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As cidades são planeadas, projectadas e assinadas quase sempre só por homens, e pensadas para uma pessoa neutra que nunca se concretiza - sem género, sem classe, sem raça, e sem nenhum factor de opressão previamente considerado.
A Associação Mulheres na Arquitectura, que comemora esta ano o seu primeiro aniversário e que conta para já com cerca de trinta arquitectas, "algumas com percursos bem distintos", pretende trazer para cima da mesa questões relacionadas com a inclusividade das nossas cidades.
Defendem as quotas de género nos júris de arquitectura; propõem que se altere a forma de pensar o recreio das escolas - de forma a impedir a perpetuação dos estereótipos de género incutidos socialmente; chamam a atenção para o facto de haver um elevado grau de perigo de abuso sexual para as mulheres em autocarros sobrelotados; e assinalam muitas outras situações e problemas bem identificados e bem específicos, sobretudo por populações vulneráveis e sempre consultados ou obtidos localmente.
Patrícia Santos Pedrosa e Joana Pestana Lages são elementos fundadores da associação que agora se impõe, com todo o coração, bem no pulmão de Lisboa.
Está na hora das Mulheres na Arquitectura.
Um trabalho de Andreia Friaças e António Castelo.