Elle - Desejo em cena | Christian Dunker | Março [SPOILERS]

O filme do mês de abril é "Fragmentado", dirigido por. M. Night Shyamalan
No novo quadro "Desejo em cena", Christian Dunker convida aqueles que acompanham o canal a assistir a um filme todo mês. A ideia é participar, colocar sua opinião e misturar os universos da psicanálise e do cinema neste espaço.
Na primeira semana do mês, Christian convida a assistir a um filme; depois, na última semana do mês, ele comenta o filme e acompanha a discussão feita pelo público nos comentários. Sinta-se à vontade para comentar! Quanto maior a participação, melhor - portanto, prepare-se. Esse pode ser um espaço de contato com aquilo que nunca está em excesso: a cultura.
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Filme do mês
Elle (2016)
dir. Paul Verhoeven
Drama
França, Alemanha
Com Isabelle Huppert, Laurent Lafitte, Anne Consigny
Classificação indicativa: 14 anos
Elle ainda está em cartaz! Aproveite para assistir ao filme ainda no cinema!
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Captação e tratamento de som e vídeo, iluminação, direção e edição são feitas por lucas buli
[e-mail]
A trilha sonora é de autoria de Thommaz Kauffmann.
www.thommazk.ba...
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2017

[@priscilapedagoga9669]

Eu gostaria de mais vídeos do quadro desejo em cena! Adoro!

[@nathalianunesdefigueiredo500]

Estou esperando ansiosamente para assistir ao vídeo do filme "Fragmentado". Gostaria de fazer uma sugestão: que tal falar sobre o filme "Cidade dos Sonhos" dirigido por David Lynch e aproveitar para falar um pouco sobre os sonhos? Abraços.

[@2435gbl]

Nathália Nunes seria ótimo!

[@henriquevilches5376]

Genial, como vc sabe ser. Obrigado por compartilhar seu conhecimento. Parabéns por seu belo trabalho. Abs.

[@auriacastelobranco7809]

Que maravilha de Canal! Gostaria de saber da possibilidade de ver o filme "A Chegada" (Denis Villeneuve) no Desejo em Cena

[@laranucci]

Assisti Fragmentado e achei fantastico.Mas a ultima personalidade a 24 eu gostaria que vc falasse mais sobre ela.Bj

[@fernandofilho4739]

A fragmentação - o lugar vazio do sujeito que nunca se corporifica totalmente - serve para lembrarmos que a indexação do humano à categoria de sujeitos é confabulada por provisões e coerções ontológicas. Visualizamos no filme que há um espaço para que o reconhecimento de algo que não seja contorno auto idêntico de um eu é capaz de reproduzir-se. Parece que essa disjunção não deve ser pensada por uma exterioridade indiferente, categórica de uma Lei impositiva, e sim, na ação internalizada entre pulsão e significantes, entre gozo e estética, entre o ser e o não-ser. Isto requer que o pensamento sobre a ontologia sofra uma inversão. Ontologia pensada não mais como regime de discursividade positiva do ser enquanto ser, mas operação fundada no reconhecimento de um conceito ontológico de negação como modo de manifestação da essência e da identidade. Se um espaço privilegiado de reconhecimento não parece ser a relação intersubjetiva da consciência de si, o personagem está em confrontação traumática-esquizo-disjuntiva entre o ser do sujeito e o problema de um objeto. A dimensão da possessão na fantasia é a dimensão do alcance de uma cena imaginária na qual o sujeito representa a realização de seu desejo, não sem que tal desejo seja produzido por um objeto próprio ao desejo. Fornecer uma realidade empírica a um desejo é algo que o fragmentado não referencia, como nós, singularmente. Ou seja, percebemos o mundo como consistente e dotado de sentido pois referenciamos nossa positivação desejante em uma única chave, fresta ou janela. Coibimos nossas avidez a alteridade pois nos abraçamos a fantasmas que restringem o diverso da experiência. Ou o fragmentado não tem um fantasma que ordene a singularização de objetificação de seu desejo e de seus atos, ou ele tem um leque fantasmático que utiliza de forma alucinatória. O objeto próprio ao desejo é “inconstituível” e se liga por uma opacidade, requer por fim, um sincretismo temporal não intuitivo: objeto a. Haveria em cada personalidade do fragmentado representações imaginárias do fantasma formalizadas no matema ($ a)? Cada personalidade encontra no seu Outro traços de suas próprias cenas fantasmáticas? Cada personalidade tem uma pragmática que busca em ações efetivas uma tentativa de reencontrar o objeto a, e no descentramento de cada uma delas, aparece um Real diferente? Se uma personalidade usa óculos e outra não, se uma é um desenhista exemplar e outra não, haveria então dicotomias na experiência da capacitação visual e do visível, bem como na capacidade cognitiva de cada personalidade? Muito árduo aos psicanalistas ostentarem operadores suficientes para uma atuação que esteja distante de um exercício de poder num caso como o do filme. Valioso neste sentido o papel da personagem analista, que almeja condicionar seu paciente a extração de uma potência e não de diagnósticos psicopatológicos. Mas como a clínica vai se abster de procedimentos de reconhecimento? O desejo da analista é um desejo puro? Ela se depara com uma pulsão de morte no personagem que está além da repetição compulsiva do instinto de destruição... os objetos que a pulsão se veicula e que cada personalidade deve reconhecer são modos de subjetivação da opacidade do objeto não narcísico, que estaria além da apreensão fantasmática. A criança vitimizada, o yogui , a mulher impositiva, o homossexual descolado, o neurótico disciplinado, será que a oposição metafísica do ser e do não-ser dissolve-se se o inconsciente perde valor de estrutura e ganha valor de pulsão?

[@sergiohenriqueribasdeolive5345]

Excelente fantasia acima de tudo e´sintonia mesmo,tem que ser vigilante nestas estruturas.Bem esclarecedor este tema,sob risco de se cair as fantasias em constrangimentos ilegais e outros crimes.

[@vaniamartins8589]

Professor, "falando nisso": "provocação entre cultura do estupro e a fantasia do estupro", o que o senhor pode contribuir (acrescentar) para nosso estudo atual em torno da sexuação e as modalidades de gozo (o fálico e o suplementar)?

[@viniciusgabriel6438]

Esee filme é um lixo total

[@lauraasbeg4801]

Argumentos?

[@viniciusgabriel6438]

Nossa agora não lembro, faz tempo que vi, mas achei meio sem sentido na época.

[@lauraasbeg4801]

@@viniciusgabriel6438 sugiro que reveja, pode ser que mude de ideia. Ou não.

[@viniciusgabriel6438]

@@lauraasbeg4801 a não eu achei meio sem sentido nem vou rever , mas essa atriz é muito boa, tem um filme dela chamado obsessão acho, que é muito bom eu achei.