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"Domingo no parque" é uma obra musical, poética e literária que marcou a década de 60 com suas novas propostas artísticas tropicalistas.
Neste vídeo, em parceria com o professor e sociólogo Luis Fernando, iremos debater acerca da letra, interpretações possíveis, análise estrutural e musical desse texto que é rico em expressividade.
A ideia de produzir esta música era montar algo diferente, partindo de elementos regionais, baianos, para o festival da TV Record (1967): esse era o projeto de Gil ao começar a pensar a canção.
“Daí a ideia”, conta ele, “de usar um toque de berimbau, de roda de capoeira, como numa cantiga folclórica. O início da melodia e da letra da música já é tirado desses modos. Com a caracterização do capoeirista e do feirante como personagens, eu já tinha os elementos nítidos para começar a criação da história.”
“Algumas pessoas pensam que rima é só ornamento, mas a rima descortina paisagens e universos incríveis; de repente, você se depara no lugar mais absurdo. Eu, que a procuro primeiro na cabeça, no alfabeto interno - mas também vou ao dicionário -, vejo três fatores simultâneos determinantes para a escolha da rima: além do som, o sentido e o necessário deslocamento.
“Em Domingo no Parque, pra rimar com ‘sumiu’, eu cheguei à Boca do Rio (bairro de Salvador). E quando eu pensei na Boca do Rio, me veio um parque de diversões que eu tinha visto, não sei quantos anos antes, instalado lá, e que, desde então, identificava a Boca do Rio pra mim: desde aquele dia, a lembrança do lugar vinha sempre junto com a roda gigante que eu tinha visto lá. Aí eu quis usar o termo e anotei, lateralmente, no papel: ‘roda gigante’. Ela ia ter que vir pra história de alguma maneira, em instantes." (Gilberto Gil)
Vídeos interessantes que serviram como fonte:
Gilberto Gil falando de domingo no parque:
• Série MPB&Jazz 2012 - ...
• "Domingo no Parque" - ...
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