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O racismo no Brasil coloca os negros à frente nas estatísticas de desemprego, homicídios, falta de acesso à saúde e à educação. Democracia racial é para quem?
O mito da da democracia racial, que ronda o Brasil desde 1930, parte do princípio de que aqui não há discriminação de nenhum ser humano em detrimento da sua cor. Logo, também não existem barreiras para a ascensão e convívio social de pessoas negras. Essa teoria - que desconsidera todos os efeitos nocivos da escravidão à população negra - ganhou força na década de 60 e até hoje é utilizada para deslegitimar as discussões sobre questões raciais e também afirmar a igualdade de oportunidades entre todos os seres humanos.
O professor doutor Adilson Moreira e a professora doutora Thula Pires explicam como é impossível se falar em democracia racial em um país onde o preconceito, a estigmatização e a segregação por conta da cor da pele ainda são tão fortes. Desde o tratamento dado pelos sistemas públicos, seja de educação, segurança ou saúde, até o racismo, aberto e velado, dentro das corporações privadas.
Participantes: Adilson Moreira, Escritor e Professor Doutor pela Universidade de Harvard em Direito Antidiscriminatório e Thula Pires, Escritora e Professora Doutora pela PUC do Rio de Janeiro em Direito Constitucional e Teoria do Estado
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