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Desde a Antiguidade, as obras de ficção estão ligadas a um caráter moralizador. As tragédias gregas contam em seu enredo as consequências devastadoras que decorrem de más escolhas. Tão forte é essa missão moral que, há não muitas décadas, a autora britânica Agatha Christie se arrependeu de ter escrito a primeira versão do final de Testemunha de Acusação, na qual o criminoso termina impune. O impacto foi tão forte que o final foi reescrito na adaptação para o teatro.
Nesta obra, Buster Keaton interpreta um jovem bem-intencionado que, por engano, se envolve em poucas e boas em meio a uma confusão policial. Embora seja providencialmente socorrido por uma sequência de golpes de sorte, o jovem se entrega a seu destino terrível por sua razão ter sucumbido às inclinações da paixão. E nada disso teria acontecido sem um furto.
A alma humana possui duas faculdades: a intelectiva (que está na razão) e a apetitiva (que está na vontade). Sendo o sentido da vida a contemplação da verdade, é preciso que a razão chegue a essa verdade impulsionada pela vontade. A arte é uma das formas mais potentes de não apenas adequar o intelectivo à razão, como também estimula a vontade para dar apoio à razão. A um nível neurocientífico, há uma correlação entre os níveis de dopamina e a facilidade de aprendizado. Por isso é mais fácil aprender outras línguas quando criança, como também a dopamina é que vai determinar se absorveremos o conteúdo da página de um livro em 30 segundos ou 30 minutos.
A inspiração para este vídeo veio do cinema da Uganda, que faz uso do VJ (Video Joker) para narrar de forma distorcida e cômica os acontecimentos de um filme, incluindo este próprio filme Cops (ou O Enrascado).
Podemos classificar Fausto Silva como um video joker brasileiro pelo famoso quadro das Vídeo Cassetadas (vídeo cassete + cacetadas), no qual narra acontecimentos tragicômicos do cotidiano gravados em vídeo.
O resultado desta fusão de estilos pode ser apreciado neste humilde vídeo, que espero que apreciem.