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Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Schinopsis
Espécie: S. brasiliensis
Nome binomial
Schinopsis brasiliensis
Engl.
Schinopsis brasiliensis é uma árvore da família das Anacardiaceae, nativa do Brasil, especialmente das regiões Nordeste, Centro-Oeste e do estado de Minas Gerais. A espécie possui folhas compostas e frutos castanho-claros de até 3 centímetros. Também é conhecida pelos nomes de braúna-do-sertão, braúna-parda, coração-de-negro, ipê-tarumã, maria-preta-da-mata, maria-preta-do-campo, parova-preta, pau-preto, pau-preto-do-sertão, paravaúna, parovaúna, perovaúna, quebracho, quebracho-colorado, quebracho-vermelho e ubirarana.
Potencial da Baraúna é aproveitado pelas famílias do Semiárido
por Recaatingamento
Entre os indígenas a árvore recebeu o nome de muira-una, mas atualmente em todo o Semiárido é conhecida com o nome de Baraúna ou Braúna. A planta está presente em todos os estados nordestinos, no norte de Minas Gerais, oeste de Mato Grosso e Rondônia.
A Baraúna caracteriza-se por ser uma das árvores mais altas da caatinga, atingindo entre 6 e 12 metros. Seu florescimento acontece nos meses de junho e setembro e frutifica entre outubro e novembro. No final da estação chuvosa seu comportamento hídrico chama a atenção, uma vez que o vegetal economiza água principalmente para o consumo das suas necessidades metabólicas. Logo após a fase de precipitação, a planta restringe a sua transpiração e passa a utilizar a água do subsolo durante alguns meses. Seu desenvolvimento é lento, mas alcança muitos anos de vida.
A Baraúna apresenta uma madeira dura e pesada, por isso tem grande durabilidade e é altamente resistente a decomposição em ambientes externos, sendo bastante utilizada na construção civil. Quanto ao seu uso medicinal, ainda está sendo estudada para o tratamento de doenças como a histeria e o nervosismo, contudo a planta também pode ser utilizada no tratamento de verminoses em animais.
Tendo em vista a utilidade da Baraúna para o Semiárido brasileiro, o Projeto Recaatingamento realizado pelo Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - Irpaa, com patrocínio da Petrobras, através do Programa Petrobras Ambiental, vem realizando o plantio de mudas da espécie em áreas onde já se constata a devastação do bioma Caatinga. O projeto também faz o plantio de outros vegetais da Caatinga como o ipê-roxo, o pereiro, o umbuzeiro, o juazeiro e etc.
O Recaatingamento, além de garantir a biodiversidade da caatinga, permite as famílias das comunidades Fundo de Pasto a sustentabilidade por meio do manejo de animais e da geração de renda por meio do beneficiamento de frutas silvestres, como o umbu e o maracujá do mato. Espécies nativas como a Baraúna são exemplos de árvores que garantem alimento para os animais, uso medicinal e utilização como matéria-prima, daí sua importância em garantir a perpetuação da mesma no Semiárido.