Barretos 2023 ● Peões e o Sonho de Vencer Rodeio Internacional

No mês de maio deste ano, Rafael de Brito alcançou um feito notável ao se tornar o Campeão Mundial da montaria em touros nos Estados Unidos. Em uma realização sem precedentes, Rafael de Brito marcou seu nome como o primeiro estreante brasileiro a garantir a cobiçada tríplice coroa no cenário. Ele não apenas conquistou o título individual de destaque, mas também se consagrou como o Novato da Temporada e, adicionalmente, como o Campeão da Etapa Final realizada em Fort Worth, no estado do Texas.
Com seus 31 anos de idade, Rafael, natural de Potirendaba (SP), celebrou uma premiação impressionante de US$ 1,39 milhão, o equivalente a cerca de R$ 5,1 milhões, de acordo com a cotação da época de sua vitória nas terras americanas.
Agora de volta ao Brasil, após ter deixado sua marca no prestigioso hall da fama dos rodeios, Rafael de Brito se encontra em um momento de reflexão sobre sua participação futura no exterior. Ele compartilha sua perspectiva, mencionando: "Embora eu tenha montado lá fora, nosso Brasil é realmente um lugar muito agradável."
Em Busca do Sonho
O peão Rafael de Brito é o 13º brasileiro a escrever seu nome nos anais da montaria em touros mundial, e ele orgulhosamente narra sua jornada singular, em que abraçou a empreitada de conquistar a América por conta própria.
Desde os seus 15 anos de idade, Rafael já estava imerso no mundo das montarias, influenciado por seu pai, Ricardo de Brito, uma figura proeminente no cenário dos rodeios nas décadas de 1980 e 1990. No Brasil, Rafael competiu tanto em eventos amadores quanto profissionais, impulsionado pela paixão que herdou e pelo desejo de deixar sua marca na modalidade.
Há aproximadamente um ano e meio, Rafael de Brito tomou a decisão corajosa de deixar sua família no interior de São Paulo e se lançar na busca pelo sonho americano. Com suas economias pessoais esgotadas, despediu-se de sua esposa e de seus filhos, de 3 e 10 anos, e embarcou para o estado do Texas, nos EUA, munido apenas de sua determinação e coragem.
Diferenciando-se de atletas como Adriano Moraes, Silvano Alves e Guilherme Marchi, que seguiram para os EUA após conquistarem títulos expressivos no Brasil, Rafael de Brito optou por começar sua trajetória desde as bases.
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