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No antigo cemitério da cidade de Caibaté, RS, estão sepultados os colonizadores, descendentes de imigrantes alemães. Mostro o túmulo mais antigo, conto histórias de amor, vida e morte das pessoas enterradas, com fotos e datas.
Histórias de família são sempre fascinantes, inspiradoras, que dariam um verdadeiro filme. Hoje eu quero contar para vocês um pouquinho da história do Onésio e das Zoraida que estão sepultados aqui nesse antigo cemitério da cidade de Caibaté, no Rio Grande do Sul. Onésio nasceu no ano de 1910, quando tinha 24 anos ele se casou com a Zoraida no ano de 1934, ela tinha 23 anos. Aqui consta o nascimento como 1907 mas eu encontrei uma documentação onde consta 1911 e quando os Zoraida estava grávida do terceiro filho seu marido Onésio faleceu aos 28 anos, eles ficaram casados somente três anos e meio, dessa união nasceram três filhos. Então no ano de 1938, uma viúva, 27 anos de idade, eu imagino as dificuldades que essa mulher passou na criação de seus filhos. Mas passados cinco anos Zoraida voltou a se casar novamente. Isso foi no ano de 1943, ela se casou com o Olmiro Teixeira Bastos também um jovem que havia ficado viúvo e tinha dois filhos pequenos, com o casamento então eles formaram uma grande família e depois mais dois filhos do casal, quando em 1965 o seu segundo marido faleceu aos 55 anos. Zoraida viveu 62 anos, quando em 1974 ela veio a falecer de insuficiência cardíaca.
Essa é a sepultura de um rapaz que faleceu muito jovem, vejam que bonito esse raio de sol, é o Diego Simi Kortz, o Diego nasceu em 1986 e faleceu em 2007, ele viveu 21 anos, nós não conseguimos explicar o motivo da morte de uma pessoa tão jovem, porque alguns partes tão cedo desse mundo, é difícil olhar uma foto de uma pessoa tão jovem que morreu, mas também não podemos esquecer que nós somos espíritos e é o nosso espírito que dá vida ao nosso corpo, é o espírito que é o ser principal, pois é esse ser que sobrevive e que nunca morre. Aqui bem pertinho tem a sepultura de mais um jovem, é o Márcio Machado dos Santos que nasceu em 1979 e faleceu em 2014 com 35 anos. Faria agora 45 anos, aqui em sua lápide tem uma representação de um caminhão, provavelmente ele dirigia um caminhão ou gostava desse tipo de veículo, logo atrás é o seu pai o Nelmo Gaspar Chagas dos Santos que nasceu em 1949 e faleceu em 2010 com 61 anos. O Nelmo foi prefeito da cidade de Caibaté.
Aqui estamos diante de um túmulo de um casal de colonizadores de Caibaté, Guilherme Friedrich que nasceu em 1879 e faleceu em 1965, ele viveu 86 anos e do lado está sepultada sua esposa a Ana Lowe Friederich, ela nasceu em 1888 e faleceu em 1965, com 77 anos. Vocês repararam num detalhe? o Guilherme faleceu em julho de 1965 e a sua esposa Ana em junho de 1965. Exatamente um mês antes de seu marido. Aqui está sepultado o Mathias Luis Seffrin que nasceu em 1880 e faleceu em 1973, com 80 anos, do lado a sua esposa, a Regina, nascida da família kreling, em 1889 e faleceu em 1972, viveu 83 anos.
Aqui está sepultura do Adolfo Vigert que nasceu em 1889 e faleceu em 1969, o Adolfo viveu 80 anos, todos colonizadores de Caibaté. Antes disso o dono de toda essa área de mata correspondente ao município de Caibaté, pertencia a Joaquim Gomes Pinheiro Machado, com a sua morte seus herdeiros começaram a dividir, vender as terra, isso foi a partir de 1920 e os lotes foram adquiridos então por colonos em sua maioria de origem alemã.
Assim como o Petro Kranz que nasceu em 1860 e faleceu em 1938 com 78 anos, ele veio da Colônia Serro Azul, hoje Cerro Largo, era filho de imigrantes alemães, em sua lápide está escrito mais ou menos assim: venha calmamente para o meu túmulo para o meu descanso eterno pense no que eu sofri antes de fechar os olhos. Isso demonstra como era a vida dessas pessoas neste local, uma vida de muita batalha, de muita luta com certeza, diante das adversidades do local.