cordel que fiz em 2011 e que constitua muito atual versando sobre o meio ambiente

[@fabio7219]

O Meio Ambiente Autor : Chico Fábio Recebi hoje um convite Duma Princesa decente Chamada de inspiração Que no verso é competente Ela disse Chico Fábio Você que se diz um sábio Fale do meio ambiente Me sentindo muito honrado Fui falando dos fatores Químicos e biológicos Físicos, com seus valores Que ao comporem o ambiente com equilíbrio presente São da vida, condutores. No aspecto natural Nós temos a fauna e a flora Juntamente com o ar puro Vou lhes dizer nessa hora É preciso preservar As florestas conservar A natureza lhe implora Lembro que foram criadas Grandes conscientizações Em um nove sete dois Reuniram se as nações E o dia 5 de junho O mundo dá testemunho Combate degradações Esse dia é consagrado Pra luta resiliente Em prol da mãe natureza De modo bem consciente Para ser comemorado Pelo mundo aclamado Dia do Meio Ambiente. Isso foi por Estocolmo Outras vieram depois Como a agenda vinte e um Na Rio noventa e dois Protocolo em Montreal Pede redução geral Até dos gases dos bois. Protocolo de Kioto Rio mais dez em seguida E depois Rio mais vinte E o mundo pedindo vida Finalmente por Paris Pedem reduções febris E terra não aquecida. Quero falar de dois termos Que são usados presentes Como se fossem sinônimos Mas são muito diferentes Um fala de proteção O outro é preservação Eu vou torná-los cientes. Preservação se refere À proteção integral Sem a interferência humana De modo bem natural Quando há risco de extinção De bioma em disfunção Ecossistema em geral. Já proteção diz respeito Ao uso racional Com manejo sustentável Harmonizando geral O homem com a natureza Convivendo com certeza Em simbiose total. Problemas ambientais Tentarei explanação Vou falar aqui primeiro Dessa tal poluição Feita pela ação humana Que destrói não se irmana Causando devastação. Poluindo a atmosfera E contaminando o ar Gases, partículas sólidas Fuligens pra sufocar O chumbo e metais pesados Que pelo ar são lançados Sem controle pra barrar. Tudo isso vai causando Aquecimento global Na camada de ozônio Buraco descomunal O nível dos oceanos Com tsunamis insanos Polo em degelo total. O clima de toda terra Vai sofrendo mutações As chuvas ficando escassas Em algumas regiões Em outras tendo constância Com muita água em abundância Sofrendo as inundações Logo em seguida vos falo Que lagos, rios e mares Recebem contaminantes Químicos vindo aos milhares Matando as algas e peixes Corais , sumindo aos feixes Com seus raros exemplares. Chumbos e metais pesados Que são bem insipientes Quando lançados ao solo Junto com outros solventes Reduzem a fertilidade Com erosão de verdade E perda dos nutrientes. O uso de pesticida Tem danos irreversiveis Poluem solo e as plantas Causando danos terriveis O uso de agrotóxicos Traz ambição dos ilógicos Visando lucros incriveis. Esgotos industriais Petróleos e vazamentos Mancha de óleo nos mares Fossas com seus excrementos Mercúrio e mineração Causam contaminação Mortes e muitos tormentos. Poluição luminosa Por aqui fazem histórias Causam muita confusão Na rota das migratórias Desorientando as aves Causando muitos entraves E muitas mortes inglórias. Pensando que é primavera Começam reprodução Seguindo pelos caminhos De luz pela arribação Vão seguindo em revoada Fazendo sua rota errada Se acabando em profusão As tartarugas -de- couro Fazem na praia seus ninhos Seguindo a luz das estrelas Ou da lua em burburinhos Pra voltar aos oceanos Mas a luz provoca enganos Desviando seus caminhos. E não voltando ao mar Seguem para o continente Morrendo desidratadas Deste modo inconsequente Às vezes atropeladas Não concluindo as jornadas Culpa da luz incidente. Vaga-lumes são escassos Pelas noites do sertão Sua bioluminescência Não brilha na escuridão Fêmeas não atraem machos Luz elétrica com seus fachos Prejudicam essa atração . Fotossíntese induzida Por luz artificial Atrapalha a floração Pras plantas causando mal E com isso ela se furta Sua vida então se encurta Com crescimento anormal. Poluição luminosa Continua sua jornada Desorientando abelhas Prejudicando a florada Cidades são invadidas Mariposas atrevidas Nas ruas fazem moradas Depressão e obesidade Com o transtorno de humor São sintomas bem recentes Viram fontes de terror O ritmo circadiano Que possui o ser humano É quebrado em seu motor. A luz artificial Que causa o câncer de mama Também câncer nos hormônios Foi descoberta essa trama Pois o trabalho noturno Traz a morte e esse turno Tá sujeito a esse drama. Por fim quero navegar Pelas terriveis queimadas Que destroem a natureza Mata Atlântica devastada Pantanal com Amazônia Queimadas sem parcimônia Por ambição desregrada. Grileiros, mineradores Ligados à pecuária Invadindo áreas indígenas Sem uma reforma agrária Desmatamento ilegal Tudo isso com aval De gente bem perdulária É preciso consciência Preservar é bem verdade Pra viver em harmonia E total felicidade Terra povo e natureza Se unam com fortaleza Antes que seja bem tarde O assunto não se esgota Simplesmente num folheto De cordel aqui presente Outros lhes farei, prometo Me despeço dos senhores Espero amigos leitores Não fique este obsoleto. Por aqui vou terminando Degustando o doce mel Tirado do néctar puro Das abelhas no vergel Relembrando a natureza Quem fez foi Deus na grandeza De um glorioso papel. fim Fortaleza, 16 de julho de 2021