Рет қаралды 97
HAN, B, C. Filosofia do Zen-Budismo. Petrópolis: Vozes, 2019 [2002].
Capítulo 5. Morte
- Posição 1433: Em seu curso sobre Hegel, Heidegger observa que Hegel não conheceria a morte, que a morte não significaria para ele nenhuma “catástrofe”. Nenhuma “queda” e nenhuma “revolução” seria possível. Em Hegel tudo seria “já incondicionalmente assegurado e alojado”.
- Posição 1444: Já para Platão a morte não é nenhum ponto-final catastrófico, mas sim um ponto extraordinário de virada que leva a um ser superior. Ela aproxima a alma do “invisível”, do “divino”, do “racional” e do “uniforme” que, como o imutável, permanece sempre igual a si mesmo.
- Posição 1483: Também para Fichte a morte não é um ponto-final, mas sim início e nascimento: “Toda morte na natureza é nascimento, e justamente no morrer aparece visivelmente a elevação da vida.
- Posição 1500: Em vista da observação de Heidegger de que, para Hegel, a morte não seria uma “catástrofe”, se coloca a pergunta: em que medida se pode falar, em relação à concepção de morte do próprio Heidegger, de uma “catástrofe”? Que “queda” ou “revolução” a morte traria consigo? No interior da análise da morte de Ser e tempo não ocorre a palavra “catástrofe”.
- Posição 1550: Também no zen-budismo a morte certamente não representa nenhuma catástrofe, nenhum escândalo. Ela não coloca em movimento, porém, aquele trabalho de luto que trabalha coercitivamente contra a finitude. Nenhuma economia do luto converte o “nada” em “ser”. O zen-budismo desenvolve, antes, uma serenidade em relação à morte, que é livre de heroísmo e desejo, que, por assim dizer, mantém o passo com a finitude, em vez de trabalhar contra ela.
- Posição 1600: Eckhart ensina, de fato, que, na morte, “todo desejo” da alma desaparece. Em uma esfera superior, porém, o desejo da alma se repete. A “morte em Deus” é animada pelo esforço por uma infinitude.