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Você, que gosta de cantar... Provavelmente quando pensa em Tom Jobim e Vinicius de Moraes se lembra de “Chega de Saudade” ou “Garota de Ipanema”, ícones da bossa nova que alçaram a produção musical brasileira ao topo do mundo. Após esse período histórico, Tom e Vinicius, através de parcerias ou individualmente, emplacaram muitas outras canções, atingindo grande popularidade sem abdicar da qualidade.
Mas existe uma parte do repertório dessa dupla que está um pouco mais “escondida”. Trata-se de uma produção que flerta com a canção de câmara erudita, e que se iniciou na fase pré-bossa nova, avançando para um pouco além desse período, mas num universo paralelo. Desse repertório podemos citar “Estrada Branca”, “Canção do Amor Demais”, “Canta, Canta Mais”, “As Praias Desertas” e “Derradeira Primavera”. Algumas dessas peças foram interpretadas, inclusive, por artistas de formação lírica.
“Canção em Modo Menor” pertence a esse conjunto. Como as outras canções citadas, essa obra é classificada como popular. No entanto, sua estrutura melódica e harmônica não deixa nada a desejar se a compararmos com certas canções de autores eruditos, como, por exemplo, o “Acalanto da Rosa”, de Claudio Santoro, com letra, veja só, de Vinicius de Moraes!
Mas, por que a primeira é considerada popular e a segunda erudita? Como surgiu esse tipo de distinção no universo da música? Será que ainda faz sentido catalogar as músicas de acordo com esses critérios? E, principalmente para nós, que gostamos de cantar, que aprimoramentos vocais essas peças mais elaboradas podem estimular? Vamos falar sobre isso?