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A escleroterapia ecoguiada da veia safena magna com espuma de polidocanol representa uma abordagem terapêutica endovascular para o tratamento da insuficiência venosa crônica. O procedimento é fundamentado na indução de endoflebite química com subsequente fibrose e oclusão venosa.
A localização precisa da veia safena magna é obtida através de ultrassonografia de alta frequência (geralmente 7-12 MHz). Esta modalidade de imagem permite a visualização em tempo real da anatomia venosa, incluindo a junção safeno-femoral, tributárias e perfurantes incompetentes.
O agente esclerosante utilizado é o polidocanol (hidroxi-polietoxi-dodecan), um surfactante não-iônico. A transformação em espuma, geralmente pela técnica de Tessari (razão líquido:ar de 1:4 ou 1:5), potencializa sua eficácia ao aumentar a área de contato com o endotélio e prolongar o tempo de atuação intraluminal.
Sob orientação ultrassonográfica, realiza-se punção venosa, preferencialmente na região infrapatelar ou terço médio da coxa, utilizando-se cateter intravascular 18G ou 20G. A injeção da espuma é executada de forma controlada, com monitoramento contínuo de sua progressão intraluminal e potencial refluxo para o sistema venoso profundo.
O mecanismo de ação envolve a interação do polidocanol com os fosfolipídios da membrana celular endotelial, causando desnaturação proteica e lise celular. Este processo desencadeia uma cascata inflamatória controlada, culminando em fibrose e esclerose venosa.
A dosagem e concentração do polidocanol são ajustadas conforme o diâmetro venoso e extensão do segmento a ser tratado, geralmente variando entre 1% a 3%, com volume máximo recomendado de 10 ml de espuma por sessão.
Imediatamente após a injeção, aplica-se compressão extrínseca e indica-se terapia compressiva com gradiente de pressão de 30-40 mmHg por um período mínimo de 2 semanas.
O seguimento pós-procedimento inclui avaliação ultrassonográfica seriada para confirmar a oclusão venosa, detectar potenciais complicações como trombose venosa profunda ou extensão do trombo para a junção safeno-femoral, e monitorar a evolução da fibrose venosa.
Esta modalidade terapêutica tem demonstrado eficácia comparável à cirurgia convencional, com taxas de oclusão em torno de 80-90% em seguimento de longo prazo, apresentando-se como uma alternativa menos invasiva e com menor morbidade perioperatória em relação à safenectomia tradicional.