Cantar de Emigração

Música: Cantar de Emigração
Intérprete: Adriano Correia de Oliveira
Letra:
Este parte, aquele parte
e todos, todos se vão
Galiza ficas sem homens
que possam cortar teu pão
Tens em troca
órfãos e órfãs
tens campos de solidão
tens mães que não têm filhos
filhos que não têm pai
Coração
que tens e sofre
longas ausências mortais
viúvas de vivos mortos
que ninguém consolará

[@VictorPiedade]

Não esperava ver o meu País voltar aos anos 60 e 70... mas...Benvindos os que vierem... abençoados sejam todos os que partirem.. porque sabemos como é difícil..

[@mvmcampos]

Dedico sentidamente esta balada do saudoso Adriano Correia de Oliveira ao Povo Palestino... Foi esta balada que me veio à memória subitamente quando nos dias 10 (mais de cem mortos) e dia 20 ( cerca de 80) de Agosto 2024 senti plenamente que esta triste balada que cantou a sangria lenta do Povo Português, da sua juventude enviada para uma guerra que não era sua e todo um Povo (principalmente homens) a emigrarem para terras distantes, deixando para trás viúvas de vivos mortos, orfãos e órfãs, filhos que não têm pais...mães que não têm filhos... Uma tragédia que se arrastou por décadas de lutas que só trouxeram sofrimento a todos os povos envolvidos na guerra colonial... Levantarmo-nos dos escombros da guerra é ainda tarefa inacabada, pois as feridas e marcas infelizmente continuam a dividir mais os povos, do que a uni-los, servindo assim os propósitos das elites governantes do mundo que instigam e cutucam essas feridas para lançarem seres humanos uns contra os outros... Que a poesia, a Arte toda sirva para apaziguar os corações, e reconectarmo-nos com a nossa humanidade comum... De onde estás, querido Adriano e tu, meu querido Zeca Afonso também, espero que as minhas falas vos tenham feito sorrir... Obrigada por tudo quanto nos deram...🥀🌈🩵✒️📚🎹🎻🎼🎶🙏🏽

[@mvmcampos]

Cantar de Emigração Este parte, aquele parte e todos, todos se vão. Galiza* ficas sem homens que possam cortar teu pão. Tens em troca órfãos e órfãs Tens campos de solidão. Tens mães que não têm filhos Filhos que não têm pai. Coração que tens e sofre Longas ausências mortais. Viúvas de vivos mortos Que ninguém consolará. Este parte, aquele parte E todos, todos se vão. Galiza ficas sem homens Que possam cortar teu pão. *Galiza : One of the old names given to Portugal

[@Albertix11]

Para todos os que gostan de esta cançao, que saiban que a letra e de uma galega, Rosalia de Castro, e esta escrita no mesmo idioma que falan os portugueses...o Galego-portugues. O poema titulase "¡Pra a Habana!" A parte que canta Adriano e a V V Este vaise i aquel vaise, e todos, todos se van, Galicia, sin homes quedas que te poidan traballar. Tés, en cambio, orfos e orfas e campos de soledad, e nais que non teñen fillos e fillos que non tén pais. E tés corazóns que sufren longas ausencias mortás, viudas de vivos e mortos que ninguén consolará. A o final estas coisas acho que unen a Galiza e mais o Portugal.

[@iolandasousa628]

Olá ! Gostei de saber o que ainda não sabiia. Podes postar o resto do poema? Obrigada.

[@diogorodrigues747]

@@iolandasousa628 ¡Pra a Habana! I Vendéronlle os bois, vendéronlle as vacas, o pote do caldo i a manta da cama. Vendéronlle o carro i as leiras que tiña; deixárono sóio coa roupa vestida. "María, eu son mozo, pedir non me é dado; eu vou polo mundo pra ver de ganalo. Galicia está probe, i á Habana me vou... ¡Adiós, adiós, prendas do meu corazón!" II Cando ninguén os mira, vense rostros nubrados e sombrisos, homes que erran cal sombras voltexantes por veigas e campíos. Un, enriba dun cómaro séntase caviloso e pensativo; outro, ó pe dun carballo queda imóvil, coa vista levantada hacia o infinito. Alǵun, cabo da fonte recrinado, parés que escoita atento o murmurío de augua que cai, e eisala xordamente tristísimos sospiros. ¡Van a deixá-la patria...! Forzoso, mais supremo sacrificio. A miseria está negra en torno deles, ¡ai!, ¡i adiante está o abismo...! III O mar castiga bravamente as penas, e contra as bandas do vapor se rompen as irritadas ondas do Cántabro salobre. Chilan as gaviotas ¡alá lonxe...!, ¡moi lonxe!, na prácida ribeira solitaria que convida ó descanso i ós amores. De humanos seres a compauta línea que brila ó sol adiántase e retórcese, mais preto e lentamente as curvas sigue do murallón antigo do Parrote. O corazón apértase de angustia, óiense risas, xuramentos se oien, i as brasfemias se axuntan cos sospiros... ¿ÓNde van eses homes? Dentro dun mes, no simiterio imenso da Habana, ou nos seus bosques, ide ver qué foi deles... ¡No eterno olvido para sempre dormen! ¡Probes nais que os criaron, i as que os agardan amorosas, probes! IV "¡Ánimo, compañeiros! Toda a terra é dos homes. Aquel que non veu nunca máis que a propia, a iñorancia o consome. ¡Áńimo! ¡A quen se muda Dio-lo axuda! ¡I anque ora vamos de Galicia lonxe, verés desque tornemos o que medrano os robres! Mañán é o día grande, ¡á mar, amigos! ¡Mañán, Dios nos acoche!" ¡No sembrante a alegría, no corazón o esforzo, i a campana armoniosa da esperanza, lonxe, tocando a morto!

[@andredesenaaugusto4357]

Obrigado pela informação

[@aderitus]

O verdadeiro hino de Portugal...

[@AnabelaSarrico]

Não recordo os anos 70... quando esta canção estava atual; recorda-me , no entanto, os meus tempos de estudante em Coimbra e faz-me doer o coração por a ver tão atual como em tempos idos.

[@AntonioSilva-tp9fr]

Que saudades,do camarada Adriano Correia de Oliveira

[@eligarcia01]

Preciosa voz y preciosa musica para una preciosa cancion. Grandisimo Adriano, siempre magnifico y siempre actual.

[@AntonioCosta-fs7qq]

Adriano Correia de Oliveira,dá voz ,a este grande poema da poetisa galega,Rosália de Castro,que embora se referisse á forte emigração para Cuba,por parte dos seus concidadãos,se adapta perfeitamente á emigração Portuguesa,através de todos os tempos...

[@verissimomario]

Esta canção é como um hino.É sempre comovente ouvi-la.O Adriano C. Oliveira o Zeca Afonso ou o Fernando Machado, com a sua "Balada da despedida" e outras, fazem parte dum grupo muito que marcam uma época e uma música muito especial.

[@donziliafernandes144]

Havemos de continuar a resistir sempre. mas sabes Adriano tu tens nos feito muita falta. Choro sempre que te ouço, porque há vozes que não podemos esquecer nunca. Obrigada Adriano, eu direi sempre presente.

[@mcfurtado55]

infelizmente é o que estamos a assistir novamente...

[@joaolobo1315]

Considerado por muitos, a melhor voz de Portugal da altura.

[@mariafernandamoco8545]

Lindissima, mas também muito triste.

[@JoseAugusto49]

Este parte...aquele parte....! Mais actual que nunca. Maldita emigração que voltaste!!!

[@antoniopetronilho7516]

Lindoooooooooooooooooooooooooo, mas uma mensagem que transmite uma grande tristeza.

[@josetome2392]

Somos nós POVO que permitimos isto e muito mais.

[@Rumaelchannel]

como o belo nos pode pôr tristes

[@hortenseserra7540]

Adriano Correia de Oliveira és o MELHOR !

[@josecunha5253]

Inesquecível!

[@ajeirascalo9255]

I like this song!

[@rodriguesyvonne7122]

Linda Musica Numa Perfeita Voz!!!!!Obrigado

[@luisapaivaboleo6942]

Conheci-o e ouvi-o cantar isto- É uma beleza triste que agora com as emigrações nos fazem pensar.

[@tiagoreis3945]

Luisa Paiva Boléo n

[@jorgemarqueslopes9360]

Fiz um comentário há um ano. Já não me lembrava. Se fosse dos "artistas" do momento não o encontraria. É o que temos!

[@alvaroorfao8635]

Oportuno e necessário este comentário,que no meu entender dá maior relevo às palavras adaptadas!

[@mariaalcinamagro5964]

Um sentido poema de Rosalia de Castro, poeta amiga de Adriano e do Zeca, que gosto sempre de ouvir.

[@InspiradoCidadao]

Desculpe mas Adriano e o Zeca dificilmente poderiam ter conhecido a escritora galega pois ela viveu no século XIX. O poema no que se baseia esta canção foi publicado por Rosalia de Castro em 1880 no seu livro ‘Folhas Novas‘. Com certeza Zeca Afonso tinha uma relação de amizade com a Galiza e assim falava sobre a Galiza em 1980: kzbin.info/www/bejne/eGfZfqePmbKph68

[@TheTinorbison]

So simple melody and so beautiful!! Uma melodia tão simples, serena e tão linda! Abraço, ((^.~)) ~Tina~

[@ameliacaspurro8095]

TRIBUTO A ---ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA --COM UMA CANÇÃO TÃO ACTUAL !!! 17-10-2013

[@kanyboy]

muito bom

[@manuelfernandes9898]

Adoro Sai

[@civpol2006]

Voltamos aos tempos da emigração, só que desta vez não usam malas de cartão nem querem voltar. Portugal fica mais pobre.

[@fundosaraiva5300]

VERDADE !!!

[@SandraSantos-ys9rz]

Eu faço parte desses Emigrantes que só por um motivo de força maior e que eu nao possa contornar, me faça voltar. Amo Prtugal e a minha terra, mas nao foi ai que tive oportunidades. Saudades imensas. Quem sabe na reforma se sobreviver.🙏

[@joseailtonalveslopes3484]

INFELIZMENTE AQUI NO BRASIL NAO TEMOS ACESSO A MUSICA PORTUGUESA E EUROPEIA,VIVEMOS NUM PAIS ALIENADO DE CULTURA

[@MrPeLeve]

Uma lástima o que voltaram a fazer a este país para que esta dor renascesse de novo e de forma tão brutal...

[@antoniomarques4279]

Ouve, Passos!

[@anterobarros8077]

ouve costa...

[@gracianomoreira9314]

40 anos depois quem diria voltamso a emigrar.. Não pela guerra no ultramar... mas pela incomptencia e incapacidade dos sucessivos governos...vergonha....

[@MrPipe72]

O tempo passou mas a verdade é que nada mudou...

[@filipe2722]

E assim poucos destruiram muitos...

[@imperialdesecrationpatches5206]

Quando, nos anos 90, pensávamos e viviamos como se havíamos atingido a plenitude de um país de primeiro nível, parte da grande UE, vemo-nos hoje em dia, com o mesmo problema dos anos 60,70 e até parte da década de 80; O sangrar contínuo do mais sagrado que tem uma Pátria, os seus jovens e por consequente, o seu futuro. Como emigrante, não vejo o dia de regressar aos meus Açores queridos e viver a plenitude da ilha em consonância com a plenitude de pelo menos uma boa economia local. Penso até que é utopia minha pensar nisso... Viva Portugal!

[@ZecaPinto1]

a personificação de portugal e de seus filhos tanto do sec 20 como do sec 21 :,(

[@jorgemarqueslopes9360]

Mais uma vez Portugal está a perder os seus filhos. Será que a cegueira do dinheiro fácil não deixa ver que a terra dos pais dos prebendários está a ficar exangue e eles, por muito ricos que fiquem, deixarão aos filhos uma terra triste, desolada e infértil. Não sei o que se pode fazer, mas algo tem de ser feito