Eu tbm não me senti muito confortável com esse final, mas ele nao é inverossímil. Há sim homens que não são capazes de cometer um crime hediondo desses e há sim vítimas que por medo não denunciam seus abusadores
@Pausaparaocha.3 ай бұрын
Sim, entendo que existem vítimas que não denunciam, é um grande número inclusive, mas sei lá, acho que essa escolha de final prova algo que é meio desserviço ao que o livro tá construindo. Talvez possam existir os homens, mas o que me incomoda mais eu acho é a holly ter certeza. Eu não sei se é possível ter certeza sem investigar sabe, enfim, talvez seja minha percepção mesmo
@VanderRodrigues-d6r3 ай бұрын
Verdade. Trabalho com vítimas de abuso e considero o romance um desserviço. Muitas das vítimas são encorajadas a pedir ajuda por causa de um filme, de um livro ou de uma série que assistiu.
@Pausaparaocha.3 ай бұрын
Oii, obrigada pelo comentário e por compartilhar um pouquinho da tua experiência nesse trabalho tão essencial ❤️
@lurn21094 ай бұрын
Senti exatamente o mesmo lendo esse livro…. Inclusive a parte do spoiler …
@Pausaparaocha.4 ай бұрын
Puxado né kkk mas que bom que estamos na mesma página
@camillapereira4865Ай бұрын
Eu acabei de ler o livro e não achei o final ruim, porque acho que tive uma leitura um pouco diferente da obra. Para mim, o foco era muito mais falar sobre como duas mães fazem de tudo para proteger os seus filhos e sustentar a verdade/inocência deles do que sobre a violência em si. Achei que o final foi muito bom porque mostrou vários pontos interessantes quando a gente fala do abuso de crianças e adolescentes - uma menina que foi manipulada por um homem e que não tinha noção nenhuma do que estava sofrendo teve uma atitude impulsiva de acusar um alvo fácil como o Saul. Eu acho que isso não serve para descredibilizar vítimas de estupro na vida real, mas sim, para mostrar que um abusador pode ser tão manipulador e perverso que pode levar a vítima ao ápice do seu estresse e a tomar atitudes como essas. No fim, ela não mentiu, ela foi abusada, então ela realmente foi vítima de algo, mas o medo desse cara levou ela a acusar o "menino esquisito" da escola para resolverem isso "em família" e ela conseguir interromper a gravidez. Acho que a autora também quer, muito mais, que a gente se questione sobre o que a gente faria se algum familiar nosso fosse acusado de um crime como esse também - você acreditaria na vítima ou buscaria justificativas como a Holly? Qualquer um que leu (eu espero) super acreditou na vítima a todo momento e se revoltou com as atitudes da Holly, mas, e se você fosse a Holly, como você reagiria? Para mim, o grande barato do livro é isso, ele vai muito além de saber se o Saul é culpado ou não. E, assim, acho que não teve um final feliz não rsrs. A Jules não terminou com o marido problemático, a Holly segue protegendo o filho, o Saul ainda é cheio de questões e a Saffie tá lidando com o trauma de ter sido vítima de ped0f1l1a.
@Pausaparaocha.Ай бұрын
Oi, Camila, adorei ler seu comentário. São leituras diferentes, mesmo, mas concordo com vários dos seus pontos. Toda essa parte do que fazer numa situação dessas, com alguém que você ama tanto, a sua própria família, é o que mais me interessou nessa história, é uma questão que acho válida o livro trazer porque abusadores não estão aí soltos no mundo, né, enfim, eles são filhos, amigos, irmãos de alguém. Eu ainda acho que faltou um pouco de nuances nas reações, uns momentos mais de dúvida ali (especialmente a Holly). A mensagem final realmente ficou diferente pra nós duas, mas isso é o bom da leitura, né, para mim por mais que dê pra entender que ela foi manipulada, que dê pra entender a motivação dessa personagem e o que ela tenta fazer, são temas importantes, mas talvez já mais batidos (?), acho que existem outras obras que já mostram isso de um jeito eficaz e pra mim ficou parecendo que era um caminho mais comum, mais esperado mesmo que o livro resolveu tomar. Talvez eu preferiria que o livro se jogasse de cabeça nessa proposta que ele traz, duas mães, lidando com essa situação horrorosa e tentando proteger os seus filhos ao extremo, mesmo depois de sei lá, confirmar que foi isso mesmo. Levar essa ideia do que fazer depois de algo horrível até o fim (sei lá, tipo a mãe do garoto do livro Precisamos falar sobre Kevin, não sei se tu já leu, mas ela também tá encontrando ali o caminho pra lidar com esse filho que fez algo terrível). Enfim, obrigada por ter escrito, foi legal bater esse papo em comentários :)
@camillapereira4865Ай бұрын
@ sim! São várias leituras e perspectivas. Dariam dois livros diferentes, tipo aqueles que a gente aperta um botão e aí a história muda dependendo da nossa escolha hahahaha - a que tivemos e outra com a Holly tendo que lidar com o fato do filho justamente dela ter cometido esse crime. Seria interessante se a autora fizesse uma versão assim, muito mais focada na Holly olhando para ela enquanto mãe/feminista etc. Gostei da sua indicação, vou buscar e lerei! Muito bom poder debater sobre livros que despertam essas discussões relevantes!
@Pausaparaocha.Ай бұрын
@@camillapereira4865 nossa, seria tudo mesmo essa ideia de ir mudando ahahahaha
@akathleenbarros3 ай бұрын
Pra eu n ter que ler, qual a história finaal?
@Pausaparaocha.3 ай бұрын
Ahahahaha no final tem uma cena meio fofa entre os adolescentes (a saffy e o Saul) e a amizade das duas segue estremecida, mas fica um final esperançoso
@akathleenbarros3 ай бұрын
Queria saber o plot. O que realmente aconteceu? 😭
@Pausaparaocha.3 ай бұрын
@@akathleenbarros AAAAAAH TÁ!! No fim, a Saffy foi abusada por um professor, que começou a falar que gostava dela, aquele clássico de professor mais velho assediando aluna. Daí ela fica meio deslumbrada, não sabe que pode dizer não pra esse cara e ele abusa dela. Ela fica grávida e o cara ameaça ela, então ela inventa essa história do Saul ser o culpado. O que ela pensa é que tá com medo e precisa de ajuda com a gravidez, então acha que por a mãe e a dinda serem melhores amigas, elas iriam “brigar” com o Saul e tudo ficaria bem