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Daniela assume estar cansada do esforço que tem feito para manter...O fim do camarote de Daniela Mercury pode ser a ponta de um iceberg que esconde dificuldades da indústria do carnaval baiano. A falta de apoio estatal foi um dos motivos que levou a cantora a decidir pôr fim em 18 anos de história. Além disso, ela destacou a crise mundial e os grandes eventos esportivos que o país recebe nos próximos anos como obstáculos para a capitação de cerca de R$ 7 milhões,necessários para a manutenção daquele que foi o primeiro camarote do carnaval baiano.Daniela não fala diretamente em crise, mas acredita que é chegada a hora de os artistas, assim como toda a indústria de entretenimento da Bahia ter um "papo tête-à-tête", para começarem a alcançar o respeito que merecem. "Fazemos um trabalho que vem promovendo a Bahia de uma maneira que nenhum outro setor da economia pode fazer. No entanto, dependemos quase que exclusivamente dos recursos privados, que estão cada dia mais difíceis. Temos que debater essa questão para que eu não seja a primeira de uma lista de muitos que deixam de investir no carnaval" Segundo a cantora, o investimento que a Prefeitura faz no carnaval, basicamente na estrutura, é muito pequeno frente ao que ela ganha com o poder de atração do conteúdo da festa que fica por conta dos artistas. "Desde o Canto da Cidade, Salvador passou a receber cerca de 500 mil turistas todos os anos, crescendo ao ponto de alcançar os dois milhões. Temos as tarifas aéreas e uma as diárias de hotéis mais caras do mundo, nesse período. Ou seja, os lucros para muitos setores são grandes, mas o artista, que é o responsável principal, não é valorizado"Segundo Daniela Mercury, a situação pela qual passa como empresária no carnaval de Salvador é a mesma que muitos outros artistas baianos que investem na festa. "Como somos artista de Axé, que significa alegria, muitos de nós não querem mostrar o outro lado desse mundo. Muitos não querem assumir que passam também por dificuldades", afirmou.