Doutorado em matemática: Brasil X França

[@Corredephd]

Que mesa bonita 👀

[@Vida.Matematico]

A mesa faz toda diferença pra fazer matemática né?

[@gabrielvargas5668]

É inacreditável o quanto o Brasil é projetado para ser um país subdesenvolvido com economia primária e exportador de commodities. É preciso lutar pela profissionalização da pesquisa acadêmica aqui, tem que ser um trabalho, com direitos trabalhistas e previdenciários, como é nos países desenvolvidos.

[@Vida.Matematico]

Irmão, concordo contigo em gênero número e grau. Agora o que eu sinto que posso fazer é estar aqui na França, aprender com esses exemplos e conquistar meu espaço como acadêmico pra um dia ajudar a mudar isso no Brasil. Obrigado pelo apoio!

[@brunactfernandes]

Adorei, conta um pouco da sua trajetória desde a graduação até o doutorado ❤

[@Vida.Matematico]

Oi Bruna, obrigado pelo carinho, pode deixar que está nos planos hehe

[@danilowaismannlosito1772]

Boa demais. Aqui no Brasil tenho muitos amigos com dúvidas em como ir pra fora, e como funciona. Muitos matemáticos. Você é show João

[@Vida.Matematico]

Oi meu querido! Obrigado pelo carinho! Tmj

[@eduardocardoso1121]

Muito louco isso de ter um contrato de trabalho, faz todo sentido e também acho que torna a cobrança muito mais justa.

[@Vida.Matematico]

Eu acho que isso melhora também a produtividade acadêmica, por que a gente incorpora mesmo que é um trabalho como qualquer outro e daí, eu pelo menos, me senti mais disciplinado com minhas horas dedicadas à pesquisa.

[@_jampa]

Mais um pra coleção de inspirações matemáticas!

[@Vida.Matematico]

Que honra!

[@danielmenezes9922]

Fala irmão, ganhou mais um inscrito Sou aluno de graduação em física pela UFF e estava pesquisando países que oferecem melhores condições de trabalho para pesqiosadores, pois aqui no Brasil não temos muitas perpesctivas positivas, pois desde o mestrado até o doutorado somos tratados como alunos, que vivem de bolsas que deveriam ser salário, e de valores baixos sem qualquer benefício como você disse que possui. Estava desanimado em continuar, mas o seu vídeo me mostrou que ainda existe esperança em continuar a vida acadêmica. Depois poderia fazer um video mostrando como conseguir um mestrado fora do Brasil e, se os salários são o suficiente para viver como pesquiador.

[@Vida.Matematico]

Fala meu amigo, está nos planos sim de fazer um vídeo assim! Enquanto isso, acabei de postar um vlog do meu dia a dia, talvez isso te interesse! Abraço e permaneça motivado, eu tinha a mesma angustia que você, se deu certo pra mim, vai dar pra ti também!

[@danielmenezes9922]

Aonde posso ver esse vlog?

[@Vida.Matematico]

@@danielmenezes9922 Aqui: kzbin.info/www/bejne/hn3Whph7l8iroNE

[@sabrinaassis5051]

👏👏👏

[@LUC4S.0000]

OLOKO, +1 inscrito!

[@Vida.Matematico]

Opa, bem vindo meu querido. Muito conteúdo bom por vir!

[@hyanngabriell]

Otimo video!!!, conta como foi sua historia, ficaria feliz em saber como foi seu ensino medio e entrada no IME

[@Vida.Matematico]

Obrigado pelo apoio! Pode deixar que esse vídeo está no forno!

[@arturcruvinelmontibeller9896]

Gostei, parabéns pela iniciativa! Precisamos de mais canais de matemáticos para matemáticos no youtube BR. Uma dúvida: por que você preferiu fazer mestrado na EMAP e não no IMPA? Se eu morasse no RJ, com certeza iria para o IMPA. Se bem que na EMAP também tem muitos professores ex-IMPA, né?

[@Vida.Matematico]

Opa! Muito obrigado pelo apoio. Eu não abordei tanto no vídeo sobre por que a EMAp. Eu tive o privilégio de frequentar as duas instituições, e no final das contas eu acabei preferindo a EMAp tanto por ter uma certa conveniência pra mim que estudava no IME, já que era bem mais fácil de chegar, mas também por que como estudante de engenharia eu fiquei mais interessado no perfil mais aplicado da EMAp. Além disso, a escolha foi muito motivada pela minha orientadora na EMAp, eu queria muito trabalhar com ela.

[@danielm2797]

@@Vida.Matematico Emap é mt top

[@aulasdematematicaefisica]

Infelizmente no tempo que fui admitido no master em Dijon num programa de fisica matematica que havia na Université de Bourgogne estava muito doente e nao pude ir (so fui me estabilizar apos muitos anos), foi a mais de 10 anos atras isso, a graduacao me arrebentou todo fisicamente e mentalmente naquele tempo. Como vc fez para aprender as disciplinas da graduacao da matematica como analise, geometria diferencial, topologia ... fazendo um curso de engenharia desses que tem uma cacetada de materias ? Para mim o sistema do Brasil é uma bosta, quase não tem bolsas e o cara tem 2 anos para fazer pesquisa durante um doutorado, o número de disciplinas num programa de matemática pura é excessiva, já na aplicada é melhor eles conseguem mais tempo para a pesquisa. O fato de ser bolsa, já faz com que o sujeito seja tratado como estudante, fora os direitos que ele perde que qualquer peão CLT tem. Vc sabe se na Alemanha tem esse mesmo sistema de contrato de trabalho ?

[@Vida.Matematico]

Sinto muito de ouvir que você teve uma experiência complicada na graduação e que não deram certo seus planos pra Dijon. A beleza da matematica é que a gente sempre pode apreciá-la e praticá-la. Na graduação eu acabei sacrificando muitos conteúdos de matemática que não eram diretamente relacionados à minha pesquisa, meu treinamento foi focado em análise e probabilidade. A ideia era fazer uma disciplina do mestrado em matematica por trimestre por 3 anos. Então deu pra aprender bastante coisa, mas claro que depois disso eu ainda tive muito trabalho pra preencher as minhas laculas. E tenho esse trabalho até hoje, ainda tem muita coisa que eu sinto que deveria saber, mas acho que é assim com todo mundo, já ouvi até professores falando que ainda estão preenchendo as lacunas. Sobre a Alemanha, sim eles tem um esquema parecida com contrato de trabalho e tudo. A diferença é a forma como eles se organizam internamente. Cada professor tem sua equipe uma verba para financiar a atividade de pesquisa, incluindo a contrataçao de doutorandos e pos docs.

[@aulasdematematicaefisica]

@@Vida.Matematico não somente a graduação dei bastante azar, meu orientador de doutorado teve infarto e avc, fiquei sem orientador durante um tempo e ainda teve o tempo de ele se recuperar, voltar a andar, falar ... ele já faleceu e perdi meu melhor amigo também era prof de matemática na UFSCar mexia com física matemática e análise complexa, Ricardo Soares Vieira faleceu aos 38 anos, não consegui concluir o doutoramento, pois estava sobre medicação e com esses problemas desandou muito mais, fiquei internado nesse período foram dois trancamentos seguidos e após o segundo trancamento automaticamente desligado do programa. Eu sou a favor que toda universidade deveria seguir o modelo de UFABC, vc somente escolhe o curso após o ciclo básico, evita transferências, cancelamentos ... e gasto público no geral, essa decisão de escolher o curso antes de entrar, mesmo que vc tenha alguma "certeza" acho muito ruim, a grande maioria não tem nenhuma noção das áreas em si, mas experimentando um pouco pode tomar uma decisão mais acertada.

[@M4th3www]

Vc já sabia francês quando foi para aí?

[@Vida.Matematico]

Cara, eu fiz um intercâmbio/estágio (pq me pagavam) na França durante a graduação. Quando cheguei não sabia nada, mas dei um gás e em 3 meses eu aprendi bastante, conseguia manter uma conversa simples. Voltando eu decidi que queria fazer meu doutorado aqui e tive aulas particulares de francês 1 vez por semana por um período, não fui muito regular com isso. Acabei chegando aqui pro mestrado com nível A2, talvez querendo chegar no B1. Daí fui aprendendo com as aulas oferecidas gratuitamente pela universidade, com o dia a dia e principalmente lendo!

[@M4th3www]

@@Vida.Matematico que maneiro! Sua história é bem inspiradora pra mim, já que eu faço economia na fgv, mas depois de cursar análise na emap e no impa (e simplesmente me apaixonar pela matéria) estou pensando em fazer um mestrado em matemática