CULTN - Lelia Gonzalez - 1981

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Күн бұрын

Entrevista de Lelia Gonzalez concebida em sua residência a Enugbarijö Comunicações, com imagens de Ras Adauto e Vik Birkbeck, participações do livreiro Papa Leguas e da jovem Joana Angélica. Edição de Filó Filho.
Lélia Gonzalez nasceu em Belo Horizonte no dia 1 de fevereiro de 1935 e faleceu no Rio de Janeiro no 10 de julho de 1994. Foi uma intelectual, política, professora e antropóloga brasileira.
Seus escritos, simultaneamente permeados pelos cenários da ditadura política e da emergência dos movimentos sociais, são reveladores das múltiplas inserções e identificam sua constante preocupação em articular as lutas mais amplas da sociedade com a demanda específica dos negros e, em especial das mulheres negras. Os livros produzidos foram "Lugar de Negro", Editora Marco Zero, 1982 (com Carlos Hasenbalg), "Festas Populares no Brasil", premiado na Feira de Frankfurt. As demais referências da produção de Lélia Gonzalez são papers, comunicações, seminários, panfletos político-sociais, partidários, engajados, sempre de muita reflexão.
A preocupação com os excluídos das condições de vida dígna - nos planos social, político, econômico, educacional, habitacional, de trabalho, de lazer - norteou suas campanhas para cargos públicos, em 1982 (PT) e 1986 (PDT), tendo como principais referências as liberdades individuais e as transformações sociais. Lélia sempre acreditou na possibilidade de se construir uma sociedade solidária e fraterna e que, para tal, é preciso, além do engajamento na luta política mais ampla, que os grupos não dominantes produzam seu próprio conhecimento. É em razão disso que dedicou-se ao estudo das culturas humanas, especialmente da cultura negra. Graduada em História e em Filosofia, aprofundou estudos nas áreas da Antropologia, da Sociologia, da Literatura, da Psicanálise, da teoria da Estética, da Cultura Brasileira, além de ter-se dedicado profundamente à Ciência, Cultura e História africanas.
Como professora de Ensino Médio no Colégio de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (UEG, atual UERJ), nos difíceis anos finais da década de 1960, fez de suas aulas de Filosofia espaço de resistência e crítica político-social, marcando definitivamente o pensamento e a ação de seus alunos.
Seus escritos e palestras, atuando contra o racismo e outras formas de discriminação, contribuíram para a formação acadêmica e cidadã de muitos dos que com ela conviveram, considerando que atuou nas universidades brasileiras por mais de 30 anos, até seu falecimento. Em seus últimos dias, foi eleita, por reconhecimento de sua competência, chefe do Departamento de Sociologia, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Quando faleceu, aos 59 anos, ainda tinha muito o que fazer, o que escrever, o que falar/comunicar/ensinar.
Sua busca permanente e irrestrita na direção do conhecimento é identificada pela capacidade de interpretação que mostrou na crítica às ideologias e à hegemonia de dominação (de lógica machista, branca e européia) que sempre forçou o povo negro ao lugar de submissão, de menor condição e capacidade. A capacidade transformadora de Lélia Gonzalez sempre foi colocada na palavra, seguindo a oralidade ancestral feminina negra.
Lélia Gonzalez é fundadora (juntamente com outras/outros companheiras/os) do Movimento Negro Unificado (MNU) do Instituto de Pesquisas das Culturas Negras do Rio de Janeiro (IPCN-RJ)) do Nzinga Coletivo de Mulheres Negras do Olodum (Salvador). Participou da primeira composição do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), de 1985 a 1989. (wikipédia)

Пікірлер: 16
@sergiocosta1723
@sergiocosta1723 Жыл бұрын
Bom dia a todos,esse é um conhecimento que os povos originários do Brasil,devem manter vivo diariamente,pois,em pleno 2023 a fala de Lélia Gonzalez,continua a replicar, conhecimento e crítica a favor da valorização desses povos originários,a luta continua e a batalha é diária!!! Viva Lélia Gonzalez!!!
@helionunes4492
@helionunes4492 3 жыл бұрын
Nunca é tarde para as descobertas e o saber, até o fim dos nossos dias. Estou com 59 anos, comecei a militar na questão dos Direitos dos nossos povos quilombolas, originários da terra ( os ditos "indígenas"), e tantos outros "marginalizados" pela sociedade dita "soberana" (tantas aspas não é a toa), há cerca de doze anos e cada vez mais, admiro e estudo essas cabeças tão iluminadas. Figuras como Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, Beatriz do Nascimento, Carolina Maria de Jesus e tantas outras, precisam entrar pelas portas da frente e nos bancos das escolas que ainda insistem em um ensino eurocêntrico. Parabéns pela postagem, uma grande perola que deve ser assistido várias.
@lilacnoir8776
@lilacnoir8776 4 жыл бұрын
Uma mulher visionária, corajosa e autêntica. Muito aquém de seu tempo. Salve Lélia!
@AlexSanderLuizCamposalexcampos
@AlexSanderLuizCamposalexcampos 3 жыл бұрын
Muito além, não? Abraço!
@arislenepesce1781
@arislenepesce1781 4 жыл бұрын
Se eu pudesse ter apenas um desejo neste momento, seria ouvir Lélia Gonzalez.
@zanedonascimento7671
@zanedonascimento7671 7 жыл бұрын
Que achado. Salve Lélia 💚💜
@adrianagermana6107
@adrianagermana6107 3 жыл бұрын
Salve Lélia Gonzalez, que pensamento rico e epistemológico para pensarmos o racismo estrutural na sociedade brasileira. Viva esta mulher negra💃🏿💪🏾, que se movimentou e movimenta atualmente a luta antirracista em nosso país✊🏾🌻🌟
@rabiscador22
@rabiscador22 3 жыл бұрын
Salve Lelia!!!
@babavanga1570
@babavanga1570 2 жыл бұрын
Entrevista interessante.
@abnersotenos3051
@abnersotenos3051 3 жыл бұрын
Caramba, o Papa Léguas novinho e com o mesmo jeito. O mesmo mexer nos cabelos e a leveza dos movimentos! Que video maravilhoso!
@heleniceseverinodeoliveira9227
@heleniceseverinodeoliveira9227 Жыл бұрын
ASSISTAM AO CANAL ÚLTIMOS DIAS - CANAL DA NAÇÃO!
@alskmr4036
@alskmr4036 4 жыл бұрын
Como diz Lelia Gonzalez Assim que nos organizarmos e estratergizarmos como ser maioria absoluta nos espaços de poder. Estaremos em melhor posição de lidar definitivamente com os problemas de base ao topo da pirâmide social( estrutural e institucional) contra o inimigo. Eu digo temos que abandonar os conceitos do método de Lynch e para parar de perder o tempo que não temos de ouvir, responder e explicar e convencer o branco e branca do óbvio nulante o qual (foi/é) pensado, arquitetado e praticado por ele e elas. Nossas literaturas africanas e de diaspora africana em todos os países existe e da conta de explicar transversal e interseccionalmente as o racismo causa e efeito em nós africanos e diasporicos africanos em todos os países, basta ler nosso material brilhantemente produzido.O temls que fazer é trazer a LUZ da compreensão, assimilação e execução de ações coordenadas e juntas o nosso povo que está alienado do entendimento desse projeto de poder nacional: por desumanização, alienação,submissão e conformidade paralelo ao nosso povo ao acesso do domínio do letramento e da absorção da leitura, interpretação, reflexão e açao transformadora. Esse é o trabalho. Porque enquatos enxugamos gelo com os brancos e brancas que podem facilmente ler e compreender devido ao domínio do letramento privilégio e interesse do projeto de poder. Os nosso foram negadas essas ferramentas e é deles que devemos cuidar para trazê-los ao nosso lado com dominio das ferramentas que lhes foram negadas pelo mesmo projeto de poder acima citado. Temos que falar para os pretos e pretas e não para os brancos e brancas. E acreditar e fazer acreditar que nos exercitando as práticas de nos unir, nos ouvir, conversar, apoiar, votar e exigir soluções de nós para o todo então, abandonarmos o conceito preguiçoso e oportunistas dos brancos(as)(xs) de que os problemas do Brasil de infraestrutura, serviços socias, planejamento urbano e rural sustentável; não tem mais jeito, utilizando toda sorte de desculpas, e abandonando esse conceito de terra arrasada. Porque a nós interessa acabar com o racismo e as desigualdes raciais. Porque o peso e as perdas estão secularmente nas nossas costas. E fazendo as perguntas: A quem interessa e para onde vai o dinheiro #SegueODinheiro #SegueOinteresse. Seremos capazes de concretamente com (transparência, compromisso e competência), exercitaremos a capacidade de utilizar técnicas e práticas e novas existentes a séculos em outros paises e nacionais; que derão certo para resolveremos as questões do racismo estrutural, negação proposital de pautas civilizatórias históricas citadas acima de ordem pública que foram negadas para não termos direito a qualidade de vida digna. E assim atrasar ao máximo o nosso processo de desenvolvimento social-economico e manter o nostálgico tempo colonial com práticas modernas. Tornando o "modus operandis" malandramente a brasileira existência de direitos no entando dificultando ao MÁXIMO o acesso aos mesmo. Reforçando a maxima direitos para "inglês ver" relembrando a pratica colonial de fingir para o mindo exterior mas não honrar a palavra na prática. Dai os grandes discursos na ONU o qual todos os brasileiros aceitam ser considerados mentirosos porque os dirigentes mentem ao discursar na ONU porque os números do ORGs internacionais sobre o Brasil expõe a verdade. No entando ser lido como um pais de lidersnças e sociedade mentirosa e sem crédito moral e ético está "ok" para os brasileiros contanto que não apontem o dedo para o Brasil e para os brasileiros. Ou seja o que impera aqui é uma hipocrisia branca colonial-escravocrata-eugenica. Que temos que colocar um ponto final. kzbin.info/www/bejne/jXXKeH-AaLmDh7c
@maryseo.
@maryseo. 3 жыл бұрын
Why isn't there subtitles in English ??😢😢😢😢😢
@BeatrizMacielSociologia
@BeatrizMacielSociologia 4 жыл бұрын
Vocês sabem qual o nome dos autores que ela menciona no vídeo? Adorei, obrigada por compartilhar
@marciosouza697
@marciosouza697 4 жыл бұрын
Olá Beatriz, Lélia se refere a Cheikh Anta Diop (1923-1986), intelectual senegalês e também a W.E.B. Du Bois (1868-1963), intelectual afroamericano. Procure no sistema de busca do portal Geledés por ambos os nomes que você encontrará informações mais detalhadas.
@BeatrizMacielSociologia
@BeatrizMacielSociologia 4 жыл бұрын
@@marciosouza697 obrigada! Vou pesquisar
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