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A central do Caldeirão inaugurada a 1 de maio de 2023, importante equipamento cultural através do qual o Município de Torres Novas aderiu desde 24 de maio de 2023 à Rede Portuguesa de Turismo Industrial.
O núcleo Museológico da Central Hidroelétrica do Caldeirão Caldeirão é fruto da recuperação, da antiga central hidroelétrica de Torres Novas, responsável pela produção e distribuição de energia elétrica em Torres Novas desde as primeiras décadas do século XX.
O Núcleo Museológico da Central apresenta a coleção de arqueologia industrial original intervencionada e recuperada “in situ”, disponibiliza um programa de oficinas educativas nos domínios do património industrial local, da produção de energia e do ambiente e pretende ser um repositório de memórias da vila operária de Torres Novas (com recolha de testemunhos orais, realização de exposições temporárias e realização de trabalhos de mediação e serviço educativo relacionados).
A Central do Caldeirão - Núcleo Museológico integra a rede de museus do Município de Torres Novas, podendo ser visitada em modalidade de visita livre ou guiada.
O acervo do Museu Municipal Carlos Reis inclui uma coleção específica dedicada à Central do Caldeirão que conta, sobretudo, com doações dos antigos trabalhadores da Central.
A Central Hidroelétrica do Caldeirão foi responsável pelo processo de produção e distribuição da iluminação pública de Torres Novas. Na sua fase inicial, 1923-1932, este processo foi protagonizado por José Manuel Ferreira [Júnior] (1874-1948) natural do concelho de Famalicão que negociou e adquiriu as primeiras turbinas.
Numa segunda fase, 1933-1953 a empresa constituiu-se como sociedade por quotas e passou a designar-se Empresa Industrial de Eletricidade do Almonda EIEA, ganhando a concessão de fornecimento de energia elétrica no concelho de Torres Novas. Durante este período, será inaugurado o novo edifício da central (1940), pelo arquiteto António Rodrigues da Silva Júnior, tendo a gestão ficado ao encargo da família Tavares.
Finalmente, entre 1954-1984, foi renovada a concessão do fornecimento de energia elétrica por mais três décadas, e durante este período, a empresa passou por vários reajustes e por um processo de nacionalização, após o 25 de abril de 1974, negociado com a EDP.
A este processo não foi alheio o Município de Torres Novas que, impulsionado pelo papel ativo da Associação de Defesa do Património de Torres Novas, manteve o interesse de conservar e valorizar o património museológico industrial desta unidade de produção que marcou várias gerações de operários e foi importantíssima para o desenvolvimento de Torres Novas durante o século XX.