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O economista Eduardo Moreira teceu críticas à forma “quase publicitária” com que o governo e setores da imprensa tem vendido a necessidade de urgência da reforma do sistema previdenciário. Ele apresentou dados mostrando que o sistema de Seguridade Social foi superavitário entre os anos de 2005 e 2015, levando em consideração o que a Constituição Federal diz acerca do sistema.
Apesar do superávit alcançado durante o período, ele alertou para o fato de o sistema não ter sido criado com esse intuito. “A Constituição de 88 resolveu dar as pessoas o mínimo de condição de vida. A função dessa Previdência não é equilibrar as contas, é equilibrar uma injustiça social. Só o Regime Geral beneficia quase 30 milhões de pessoas. Existem pequenas coisas que podem ser feitas para adaptar a Previdência à mudança populacional que temos. Mas um País com tecido social frágil precisa de uma proteção social forte”, disse.
Para o representante do Conselho Federal de Economia, Roberto Piscitelli, faz-se necessária a preservação e o fortalecimento do atual modelo de Previdência Social que, segundo ele, “é o maior programa de distribuição de renda dessa País”.
“A reforma, esta reforma, não pode prosperar. É uma questão de justiça social mais importante do que qualquer justificativa circunstancial de equilíbrio atuarial do sistema de seguridade social, mecanismo mais importante para amenizar a imoral concentração de renda e patrimônio no País”, disse.