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Os vilarejos de casas coloridas a beira da estrada são o cenário de abertura deste episódio, que segue nosso caminho pelo nordeste até chegar em Lençóis, na Bahia. A esta altura, a viagem completa 200 dias, e é difícil pra nós aceitar, mas já estamos indo para sua parte final. Nada que nos impeça de aproveitar cada momento que ainda nos resta.
Depois dos últimos dias na aridez do Cariri, encontramos na Chapada Diamantina uma profusão de rios e cachoeiras. As paisagens são monumentais, como a Cachoeira da Fumaça com 380m de queda livre, e a vista panorâmica dos paredões, espalhados no horizonte quando vistos do alto do Morro do Pai Inácio.
No Vale do Capão passamos alguns dias e experimentamos a cultura local: dança, circo, música. Enquanto os dias passam, novas trilhas aparecem, que nos levam a novas paisagens. Clei, guia local, nos levou ao Vale do Pati, que é considerado o trekking mais bonito do Brasil. Entre os imensos paredões da chapada, conhecemos o interior do vale, onde apenas algumas famílias vivem, e que há alguns anos experimentam o turismo como alternativa de renda. Um jantar no fogão a lenha junto de outros turistas acompanha uma reflexão sobre esta nova economia.
É no cenário do Cachoeirão, com o vale de fundo, que entrevistamos o Clei, que além de conhecedor das histórias do lugar é um guia apaixonado pela profissão. Ele quem nos apresenta Seu Dosinho, antigo garimpeiro de diamantes que vive tranquilo na janela de sua casa no Vale do Capão e conta aos dois muitas histórias de outros tempos, quando nada daquela efervescência turística e cultural acontecia por ali.
Refletindo sobre estas mudanças, com uma paisagem imponente na janela do carro, a Expedição Raiz se despede do Nordeste, e segue rumo a Minas Gerais, nosso penúltimo destino.