Décima do Sorro - Pedro Ortaça

Missões, Guitarra e Herança - 1982
"Na tarde boca da noite, inventei uma caçada Na costa de uma restinga deixei"
Letra / Música: Apparicio Silva Rillo / Pedro Ortaça
*Ritmo: Contrapasso
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Na tarde boca da noite, inventei uma caçada
Na costa de uma restinga deixei uma trampa armada
Para ver se ali caía um sorro nesta emboscada.
O tal sorro que eu queria já me era um desafio
Bicho pequeno que havia ele passava no figo,
Leitão, borrego e galinha roubava do pobrerio.
No outro dia bem cedo, primeiro cantar do galo
Apiei da minha cama e amuntei no meu cavalo
Fui ver se tinha caído na trampa o sorro que falo.
Tinha caído sereno, tava molhado o capim
Apanhar aquele sorro era uma honra pra mim,
Pra quem rouba da pobreza a gente tem que dar fim
Lhe chamam de sorro manso que de valde não se arrisca
Mas de longe eu vi o bicho meio engasgado na isca
Quando se sentiu das pata chegava soltar faísca
Mas o sorro é bicho esperto, raça de bicho ladino
Quebrou as garras da trampa, decerto o arame era fino
Embora de pata renga fugiu do triste destino
Mas eu como fui soldado na vali da disciplina
Fiz um cargo aproximado, fui lhe esperar numa esquina
Já ia saindo o sorro do meio de uma faxina
Eu larguei o meu cachorro, um pitoquinho colera
O sorro já ia longe passando numa porteira
Pra se pegar este bicho só tiro de boleadeira
Já meu pitoco chegava quase na cola do sorro
Quando o bicho perseguido deu um grito de socorro
Livrai-me senhor dos matos dos dentes deste cachorro
Fez volta e fez contra-volta, veio e entrou num buraco
De tanto correr o bicho eu já me sentia fraco
Quando chegou meu pitoco já fui tirando o casaco
Metendo a mão pela toca tirei ele pela oreia
Quantos crimes tu tens feito entre galinhas e oveia
Não foi por nada que Cristo não te botou sobrancelha
Nem assim o sorro véio nas garras de minha mão
Entregou a rapadura, gritou e pediu perdão
Me apelou pro sentimento e eu tive bom coração
Dei-lhe uma sova de laço com a tala de meu reio
Dizendo é pra que aprenda a não roubar o alheio
Comer criação dos pobre é um pecado dos mais feio
Larguei o sorro riscado mesmo que jaguatirica
Ele ouviu o meu conselho que pros demais aqui fica
Todo ladrão de respeito só rouba de gente rica.
►Contribuição correção ritmo: João Pedro Castro Maicá

[@henriquenunes9825]

Alguém ouvindo em 2024?

[@MariaJucaraFerreira]

Muito boaaaa

[@luizleis5206]

Grande Pedro Ortaça um dos troncos missioneiro

[@alberimaciel1332]

Gauxo nos nossos

[@joaopedrobizarro7591]

CONTIINUO FA DE PEDRO ORTAÇA COM SUAS MUSICAS MUITO INTELIGENTES E SEMPRE ALEGRANDO OS FÃS

[@carlossoares2671]

Eu adoro essas muzicas Sou missionário de porto Xavier Mas arranchado em santo angelo

[@JosenadirSoares-ey6nj]

Minha mãe amava essa música,

[@sandroissler]

Show..

[@adroaldoribeiro4529]

Muito obrigado amigo, tinham removido essa música do youtube. Só achei versão ao vivo. Essa era a gravação que eu conhecia

[@mariadocarmodorneles9250]

Essa é a original, com a gaita do Dedé Cunha.

[@wanderleidill6201]

que saudade escuta essa musica adoro tem como arrumar a musica velho rancho do sidnei lima

[@OCanaldoRoos]

Vou procurar, não tenho comigo.

[@marcosantoniomaciel38]

🙋🏽‍♂️👏👏👏🤝🤝💪💪

[@vilson1998]

Décima do Sorro Na tarde boca da noite, inventei uma caçada Na costa de uma restinga deixei uma trampa armada Para ver se ali caía um sorro nesta emboscada. O tal sorro que eu queria já me era um desafio Bicho pequeno que havia ele passava no figo, Leitão, borrego e galinha roubava do pobrerio. No outro dia bem cedo, primeiro cantar do galo Apiei da minha cama e amuntei no meu cavalo Fui ver se tinha caído na trampa o sorro que falo. Tinha caído sereno, tava molhado o capim Apanhar aquele sorro era uma honra pra mim, Pra quem rouba da pobreza a gente tem que dar fim Lhe chamam de sorro manso que de valde não se arrisca Mas de longe eu vi o bicho meio engasgado na isca Quando se sentiu das pata chegava soltar faísca Mas o sorro é bicho esperto, raça de bicho ladino Quebrou as garras da trampa, decerto o arame era fino Embora de pata renga fugiu do triste destino Mas eu como fui soldado na vali da disciplina Fiz um cargo aproximado, fui lhe esperar numa esquina Já ia saindo o sorro do meio de uma faxina Eu larguei o meu cachorro, um pitoquinho colera O sorro já ia longe passando numa porteira Pra se pegar este bicho só tiro de boleadeira Já meu pitoco chegava quase na cola do sorro Quando o bicho perseguido deu um grito de socorro Livrai-me senhor dos matos dos dentes deste cachorro Fez volta e fez contra-volta, veio e entrou num buraco De tanto correr o bicho eu já me sentia fraco Quando chegou meu pitoco já fui tirando o casaco Metendo a mão pela toca tirei ele pela oreia Quantos crimes tu tens feito entre galinhas e oveia Não foi por nada que Cristo não te botou sobrancelha Nem assim o sorro véio nas garras de minha mão Entregou a rapadura, gritou e pediu perdão Me apelou pro sentimento e eu tive bom coração Dei-lhe uma sova de laço com a tala de meu reio Dizendo é pra que aprenda a não roubar o alheio Comer criação dos pobre é um pecado dos mais feio Larguei o sorro riscado mesmo que jaguatirica Ele ouviu o meu conselho que pros demais aqui fica Todo ladrão de respeito só rouba de gente rica. Compositor: Pedro Ortaça / Aparicio Silva Rillo

[@paulosilveira6397]

Alo Vilson você digitou está obra folclórica muito obrigado . Agora é decorar e tocar e cantar . Parabéns 👏 fazia tempo que eu procurava o título . No KZbin com pedaços da letra. Agora achei escrita valeu.

[@vilson1998]

@@paulosilveira6397 tamo junto meu amigo!

[@musicasuave3214]

Olá Roos, conheci hoje teu canal. Minha avó era Roos de Tapera-RS e meu bisavô era João Roos. Será que somos parente?? Meu nome é Adelar Sott, sou de Três Passos-RS e hoje moro em Dourados-MS!!

[@OCanaldoRoos]

Buenas, talvez somos. A minha linhagem é nas volteadas de cachoeira do sul, paraíso do sul, não tenho conhecimento de parentes diretos por estes lados. Abraço parente.