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Deputado Ricardo Salles expõe covardia vergonhosa de militares, ‘juristas’ e senadores: ‘é evidente que aquilo não foi golpe’
O deputado Ricardo Salles fez um duro discurso ao participar da audiência pública sobre a situação dos presos políticos do ministro Alexandre de Moraes, do STF, na Comissão de Segurança Pública do Senado. Ele lamentou profundamente o papel dos militares, dos autointitulados juristas - que ele classificou como juristas com ‘j’ minúsculo, e dos políticos, em especial dos senadores.
Ricardo Salles disse: “os primeiros que me envergonham são os militares deste país, que assistiram a tudo isso calados, sob o comando daquele General Dutra, deslumbrado, que se prestou ao vergonhoso papel de cercar pessoas inocentes na porta dos quartéis e encaminhá-los, fazendo de conta que estava protegendo essas pessoas, mas estava, na verdade, arregimentando as pessoas - já combinado à época com o então Ministro da Justiça Flávio Dino e com o Presidente Lula, que fez o General ficar inebriado por ter falado ao telefone -, arregimentou essas pessoas, iludiu essas pessoas, cometeu o crime de perfídia, o que, se nós tivéssemos uma Justiça Militar séria, faria julgar este General Dutra pelo crime de perfídia - e encaminhou essas pessoas para a prisão”.
O deputado lembrou: “Não se dá golpe em feriado, com os prédios vazios; não se dá golpe com as pessoas desarmadas. Então, é evidente que aquilo não foi golpe. Mas, independentemente de ter sido ou não tentativa de golpe, o que os militares fizeram no 8 de janeiro, em permitir que se levassem essas pessoas presas e de emboscar essas pessoas na porta do quartel, foi de uma covardia sem tamanho”
Salles apontou que, na história do Brasil, houve diversos processos revolucionários e também rebeliões, todos seguidos por processos de anistia. Ele contrastou: “o que nós vemos hoje é um Presidente que se elegeu dizendo que ia pacificar o Brasil, que o amor voltou, que o Brasil voltou; que a direita é que era truculenta, a direita é que era promotora de ações contrárias ao Estado democrático de direito, às liberdades individuais, etc. Mas o que nós estamos vendo é exatamente o oposto: aqueles que pregavam o amor praticam o ódio, a vingança, o desrespeito ao devido processo legal, ao contraditório, à ampla defesa. Eles vêm praticando isso de maneira reiterada”.
O deputado lembrou que muitas das lideranças da esquerda brasileira se beneficiaram de uma anistia, e também que foram ajudados, na época em que praticavam crimes e eram perseguidos, por juristas que tinham noções de Direito, de decência e de justiça. Salles disse: “naquela época, os juristas com J maiúsculo do Brasil, mesmo aqueles que não eram de esquerda - muitos eram de direita, muitos eram, inclusive, ministros do Supremo Tribunal Federal à época, muitos eram Senadores -, se insurgiam contra os abusos e procuravam defender aqueles que estavam sendo, de certa forma, perseguidos.
Ainda que tivessem praticado algum crime, havia uma certa compaixão pelo ser humano, havia uma certa condescendência para com as famílias, mesmo em relação àqueles que estavam presos porque fizeram alguma coisa durante aquele regime de 1964”.
Salles lembrou que os presos políticos da época pediram ajuda a pessoas que não tinham qualquer alinhamento ideológico com elas, e disse: “E essas pessoas eram ajudadas. Tantos não foram aqueles que foram libertados durante o regime, porque foram ajudados por outros que não eram de esquerda, não eram do seu grupo político, mas não se alinhavam com a injustiça (...) E essas pessoas foram ajudadas, muitas delas se tornaram, inclusive, depois, Parlamentares”.
O deputado lamentou o silêncio dos ‘juristas’. Ele disse: “Quando foi para vocês defenderem o pessoal da esquerda, vocês mostravam todo o seu conhecimento jurídico e a sua indignação. Agora vocês não falam nada. Magistrados não falam nada. Membros do Ministério Público não falam nada. A OAB - dá vergonha ver a minha entidade, a que eu sou obrigado a ficar filiado, porque, se não fosse, já tinha me desfiliado - não fala nada. Essas pessoas não falam absolutamente nada do que deve e precisa ser falado, da forma séria, correta, objetiva e incisiva, como deve ser falado”.
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