitava as gravadoras em busca de pôsteres desde muito jovem. Com 15 eu tinha uma moto Yamaha 75cc (não precisava ter placa nem habilitação, um upgrade da Mobilete😂😂😂) e eu percorria as gravadoras CBS (Sony), EMI-Odeon e BMG-Ariola. O próprio Davidson deu-me um pôster do Rick Wakeman do tamanho do artista. O meu quarto era repleto de pôsteres. As vezes ganhava LP’s também. Na época, William, como trocávamos cartas, enviei-lhe fotos do aeroporto e da entrevista coletiva que tirei na minha pobre e baratex mixuruca Kodak. Só não fui no Baile do Vermelho e Preto porque era menor. E vc também me enviou algumas em troca, inclusive a do Freddie com Mary Austin dentro do carro. Vc sabe que antes do Show de BsAs, a banda passou dias de férias no Rio. Ah sim, eu não conhecia Rose Goz nessa época como vc colocou no seu livro. Eu a conheci em um evento da EMI com uma Rádio nos fundos do Shopping Rio-Sul, no final de 1983 ou no verão de 1984. Voltando a 81, graças a EMI-Odeon fui aos shows em São Paulo com meu irmão mais velho, ingressos cedidos por Jorge Davidson. Ele disse que o Queen adorou a batucada que meus amigos e eu fizemod no aeroporto do Galeão. Afinal vieram para o carnaval. Infelizmente o show do Rio foi cancelado. A banda queria mesmo era apresentar-se no maior estádio do mundo, o Maracanã. Isso é fato. Porém a pedido dos clubes de futebol do Rio, Chagas Freitas o governador assinou Decreto que não seriam permitidos eventos no gramado do estádio, pois destruíam a área dificultando a manutenção e, principalmente, prejudicando os jogos de futebol. Queen disse que daria toda a arrecadação dos ingressos do Maracanã ao governo do Rio, ou seja a banda se apresentaria de graça, mas não teve êxito e o show foi “transferido” para o Morumbi/SP. Eu não era representante do seu fã-clube, apenas uma fã que era filiada ao WWRY para receber os fanzines. Talvez vc tenha escrito isso na época para significar algo mais profissional e também vc não participou do planejamento que Davison e eu resolvemos fazer para recepcionar o Queen no aeroporto do Rio porque vc morava em São Paulo e eu no Rio de Janeiro. Jamais nos falamos ao telefone naquela época e usávamos os Correios para nos comunicar. O seu livro traz muitos erros com datas, locais e inverdades. A capa é lindíssima, infinitamente melhor que aquela capa vermelha que me enviou por e-mail e que, sinceramente, disse-lhe que o Queen não era somente Freddie. Quatro excelentes músicos e compositores são o Queen e, por isso, a capa deveria ter os 4 juntos. E vc conseguiu um capa fantástica. Da mesma forma as fotos da Paula que são sensacionais. Não gostei de vc ter copiado textualmente trechos, isso se chama plágio, o que eu e Rose Goz escrevemos no fanzine “Queen Flash Club - Rock in Rio” e o que lhe enviei por e-mail em 2020, ipsis litteris. Com relação ao show do Brian no Imperator Rio, novembro de 92, eu já era funcionária da EMI, já trabalhava no Internacional (graças ao Queen), outro sonho realizado a de trabalhar na gravadora do Queen, o Seligman e esposa queriam vir ao show e me perguntaram por um hotel em conta na cidade. Falei com um amigo com quem estudei, o pai tinha vários hotéis na cidade, que hoje são dele como herança e sugeriu um dos hotéis no valor que procuravam e o casal fechou com o Hotel Argentina, na Rua Cruz Lima, perto da minha residência. Eu iria ao show e os convidei para irem a minha casa e solicitei um radio-táxi e como boa anfitriã não permiti que pagassem o rádio-taxi, ida e volta. Eles já sabiam que iríamos ao backstage, eu já havia avisado porque havia combinado com Brian. Pela EMi assisti no dia anterior a passagem de som e conheci outro ídolo Cozy Powell. Que sujeito incrível! William, talvez vc tenha esquecido, mas nós não nos encontramos no Backstage, assistimos o show com os Seligman, esqueceu? Terminou o show e fomos para o backstage e, além de vcs, coloquei um monte de fãs no backstage. Ali na porta encontrei com Roberto Cabral (super importante na homenagem do Flash Club nas areias da Praia de Copacabana em 12/01/1985 para o Queen e por isso Rose e eu pedimos autorização ao Sr Beach para ele participar da festa que o Queen fazia no Copacabana Palace na mesma data e horário, onde estavam quase todos os artistas que se apresentavam no Rock in Rio) e a pessoa mais gentil, incrível que é o Kiko Imamura que entraram no backstage, até que me disseram para não deixar mais ninguém entrar. O que lamentei bastante porque queria colocar mais uma pessoa que gritou o meu nome. Quando consegui autorização, voltei correndo à porta, mas ela não mais estava. Brian adorou esse contato com os fãs. Tanto que ele me mandou uma cartinha super gentil que lhe enviei por e-mail em 2020 (nós fãs temos que provar o que falamos). Anos mais tarde no Queen’s Day, nos encontramos, fiquei feliz em reve-lo e outros fãs também e comentei consigo sobre as fotos oficiais da EMI do Brian no Imperator com os fas. A que vc aparece já está consigo. Foi um show maravilhoso e no backstage todos da banda foram extremamente gentis, uma show inesquecível. Durante a vinda do Queen no Rock in Rio, não nos falamos, William. Apesar da Rose Goz e eu estarmos em todos os locais que fas poderiam estar, aeroporto, hotéis, entrevista coletiva, festa oferecida pelo Queen aos artistas do RIR e ter a agenda deles, somente o vi no primeiro show do Queen 10/11.01.1985 vc estava com o Seligman, se não me falha a memória e acenamos um para o outro. No segundo show, impossível encontrar alguém porque estava lotado, muito mais que no primeiro dia, ingressos sold out nesse segundo show do Queen, conforme noticiado pela Artplan, a agência publicitária do Roberto Medina o idealizador do Festival e ao final dos dez dias de super shows o Queen foi considerado o melhor show do Rock in Rio 1985.