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Era para ser um dia de celebração, mas aquele aniversário do meu pai se transformou no ponto de ruptura de algo que eu já sabia, mas preferia ignorar. Quando a convocação para o evento familiar chegou, uma parte de mim desejava que tudo fosse diferente, como uma criança sonhando com um conto de fadas. Mas, quando cheguei à sala, encontrei algo completamente diferente. O que antes seria uma festa cheia de risos e felicidades, agora se parecia mais com uma armadilha montada apenas para mim.
A sala estava decorada com flores douradas, as mesmas que meu pai sempre amou, e as pessoas falavam sobre como ele estava se sentindo bem mais velho. Eu os observava de longe, tentando me manter impassível, mas o pressentimento de que algo estava para acontecer não me deixava em paz. Minha irmã, Rita, estava no centro da atenção, com aquele sorriso doce que sempre escondia algo amargo. Eu conhecia bem o veneno disfarçado de simpatia. Quando ela me viu entrar, seus olhos brilharam com uma malícia sutil.
"Carla, você finalmente chegou", disse ela, sua voz suave, mas carregada de um veneno que eu já sentia na pele. "Eu estava começando a achar que você tinha esquecido do nosso querido pai."
Eu sorri, tentando manter a compostura, mas algo no tom de Rita me fez gelar por dentro. Não era o sorriso acolhedor de uma irmã preocupada, era o sorriso de uma pessoa que preparava algo, como uma aranha esperando sua presa cair na teia...