Duna (Lore) - A TRAGÉDIA de Paul Atreides (Spoilers)

[@DylanBruno0306]

No filme, quando ele é avisado q as casas maiores iriam atacar e ele mandou que os enviasse para o paraiso, é notável sua expressão de tristeza e junto com a música Kiss the Ring (tragam um oscar para Hans Zimmer) foi total CINEMA!

[@moniquepinheiro1991]

Eu fiquei surpresa com essa resenha sobre o Paul. Nos livros eu tinha sempre essa sensação de que ele parecia desanimado pelas escolhas que tinha que fazer, pela vida que levou ...nem os filhos ele pode ter controle...achei trágico ele ter ficado cego, enfim. Parece que não sabemos realmente quem é Paul, somente o que fizeram dele

[@danieltanan873]

Você tá certa, Paul era uma espécie de prisioneiro das responsabilidades que recaíram sobre ele e a todo momento ele procurava algum meio de escapar e lamentava seu destino. Muito obrigado pelo comentário!

[@gabriellaferreira1072]

Perfeito comentário, nós nunca saberemos quem é Paul, pois foi um produto muito maculado pelas decisões de outros

[@Felix-kn9se]

vendo os filmes e lendo o 1 livro , a gente fica empolgado vendo o paul se transformar no lisan mas só depois dá pra enxergar a tristeza que tem sua historia desde sempre ele se acha um monstro e segue um caminho que ele não tem poder de decisão , aonde suas vontades não existem e sua vida lhe foi roubada

[@danieltanan873]

Sim. Depois que você enxerga a verdadeira natureza da história, não consegue mais ver de outro jeito.

[@silver6302]

@@danieltanan873 não sei se vale a pena comentar sobre o filme em outro vídeo, as cenas onde está presente o ponto de vista do autor. Acho que a Chani do atual filme é quase um eu lírico do Frank Hebert.

[@danieltanan873]

Olá, talvez sim. No vídeo que eu fiz sobre a parte 2, na conversa com o Klopper, eu disse que tinha gostado da Chani no filme, por ela estar representando todas as pessoas que depois se revoltam contra Muad'Dib e os Atreides, algo que está nos livros também e de fato ela diz coisas que o Herbert diria mais diretamente se fosse inserido diretamente na história, apesar de eu achar uma mudança um pouco estranha pois é muito diferente da Chani dos livros que era a personagem que mais apoiou o Paul em tudo que ele fazia. Eu já posso falar um pouco do que eu acho agora comentando para você. Eu acho que a Chani deve retornar para o Paul em algum momento, não acho que o Villeneuve vá deixar de ter a oportunidade de deixar ponta solta para o surgimento de Leto II (apesar de ele nunca falar que tenha interesse em adaptar Filhos de Duna, talvez deixe para outro diretor). Eu tenho uma pista de como a Chani pode voltar para o Paul no próximo filme, claro que é uma teoria minha e não temho certeza. Os filmes usaram muito a imagem do eclipse no marketing. O único lugar em que se fala de um eclipse nos livros de Duna é no livro Winds of Dune, em qua Paul explica essa era de trevas do jihad e sua intenção com ele através do simbolismo do eclipse, vou colocar o trecho para você. “I have had many visions that guide my course, some after great consumption of melange, others through dreams. I took my name from the desert mouse, the muad’dib, the shape of the shadow on the second moon-and in many visions I have seen the moon, and shadows, growing dark . . . maybe eclipsed.” His voice trailed off, then he shook his head. “But that does not mean that all light is lost from that moon, or that my life has no purpose. Though caught inextricably in my own destiny, I will teach a lesson for all time, showing by example the danger of falling into the myth of the charismatic leader, the mistaken belief that following a heroic figure will always lead humankind to utopia. Such a myth is mass insanity, and must be destroyed. The legacy I leave is that my personal, very human, flaws are amplified by the number of people who carry my banner into battle." (Winds of Dune) Neste livro, é a Lady Jessica que é convencida pelas Bene Gesserit que ele é uma abominação fora de controle e precisa ser assassinado. Jessica se encontra com Paul nesse intuito, até que ele explica o dilema que vive e ela retorna para o lado dele. Claro que no filme não tem como a Jessica tomar esse papel, pois em grande parte é ela que faz o imperador Muad'Dib no filme (até na linha dos livros isso é meio estranho, como eu disse, tenho ressalvas com esses livros do Brian e do Kevin). Creio que a Chani pode passar por algo parecido com isso no início do filme. Mas de novo, só a teoria que tenho agora... poderia talvez fazer um vídeo falando tudo isso também, quem sabe 😅.

[@thaisdasilva6539]

Conheci o universo de Duna através do seu canal e gostei muito. Paul não pode escolher a própria vida. Viveu uma verdadeira tragédia, pois nunca quis nada daquilo.Não concordava com o que foi projetado pra ele e tão pouco conseguiu evitar tudo aquilo. Seguiu um caminho muito difícil, que ele não aguentou trilhar e acabou se tornando o pregador que ia justamente contra tudo o que ele havia feito.

[@grayz1n]

Sim, a conversa dele com o Leto em Filhos de Duna mostra muita coisa, inclusive como ele mesmo depois de fazer o Jihad caso fosse seguir o caminho dourado teria que fazer algo ainda pior, tanto que se permitiu ser cego e acabou por ir para o deserto depois de perder a presciencia com o nascimento dos gemeos

[@danieltanan873]

Muito bom, é justamente essa a tragédia do Paul. Obrigado pelo comentário!

[@thaisdasilva6539]

@@grayz1n Acho muito interessante como fica claro que ele não conseguiria fazer tudo o que fosse preciso para alcançar o caminho dourado. Bem diferente do Leto. Vejo que o preço pra alcançar o caminho dourado era árduo e quem o fizesse teria de abdicar de suas próprias vontades, fora as atrocidades que cometeria. Gostei muito desse universo, não fazia ideia de como ele é tão rico e mostra mostra muito sobre a mente humana. Além de abordar política, religião e questões existênciais.

[@G.-R.]

Eu tive essa sensação no filme. As bruxas (especialmente a mãe), os harkonem, as esperanças dos fremen… ele foi ficando sem mais escolhas a não ser fazer o que ele foi predestinado a fazer. Tanto poder e não poder escolher o rumo da própria vida…

[@alexnmendes]

mas as beni gesserit a gente não são bruxas, isso é algo do que elas são acusadas como forma pejorativa Apesar delas terem poderes de telepatia elas não conjuram em Cantos Nem fazem sacrifícios humanos a influência delas como é mostrada no filme é totalmente política inclusive parte da mitologia religiosa é criação delas ou seja daqui a 20 mil anos as fake News ainda vão existir

[@analisecriticasantiago3503]

Daniel, antecipando a vinda do terceiro filme O Messias de Duna, quero que voce faça uma resenha da Novel Paul of Dune de Brian Herbert, que foca na Jihad Fremen, história que fica entre os livros de Duna e Messias de Duna, em que Paul derrota as grandes casas, enquanto os Fremen conquistam a capital de Salusa Secundus! Seria épico, pois o Diretor não pode adaptar o livro de Messias de Duna sem focar na guerra santa exposta nessa novel! Seria épico para o canal.

[@danieltanan873]

Está bem, vou falar pra você um pouco agora respondendo no comentário. Eu tenho essa teoria que esse filme pode ser uma espécie de Poderoso Chefão 2 que alterne presente e passado e falei de Paul of Dune algumas vezes. No vídeo que eu fiz com o Klopper sobre Messias falamos um pouco e em algum lugar nos comentários desse vídeo eu falei sobre Winds of Dune(sequencia do Paul of Dune) quando alguém falou da Chani porque eu acho que talvez ele esteja querendo adaptar um pouco do que a Jessica faz naquele livro só que com a Chani (teoria minha). O que eu acho que o Villeneuve pode pegar do Paul of Dune é um pouco da trama da filha do Feyd Rautha, Marie Fenring (que pelo destaque que a Lady Fenring tem no Duna Parte 2, é quase certo que vai ter alguma coisa disso, talvez com uma atriz adulta para ter um embate com a Anya Taylor Joy, que se você leu o livro, essa personagem briga com a Alia). Outras cenas que devem aparecer são a do Paul indo lutar no jihad disfarçado de soldado, Paul destruindo a casa Thorvald (eles podem mudar o nome talvez, pra ele destruindo qualquer das casas com que ele entra em conflito). Outra coisa é a relação do Paul com Irulan que é um pouco expandida de forma interessante nesse livro (como a cena que o Paul chama Irulan para ver Kaitain destruída que é bem legal até). Na frente dos Tleilaxu talvez mostrem de alguma forma o Kwisatz Haderach que eles criaram, mas duvido que percam muito tempo com isso no filme, serviria mais para mostrar do que os Bene Tleilax são capazes. De resto acho que vai seguir bem a história de Messias de Duna (com algumas alterações) e acho que boa parte da linha de Paul of Dune (e talvez Winds of Dune) deve ser alterada para qualquer forma que eles desejem adaptar o jihad.

[@antoniorubem8638]

Mesmo eu não gostando tanto das sequências mas fico feliz que o autor terminou a história do jeito que queria mesmo tendo pessoas que não gostaram

[@danieltanan873]

Olá. Infelizmente ele não terminou, ele planejava mais um quando morreu, tanto é que Herdeiras termina com um gancho enorme. Apesar disso, ele continuou na linha narrativa que ele queria até o fim mesmo.

[@antoniorubem8638]

@@danieltanan873 Entendo e que eu não li herdeiras de Duna eu só li até hereges pq um amigo meu não tinha esse livro kkkkkkkk

[@analisecriticasantiago3503]

Sim o meu livro preferido também o Livro do Imperador deus de Duna, porque Leto II é o personagem mais complexo da obra, muito mais enigmático que seu pai, e tem outros aspectos que o tornam um personagem mais intrigante é que só ele tinha a capacidade de criar especiaria, o que levou a galáxia numa crise fudida, o que só aumentou ainda mais a imponência dele como governante e causando uma dispersão maior que a guerra do Paul!

[@coach.nandalimamaia]

5:56 quando leio isso só me dá tristeza. De uns pra cá eu vi amigos e familiares se tornarem adoradores de figuras políticas e religiosas ou ambas e se tornarem tão cegas e bitoladas que não falam de outra coisa, querem apenas te convencer a se tornar mais um deles. Eles esqueceram do mundo, só vivem dentro dos grupos de whatsapp que parecem seitas propagando seus discursos, ideias, odio, mentiras... Eu só sinto tristeza em constatar o mesmo que Paul: isso diminui o homem; o amigo se tornou um adorador. Que triste.

[@grayz1n]

Boa noite Dan, depois de ler Filhos de Duna consegui ter uma ideia muito mais ampla do que o Paul realmente é, quando somente assisti os filmes, da pra se ter uma ideia de que é uma história de um herói, como muita gente tbm teve, vide vários videos do youtube dizendo que Duna Pt2 é um filme anti-woke sobre um salvador masculino religioso, quando na verdade é uma crítica a essa ideia de líderes e possíveis salvadores. Como o próprio Paul dedica sua segunda parte da vida como O Pregador a criticar seus próprios atos no passado, podemos ver que ele mesmo sempre soube disso...

[@danieltanan873]

Olá, você tá certo. Eu nem quis entrar em Filhos de Duna nesse vídeo para mostrar que essa ideia já estava presente desde o primeiro livro. Mas o pregador é justamente o Paul tentando "resgatar o mito" como ele mesmo diz. Mesmo esses novos filmes, se as pessoas prestarem atenção essa natureza do Paul já aparece e quando eu assisti eu vi isso ainda mais incisivamente do que no primeiro livro, como nessas cenas que usei de exemplo. Além de, é claro, termos a Chani da Zendaya, uma mudança que pode ser considerada questionável, mas que ajuda a apontar nessa direção. Você tá indo para o Imperador Deus agora, não é? É um livro que abre ainda mais a mente nessa questão, a noção de quem é o Paul e qual o papel dele neste universo e toda a questão do kwisatz haderach é construída a todo momento na saga, mesmo em Herdeiras de Duna, temos alguns detalhes a mais sobre o Paul e esse conflito que ele vivia a todo momento. Espero que goste das sequências!

[@grayz1n]

@@danieltanan873Sim, tô por volta da página 100 do Imperador Deus, por enquanto tô curtindo mesmo tendo visto um pessoal falando que é livro bem divisivo. Peguei o box das duas trilogias e já adorei a primeira 🙏🏻

[@silver6302]

@@grayz1n Não sei o que é pior o vídeo que vc citou ou as pessoas revoltadas com a Chani do filme pois apoiam o Lisam al Gaib. Só mostra que muita gente se rende fácil a esses fanatismos, ainda mais nos tempos atuais :p

[@levisilva3580]

Mas os dois filmes e Duna (livro) são uma perfeita jornada do herói, se a crítica do Herberty fosse tão clara ele não teria feito Messias e Filhos de Duna. Não dá pra interpretar que o cara é um falso messias, ditador, um vilão, que seja, baseado no que ele ainda não fez no livro e filme

[@levisilva3580]

​@@silver6302A revolta é mais por ela não ser como a personagem do livro

[@ferbolosedoces5993]

Encantada com seus vídeos, parabéns, está me ajudando a apreciar os livros de Duna. Estou no Imperador Deus de Duna, e acho que também vai ser meu livro favorito da saga.

[@DimitrisSilva]

Vídeo bom e necessário

[@GabrielMartins-tw2pq]

Tudo na historia é criado pelas Bene, depois que a profecia atingiu seu apice o Paul fica entre tomar as redeas e tentar chegar a algum ponto positivo depois do jihad ou deixar o jihad acontecer de forma ´´aleatoria``. No livro fica subentendido que se ele deixar de lado o jihad, irá vir uma guerra atomica e que acabaria com arrakis e a humanidade definharia no espaço. O erro de Paul que personifica sua tragedia é a Chani. Tudo que ele deixa de fazer pro bem do universo e que acaba com a paz dele é pq ele escolheu o amor, quando na verdade era ele que deveria ter sido o kwisatz fazendo o que Leto fez. No imperador deus fica nitido que na verdade o kwisatz é Leto, é ele que cumpre a profecia e conduz a humanidade para um futuro ´´melhor``. Outra coisa que eu acho bem escrito no segundo livro é a mudança na cultura fremen e o fato deles acharem ruim, sendo que o paul fez exatamente aquilo que eles pediram. Era obvio que uma cultura baseada no deserto iria mudar se nao existisse mais o deserto. É igual os imigrantes que reclamam que seus filhos nao seguem os caminhos tradicionais culturais de sua origem sendo que os pais só tiverem isso pq estavam inseridos naquela cultura, a mudança de contexto gera mudança de cultura. Isso é muito bem escrito na parte em que leto diz pro Stilgar que as garotas estao bonitas esse ano e partir disso o Stilgar aceita e entende a mudança de cultura que os fremen estao passando. O livro mostra que dando aquilo que as pessoas querem, elas te dao poder, mas que pode ser retirado quando elas querem outra coisa.

[@danieltanan873]

Nossa, muito bom seu comentário. O próximo vídeo que estou planejando é justamente sobre a tragédia dos Fremen que segue essa tragédia do Paul. Só tem uma coisa, o Kwisatz Haderach não é uma pessoa só, tanto o Leto quanto o Paul o são. Vamos lembrar que até os Bene Tleilax criaram um através de manipulação genética. É uma teoria minha mas creio que um dos principais fatores que faz a compreensão de Leto do caminho dourado ser "melhor" que a do Paul é o fato de que ele possui a outra memória e a presciência desde o ventre.

[@heltonjorge5877]

Vídeo novuu😍🍷

[@quartzoclockstudios]

Eu sinceramente, não gostei muito do que aconteceu com Paul Atraides em Duna. acredito que a mensagem do Frank Herbert era mais importante. mais po... precisava exagera neste nivel? porque que isso não poderia acontecer com outro personagem? fora uqe a uma lacuna enorme entre o primeiro e segundo livro. acredito que essa decisao foi tomada por ele para nao exaltar guerras. mais mesmo assim. eu sinto muita pena do Paul. Tomara que isso mude nos filmes. deixando essa frustaçao de lado, estou adorando o conteudo do seu canal. muito obrigado por existir.

[@grayz1n]

Eu sinto um pouco de pena do Paul em si, ele teve seu destindo traçado sem escolhas, o Jihad viria de qualquer jeito caso ele conseguisse sobreviver, mas pelo menos ele nao virou uma minhoca kkk

[@jecksantos-rp6zu]

Vídeo foda ganhou um inscrito

[@nilsonrodriguesgomes4589]

No próprio filme Duna - parte 2, Paul fala a Gurney Halleck, que amigos se transformaram em adoradores...

[@danieltanan873]

Sim, é uma boa cena. No livro ele se refere mais diretamente ao Stilgar e no filme a todos os seus companheiros fremen.

[@nilsonrodriguesgomes4589]

Tiveram que adaptar muita coisa dos livros para dar mais dinamismo as cenas...

[@nilsonrodriguesgomes4589]

O Paulo Atreides mantando o barão no lugar da sua irmã deu mais peso a história...

[@silver6302]

​@@nilsonrodriguesgomes4589 único problema _(pra mim)_ foi ele tomar o lugar da irmã na questão da abominação na visão das Bene Gesserit. Mas isso não chega a ser um problema já que a reverenda mãe nunca aceitou a ascensão do Paul.

[@curiosomotivacional]

Mas Daniel, qual o grande perigo que Paul e Leto II tentam impedir?

[@levisilva3580]

Não há má interpretação, os filmes adaptaram apenas o primeiro livro, Duna é a perfeita jornada do herói e por conta disso o Herberty fez Messias de Duna. Por conta disso tenho ctz que o próximo filme não terá o mesmo sucesso de Duna parte 2

[@PauloMello-vd8bk]

Está distante do leviantã, é um arquétipo acerca do tratado constitucional e da figura do estado, perspectiva Republicana. Paul é um autocrata, o que está distante da filosofia do hobbes. continue com os vídeos, São incríveis

[@danieltanan873]

Muito Obrigado. Eu acho que a figura do Leviatã como o Hobbes descreve (estou ciente de que ele fala do Estado como um todo) se aproxima ainda mais de Leto II. Em certa parte de O Leviatã, ele o descreve como um "Deus Mortal" que é exatamente a percepção que nós como leitores temos do Leto II. As pessoas em Duna enquanto ele está no poder já não tem tanta certeza se ele seria ou não mortal, pois muitos tentaram assassiná-lo e ele continua vivo, além do mais vivendo milhares de anos. E também a aparência de Leto II, que é um híbrido de verme gigante (criatura que já foi chamada de Leviatã do Deserto em Messias de Duna) e humano, me faz pensar que passou pela mente do Frank Herbert o Thomas Hobbes enquanto ele estava escrevendo. Isso pode ser atribuído em menor proporção ao Paul que também centralizou o poder e foi deificado. Eu compreendo que o Hobbes falava de "pactos recíprocos para a aquisição de poder" e o Paul toma o poder a força para tornar-se imperador, eis a maior diferença. No entanto, pelas outras semelhanças, achei pertinente essa inclusão no vídeo. Também tem a questão do Hobbes insistir que é necessário escapar do que ele chama de "Estado de Natureza". É parecido com o conflito animal/humano que as Bene Gesserit falam. Quem traria uma mudança definitiva para guiar a humanidade para longe desse conflito, segundo elas, seria o Kwisatz Haderach (vulgo Paul e Leto II). Claro que também tem toda a questão de o Kwisatz Haderach não ser exatamente o que elas esperavam.

[@GabrielMartins-tw2pq]

Daniel, vc poderia fazer um video sobras as oradoras peixes e suas implicaçoes filosoficas. Eu nao entendi muito bom as questao sexuais sobre elas e pq o Frank da tanta enfase nesse aspecto.

[@danieltanan873]

Rapaz... você tá querendo que eu seja cancelado. Haba, brincadeira. O que acontece é que as pessoas falavam de sexualidade de uma forma diferente nessa época. Se bem que o Frank Herbert já se metia em algumas enrascadas por causa de como ele representou a homossexualidade do Barão, por exemplo. Falando a real, o Frank tinha uma ideia um tanto conservadora quanto a esse aspecto. Para ele, tudo se resume às diferenças intríssecas entre homens e mulheres. O capítulo em que Moneo e Idaho discutem a questão explicita bem isso, em resumo, Leto II acredita que um exército masculino tem mais chances de se voltar contra a população do que um feminino.

[@GabrielMartins-tw2pq]

@@danieltanan873 Entao, minha duvida vem exatamente desse dialogo, eu entendi oque eles disseram, mas nao entendi pq o autor deu tanta enfase nessa questao. Uma hora é exercito de homem que tende a homosexualismo e depois é oradora peixe sendo homossexual kkkkkkkk

[@pedror5830]

Grande personagem "Póu"

[@claudiocazes3672]

Então o resumo do resumo O futuro da Terra? Daqui a 10.000 anos.

[@brunoricardo9948]

Então Paul, foi tecnicamente uma ferramenta nas mãos de qualquer um que tinha uma espécie de influencia sobre ele

[@felipedasilvaoliveira6511]

Para quem assistiu atack on titans o Paul inspirou o Eren quando ele descobriu tudo .

[@danieltanan873]

Muita gente tem comparado o Paul com o Eren, realmente eles tem dilemas parecidos e caem na mesma categoria de personagens. Eu não tenho certeza se o Isayama realmente leu Duna, mas isso é interessante. Eu já pensei em fazer um vídeo sobre Atrack on Titan que assim como Duna tem muita referencia a mitos, política e história real que tem muita gente que não pega, mas acabei desistindo. Talvez um dia eu vomte com a ideia 😅.

[@Nyck_444]

Finalmente alguém falando disso. Tenho certeza que Isayama já leu Duna, porque as semelhanças são assustadoras. Toda a desconstrução do herói, os poderes que cada um possuem e a forma que isso os leva a tomar as decisões que tomaram, são muito parecidas.

[@castelomania3083]

esse povo só vê o que quer... algo bem similar a vida real... e muito bem representado por uns personagens.

[@danieltanan873]

Verdade, são os Stilgars da vida. Se bem que tem uma hora que o Stilgar acorda nos livros, algumas pessoas vivem na ilusão para sempre. Tenho que dizer que gostei da referência a Castlevania no seu nome de perfil e na foto, também gosto bastante.

[@PauloMello-vd8bk]

Dou crédito na teoria cerca de paul ser uma tragédia ser secundário ou em simbiose com o problema primário: POLÍTICAs e GOVERNOS IMPERIALISTAS; AUTOCRACIA RELIGIOSA.

[@cleberrenato429]

😂❤Z Video🤗novo😍🍷

[@LeonardoR0cha012]

Única coisa que me pegou aí na sua citação toda foi de querer da uma lacradinha com white Savior . Desnecessário, quem achou isso só sendo doente , filme fica claro na visão que ele tem , o menino pede socorro pelo que está por vir então no mínimo quem acha que o poul é Deus e tudo mais e desonesto pra não dizer outra coisa .

[@mestrekarinho]

Boa análise, agora sobre o Frank Hebert, não procurei sobre a vida dele nem nada, mas certos momentos me passa uma vibe muito conservadora, não essa onda ai de extrema direita que se diz conversadora mas é só facho mesmo, mas o sentido político mais tradicional do conservadorismo Sei lá, eu essa impressão

[@danieltanan873]

Eu não sou nenhum especialista em ciência política, mas vou me arriscar a responder seu comentário. Foi bom você ter dito no sentido tradicional do conservadorismo porque eu acredito que o que temos hoje é uma distorção da sua concepção original. Podemos dizer que o Herbert era até certo ponto porque o conservadorismo também prezava pelo ceticismo político que ele tenta nos passar com sua história sobre o "perigo dos líderes carismáticos". Mas o liberalismo também é assim, até nas suas variações mais radicais como o anarcocapitalismo e tal. O próprio filho do Frank, o Brian Herbert dizia que era difícil colocar seu pai em uma caixinha política pois ao mesmo tempo que ele dizia ser republicano, ele era um dos escritores que mais criticou a guerra do Vietnã na época e também mais tarde, desaprovou o presidente Ronald Reagan deste mesmo partido. Em Duna, com a lição do Caminho Dourado que faria a humanidade ficar traumatizada com um tirano que possuíria os poderes equivalentes aos de um Deus, forçando-a a se dispersar e se multiplicar de formas não apenas genéticas, mas culturais e segundo o Leto II, seria o único caminho para salvar a humanidade, ele parece defender uma ideia de liberalismo que beira sua versão mais anárquica. Só que, para fechar meu argumento, em Imperador Deus de Duna ele utiliza o mesmo Leto II (que muitas vezes ele usa como Eu Lírico) para criticar tanto o liberalismo quanto o conservadorismo, veja: "Safáris através de minhas memórias ancestrais me ensinam muitas coisas. Os padrões, ahhh, os padrões. Liberais intolerantes são aqueles que mais me importunam. Não confio nos extremos. Encoste um dedo em um conservador e você encontrará alguém que prefere o passado a qualquer futuro. Encoste um dedo em um liberal e encontre um aristocrata enrustido. É verdade! Governos liberais sempre se desdobram em aristocracias. As burocracias traem as verdadeiras intenções do povo que forma tais governos. Logo no princípio, as pessoas comuns que formaram os governos que prometeram equalizar os encargos sociais encontram-se, de súbito, nas mãos das aristocracias burocratas. Naturalmente, todas as burocracias seguem esse padrão, mas quanta hipocrisia é encontrar algo assim até sob uma bandeira comunizada. Ahhh, pois bem, se os padrões me ensinam algo é que os padrões se repetem. Minhas opressões, no todo, não são piores do que as outras e, pelo menos, ensino uma nova lição." (Imperador Deus de Duna) Ainda tem toda a questão dele ficar dizendo quase o tempo todo nos livros que mudar é necessário, mesmo no nível de tradição, o que não encaixa muito na visão conservadora de mundo, digamos que está mais próximo do idealismo político. E sobre o liberalismo, Hereges e Herdeiras continua criticando os resultados desse "Caminho Dourado" de Leto que provam ser ainda desastrosos. Por Duna é difícil dizer porque ele critica tudo e todos, mas isso é porque ele quer deixar aberto para que reflitamos e pensemos por nós mesmos qual seria esse melhor caminho. E será que existe mesmo melhor caminho?

[@mestrekarinho]

@@danieltanan873 ótimo contraponto. Na fala do Leto só fica importante frisar que o liberal pro americano pode ser diferente para nós aqui né, o mais "esquerda" da política lá é nosso no máximo centrista rs

[@danieltanan873]

É verdade, tanto é que ele fala de extremos. Vou colocar outro trecho sobre conservadorismo para você, agora de Herdeiras de Duna: "Torne-se conservadora demais e não estará preparada para surpresas. Fora isso que Muad’Dib as havia ensinado, e seu filho Tirano havia tornado essa lição inesquecível para todo o sempre." (Herdeiras de Duna)

[@cleberrenato429]

❤.BRODHER❤

[@andreytrcunha]

Os filmes de Duna só me confirmou que a religião e política é a mesma coisa 😮

[@danieltanan873]

Religião pode ser instrumentalizada pela política, especialmente nesse universo de Duna, na época dos Atreides, onde eles usam um modelo próximo a teocracia faraônica do Egito. Você pode observar esse jogo político mesmo aqui no Brasil dos dias de hoje que se diz um país laico, mas a maioria da população ainda é religiosa e não é raro você ver políticos fazendo campamhas em igrejas e outras instituições religiosas.

[@mariamarques8879]

Com certeza tds eles só procuram o poder. Quando ontem não sabem como controlar.

[@mariamarques8879]

Vc já falou da irmã dele?

[@danieltanan873]

Falei no vídeo sobre a Abominação.

[@andersonlprado1]

Eu não sei, pelo que vi a respeito da historia de Duna, td me parece meio sem sentido. Me faz pensar que o drama seria o da "responsabilidade". Pelo que eu entendi, os problemas iriam acontecer, me parece que o problema do Paul seria segurar o fardo e isso não é tão grave tendo em vista as circunstancias. Talvez o problema seria Ou algo intimista, digo, o personagem colocar para fora o drama interno OU o personagem seria ""fraco de psicológico"" (aspas duplas rsrs), isso pq não aguentar o fardo. Tipo a coisa de ter necessariamente um omelete, mas não querer quebrar os ovos. Tipo, se algo vai acontecer e/ou seria pior do que com vc comandando, não tem pq vc se recriminar muito. Seria quase como uma crise existencial que todos os humanos vivem ou irão viver. Eu acho que o criador deve ter colocado problemas sentido na obra, fora que, pelo que percebi, ele escreveu em momentos distintos da vida, então normal a transformação e/ou mudança de rumos. Qualquer historia ja seria passível de mudanças e/ou varias interpretações, mas se for historia a longo prazo seria pior. Os autores envelhecem, mudam, no mundo ocorrem transformações ou eventos fortes que marcam as pessoas etc etc Eu entendo os problemas da obra e o problema que as pessoas tem com ela (serve para N outras obras rsrs). Eu não tive quase nenhum contato com os livros, o autor não é um dos meus favoritos, so que vou ler todos eles depois. Eu estou falando com base em pesquisa, não dedicada, mas longa ate a respeito do universo de Duna. E o básico audiovisual, filmes, serie, video do filme nao feito etc

[@danieltanan873]

Olá. Você está certo sobre a história ser sobre responsabilidade, mas quanto a não fazer sentido... Bom, tem algumas nuances a considerar para responder esse seu comentário. Desde o início Paul não foi criado para ser um herói ideal, algo que várias pessoas teimam a interpretar até hoje. Os livros posteriores iriam apontar de forma mais incisiva os erros dele e das Bene Gesserit que o conceberam (de forma acidental, mas ainda assim...). Herbert queria alertar aos perigos dos líderes carismáticos cujas decisões afetam as vidas de milhares de indivíduos e assim ele continuou a fazer, até pelo menos o quarto livro. A crise existencial de fato alguns dos personagens em Duna passam. No caso do Paul, ele foi ensinado pelo pai a ser um líder benevolente, as circunstancias o colocaram em outra posição, ele sofre por isso. Paul sempre procura uma maneira de parar o jihad no primeiro livro, até descobrir que não era possível. No livro seguinte, ele passa por uma situação parecida em relação a sua visão. Tal coisa é frustrante. Sem contar que de fato ele sente o peso da morte de inocentes no jihad e se recrimina por isso. O Imperador Deus passa por um conflito parecido depois em relação a responsabilidade que ele escolheu tomar para si. Acho válido termos personagens que sentem o peso de suas ações, isso acrescenta a concepção trágica que o autor quer trazer. Esses líderes, Paul e o Imperador Deus diziam que trariam um futuro melhor para a humanidade, os livros 5 e 6 já mostram que os rumos tomados pelo Leto II para "salvar a humanidade" são um tanto assustadores e isso corrobora a visão posta desde o primeiro livro, por isso não concordo com muitos que reclamam que o rumo dos livros tenha mudado tão dramaticamente, pelo menos tematicamente para mim é a mesma coisa. Já o tom e o estilo de cada livro e mesmo algumas pequenas discrepancias entre eles pode-se discutir que existem de fato, mas não são tão gritantes quanto se diz, quando se para para analizar a história como um todo, o que significa o tal "caminho dourado" e o que a história tenta passar.

[@andersonlprado1]

@@danieltanan873entendi ainda mais os seus pontos. Obrigado pela explicação.

[@tiagoreis651]

Rapaz o jeito que o Paul tem o fim dele é uma das coisas mais ant. clímax que já li na vida, o cara no auge dele relativamente novo, ficou cego, vou ali andar no deserto ate morre e virar um profeta e morrer aleatoriamente, pela importância dele pela história deveria ter morrido de uma maneira1000x melhor ou vivido de uma maneira pior pra historia e não pra ele.

[@danieltanan873]

Eu vejo as duas coisas como o Paul se libertando do que ele considera uma maldição... temos de lembrar também que o Paul estava de coração partido por não ter conseguido salvar a Chani, mais uma vez ele não conseguiu o que queria, mais uma vez ele não conseguiu mudar sua visão apesar de seus esforços... ele realmente queria morrer. E você veja ainda o simbolismo dele morrer pelas próprias mãos daqueles que o deificaram. Mas sentiu que ainda tinha uma obrigação como o pregador, mais uma tentativa de fazer as pessoas abrirem os olhos para a abominação que criaram em nome dele. E também ele morre como uma pessoa comum e não como um santo ou uma divindade, exatamente como queria. Eu entendo que algumas pessoas não gostam, mas acho esse arco todo do Paul muito interessante.

[@egonalencar8752]

No fim mesmo com um universo enorme e cheio de planetas. A mae de paul por se filha do barão poderia sim se imperatriz de duna e seu filho rei. O rei maior no caso se aliou com o pai dela pra.mata o genro e a filha. Paul venceu e é o legítimo imperador mor ou maior.

[@danieltanan873]

Olá. Paul é descendente direto dos Harkonnen e não dos Corrino, que são a família imperial. Tanto os Harkonnen quanto os Atreides só poderiam chegar ao trono usurpando-o. O Barão tinha em mente esse plano para ser executado assim que eliminasse os Atreides. Acabou que foi o Paul que fez isso.

[@rafasdw]

Nao entendi, esse video é sobre o filme ou o livro? Pq sao coisas dif, n adianta querer analisar o filme pelo livro... 04:41:OQ o pessoal NAO ENTENDE, é q o filme ja mostrou q ele ta se sacrificando pra libertar os fremen e se vingar... "Ain mas, o proximo filme" "ain mas, em messiah de duna" O proximo filme vai ser o proximo filme, esse teve começo, meio e fim... Sim é uma tragedia pelas visoes ficarem o atormentando e ele n querer a Jihad, a questao é q no filme mostra isso umas duas vezes, e ja era, nao é igual no livro onde cada decisao, faz com q ele sofra porq ele sabe q a Jihad ta mais perto... Mas, de novo, NO LIVRO... No filme ele libertou arrakis e os fremen, ELE FOI SIM O MESSIAS dos fremem...

[@danieltanan873]

No filme é a mesma coisa, cara, pelo menos no que concerne o Paul. Ele tá sofrendo o tempo todo quando pensa no futuro. Eu coloco as cenas do filme também para mostrar isso. Tanto no livro quanto no filme, Paul "liberta" os fremen para que eles conheçam um novo tipo de opressão. Vamos ver os filmes: O que a Chani diz no começo de Duna Parte 1? "Quem serão nossos próximos opressores?" Villeneuve o tempo todo tá tentando mostrar que ele tá indo pela mesma seara desde a primeira cena do filme. Tem a cena em que o Paul sofre com a visão do jihad, de novo, ele sabe que não é uma coisa boa desde o início. Na Parte 2 temos as seguintes cenas: "Coisas ruins acontecem porque eu ganho o controle" De novo, Paul sabe bem o futuro que ele tá guiando os fremen. "Meus amigos se tornaram seguidores". Apesar de no primeiro momento ele pensar que pode usar o fanatismo para se vingar, isso também o incomoda profundamente, no FILME assim como no LIVRO. Sem falar na cena final em que ele diz para guiarem as casas para o paraíso com a expressão mais triste possível. Você mesmo disse que o filme mostra isso duas vezes, eu listei aí quatro, contando com a parte 1, já é o suficiente para a gente entender... A verdadeira tragédia de Paul é que assim que ele se torna o Lisan al Gaib e depois o imperador Muad'Dib, as suas escolhas ficam limitadas e ele fica refém de um destino que ele próprio não queria. Depois não venha a estranhar o Messias de Duna se essa mensagem aparecer mais incisivamente porque é o que tudo indica e o porque que eu fiz esse vídeo.

[@danieltanan873]

Para complementar: Você diz que o filme tem começo, meio e fim. Não está errado, no entanto desde o lançamento do primeiro já se dizia que a intenção era fazer uma trilogia, com Messias de Duna integrando a história. Eu sei que você quer separar o livro do filme, mas entrando um pouco nos livros, o Herbert dizia que via os três primeiros livros como uma história só. Nos filmes, estão deixando Filhos de Duna um pouco de lado, mas sabendo o quanto Villeneuve respeita o Herbert como autor e sua intenção de incluir Messias, ele quer deixar ao menos os aspectos principais intactos. Temos então que ver estes capítulos como uma história só, essa é a intenção tanto do autor do livro quanto do diretor do filme. Você mesmo diz que percebeu duas cenas que apontam nessa direção, eu creio que tem um pouco mais, mas digamos que sejam apenas duas, por que elas estariam no filme, se não fosse para indicar alguma coisa? No caso elas servem para indicar que assim como no livro, a história deve ser questionada, Paul seria mesmo o escolhido? Os fremen são realmente libertos? Haverá um paraíso neste mundo? Haverá mesmo um bem maior? Perguntas que o Herbert incita no livro e que são respondidas nas sequências. Nos filmes vamos ter que aguardar, mas já vejo indicações que esse aspecto não será tão mudado. A "Chani" que muitos dizem que foi "lacração" no filme na verdade serviu quase como o próprio Herbert inserido na história. Coisas como "quer controlar as pessoas? Diga que um Messias está vindo" ou "Essa religião escraviza vocês" são algo que ele diria. Quanto a essa mudança eu estou um pouco dividido porque por um lado no livro ela é a personagem que mais apoiava o Paul e por outro, fico feliz que essas falas estejam incluídas no filme de modo mais direto. Caso seja e ele insista em dizer que o Paul é um verdadeiro Messias, eu volto a criticar que ele se desviou do principal aspecto da história. Mas estou confiante de que não vou precisar, por tudo isso que já apontei tanto no vídeo como nos comentários.

[@rafasdw]

Sim, o Paul é um heroi tragico, ele sabe q vai ter q fazer coisas ruins apos libertar os fremen, a questao é simples, NAO FOI ELE QUEM COMEÇOU A GUERRA, vc mesmo disse q a jihad iria acontecer mesmo sem ele... Voce sabe o pq a guerra era inevitavel? Alias,n sei pq o Autor ignora esse detalhe... Pq o imperador ESCOLHEU UM LADO, e arquitetou pra matar os Atraides, o equilibrio foi rompido, inclusive, ele se aliou com a PIOR CORJA EXISTENTE EM DUNA... "A Chani diz isso e aquilo"... Primeiro q no livro ela é diferentes do filme... No filme tentaram fazer uma feminista q fica fazendo birra... Ela é completamente hipocrita e ineficaz, no filme pois, os Harkonnen estao roubando e matando Fremen's a 80 anos e ela nao resolve (pelo menos nos anos de existencia dela) Entao, esse papinho dela, nao resolveu nada, ela julgar o Paul NAO RESOLVE NADA... Inclusive, pq ela fugiu fazendo birra se no livro ela é uma concubina e apoia o Paul? Ela quer ser tratada como adulta, ser levada a serio mas, ela age como criança...(nem as crianças de Arrakis agem dessa forma!!!) "Estranho" né!? É ironico, vc mesmo se refuta algumas vezes no video... 1° O Paul falando pro stilgar q nao da pra analisar só a curto prazo, q tem q levar em conta tbm o desenrolar a longo prazo, e vc mesmo diz q mais pra frente o Paul iria leva-los ao paraiso e ao caminho dourado mas, a curto prazo iria acontecer coisas ruins" 2°Voce fala do filme mas, tenta analisar baseando-se no messiah de duna, e no q o Autor do livro queria, como eu disse, NAO FAZ SENTIDO pois, o filme foi baseado no primeiro livro... 3° Vc mesmo diz q "varias pessoas interpretaram errado" Será mesmo? Oq o pessoal ta vendo na tela é q p Imperador acabou com o equilibrio pendendo pro lado do mal, tentou eliminar um duque bom e ta pouco se fud*ndo pra Arakkis... O Paul Só ta utilizando as ferramentas q ele tem pra salvar esse povo, se vingar como bonus e assumir a guerra q ja havia sido iniciada pelo imperador pendendo pra um lado Inclusive, as casas tbm estao erradas pois, alem dele vencer o outro herdeiro num duelo, ele tambem é herdeiro natural do trono, as casas n quererem-no como imperador É ERRO DELAS... E ele entender e se machucar com ter q ser dessa forma, só o torna mais digno disso!!! "Ain, voces nao entenderam Duna" "ain, na verdade duna é uma critica" "Ain, voces nao entenderam" N to dizendo q é voce, inclusive vc faz uma nota "a questao de, apos a obra ser lançada, ela nao pertence mais ao autor, mas parece uma arrogancia falar desa forma... Querendo o Frank OU NAO, obra boa é assim, ela cria vida propria... OQ me parece é q o pessoal quer empurrar goela a baixo na MARRA, q é pra interpretar de tal forma ou de outra forma e oq aconteceu com esse filme foi um EFEITO TROPA DE ELITE E MATRIX, simples assim!!! É isso, oq o filme TA DIZENDO, q oq o PAUL FEZ é oq funciona, o PAUL LIBERTOU DUNA!!!!

[@danieltanan873]

Tá, vamos lá. Não sei se o Frank ignora esse fato do imperador e dos Harkonnen, isso fica subentendido no texto. Vamos concordar que Paul "liberta os fremen", mas a que preço? Ele está feliz com isso? Essa é a questão. Os Corrino e os Harkonnen não são mais o problema, agora são os Atreides. Chani, por bem ou mal, percebe que as ações de Paul podem ter consequencias negativas e vocaliza isso diretamente, assim como a narração nos livros tenta nos fazer perceber. Agora vou responder as coisas que você me apontou. 1. Agora você tocou na questão dos livros. Não sei se você leu os seis, de fato há um Caminho Dourado, mas ele realmente salva a humanidade? Essa é uma questão deixada em aberto. Inclusive como vemos em Hereges e Herdeiras, a dispersão causada por Leto II cria novos problemas que permanecem sem resolução (nos livros do Herbert). Paul e Leto II creem que eles podem transformar esses rumos que eles tomaram em algo bom, mas paira a questão de quão bom seria isso. De novo, nada é tão simples em Duna, não há resolução fácil. Por isso também eu disse "PODE SER que venha algo positivo". 2. "O filme foi baseado no primeiro livro" Eu mostrei que essa questão está presente no primeiro livro e também nos dois filmes, só não vê quem não quer. Coloquei trechos do Messias para reforçar. E de novo, Messias é uma parte integral para a história tanto para o autor do livro, como para o diretor do filme. De qualquer forma vamos ter que voltar a discutir quando esse filme sair haha. 3. A questão do Messias é a mais importante para o Frank Herbert. Ele retorna a ela em todos os livros, fala dela em todas as entrevistas. Você disse que o Paul é um messias verdadeiro, o próprio Paul não acredita nisso, a consciência dele disso o atormenta. Herbert fala diversas vezes "cuidado com os líderes carismáticos, eles erram". No caso do Paul, existe uma máquina governamental, construída ao redor de sua figura, que limita as coisas que ele pode fazer, ele acaba se tornando uma espécie de marionete, de suas visões e dessa máquina e ele SABE disso. Vamos lembrar do filme, muito do que acontece e do rumo que o Paul toma é influenciado pela Jéssica e Alia que fizeram questão de cumprir a profecia. Algo que é diferente do livro pois Jessica não influencia diretamente as decisões de Paul daquela forma, que são mais circunstanciais. Chegamos então no ponto que discordamos mais, ao que parece. Eu menciono a teoria da Morte do Autor. Essa ideia aparece no livro do Roland Barthes de mesmo título que foi inspirado em algumas ideias do Foucault que também acreditava que o "autor" estava obsoleto. O que acontecia é que nos anos 1960 quando essa ideia foi divulgada existia um extremismo na crítica literária e também na de cinema, que incentivava as pessoas ao construir suas críticas procurando o intuito original do autor. Apesar de essa ideia ter tentado criar um contraponto ao extremismo do autor, acabou criando outro extremismo da interpretação livre, que cria confusão em algumas obras. Duna é uma delas que confunde muita gente desde sempre e tô vendo a história se repetir, o que eu tô tentando fazer é desembaraçar um pouco essa confusão apontando para o intuito do autor. Claro que temos que encontrar um meio termo na nossa interpretação, nem tudo está escrito na pedra, o próprio Frank diz que gosta de deixar algumas questões em aberto por causa disso. Mas a questão do MESSIAS ele fez questão de não ser uma delas. Então, se você quiser insisitir no efeito "Tropa de Elite" e "Matrix" vamos ter que concordar em discordar. Porque eu tô tentando justamente fugir dele.

[@rafasdw]

@@danieltanan873 Como eu disse, utilizar messias de duna pra argumentar de um filme q foi baseado em outro livro, nao faz sentido, porem, vc quis utilizar ate os outros livros pra basear seus comentarios, totalmente sem sentido... Desse jeito, nao faz sentido argumentar pois, ja foi avisado isso, uma pena, achei q vc pudesse analisar ... Mas, pode ficar tranquilo, com certeza o filme q vira, "O messias de Duna" vai vir do jeitinho q vc quer, eles sao OBRIGADOS a fazerem isso pois, o primeiro filme saiu totalmente do controle deles, sendo pior q Matrix 1 e Tropa de elite, como eu ja disse, entao, eles tem q pagar pedagio no proximo filme, de alguma forma...

[@lucascauedonascimentolira7583]

A crítica de Herbert é sobre o Islã galera.

[@danieltanan873]

Em parte, não é só isso. Mas ele tirou sim essa ideia de religião guerreira e do jihad do Islã. Herbert indica que a crítica dele é maior do que isso em várias ocasiões. Por exemplo, eu coloquei aí Paul mencionando Hitler e Genghis Khan em Messias de Duna. Só com isso, o Herbert já indica que ele quer que a crítica dele seja lida de modo mais amplo.