Explicando O Farol (The Lighthouse)

O Farol (The Lighthouse) é um filme intricado, visceral e catártico. Frente a grandes obras, mais do que uma explicação, propomos nossa interpretação do filme. Compartilhe conosco as suas e o que vocês acham da nossa.
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[@diegobertoldo4775]

Achei uma viagens essa leitura do filme. Acabei de ver o filme pela primeira vez e não me arrisco a uma interpretação da narrativa (como vocês fizeram). Mas destaco dois elementos que me saltaram aos olhos o tempo todo que vem do fato do filme ter forte inspiração na tragédia grega. O personagem do Willem Dafoe vira e meche fala em forma de enigmas, como faziam os oráculos da mitologia grega. Característica que o próprio Pattinson passa a ter ao logo do filme. Inclusive o Dafoe chama a atenção para isso, quando diz que o Tommy é bom com as palavras. Outra referência cabal das tragédias é a última cena, que é uma releitura do prometeu acorrentado. Quem é Prometeu? um deus que rouba a luz divina (o dom da razão) e entrega aos homens, e por isso é condenado a viver eternamente sob uma rocha e ter seu fígado comido por uma águia. Pattinson teve acesso a essa luz divina quando chega ao farol, e foi condenado por isso (a mesma condenação que recebeu prometeu). - como eu disse, são elementos da narratividade. preciso ver outras vezes para tentar montar o quebra-cabeças da narrativa. Acho que a interpretação de vocês foi muito interessante.

[@jahvayehudidiasmascarenhas4028]

Mano...Uma porta enorme foi aberta pra mim no entendimento do filme por conta do seu comentário!

[@VinteeQuadro]

Muuuuuito obrigado pelo acréscimo, Diego! Por isso que amamos os comentários, ampliam nossas próprias leituras do filme! Procura o comentário da Natasha Avital aqui no vídeo, que ela dá mais palha pra essa visão! Agradecemos ter dado uma chance pras nossas viagens hahaha

[@diegobertoldo4775]

Olá! que bom que te ajudou a esclarecer... . Valeu por compartilhar isso. Acabei de postar um novo comentário com uma leitura mais completa do filmes. rs. Abraço.

[@Jose123776]

Concordo, acho que o filme é uma releitura do conto do prometeu

[@kevinchristopherfeitozart1464]

As gaivotas realmente eram os antigos navegantes. A gaivota que o Ephraim matou era caolha, tal como o antecessor do Epharim que o Thomas supostamente matou. A gaivota era o antigo ajudante

[@TheBlink182ify]

Uma boa representação do que poderia ser o purgatório k

[@FCFist]

Kevin Christopher FeitozArt as gaivotas do final que devoram o Ephraim eram Thomas com a ajuda de seus amigos falecidos e reencarnados em gaivotas antes dele se vingando do assassinato dele por Ephraim 🤔😏

[@VinteeQuadro]

Total! E, Augusto, o Dafoe uma espécie de barqueiro que o leva para essa ilha, que carrega cada vez mais ele pro Inferno :)

[@FelipeSouza-ns3ww]

Oque não ouvi nem um canal de crítica comentar é que The lighthouse (2019) tem como base uma história real conhecida como "Smalls Lighthouse Tragedy" (inclusive os nomes dos 2 personagens são inspirados nos mesmos da história verídica -Thomas Howell e Thomas Griffith- ). Sugiro a vocês lerem a história real para melhor interpretação e compreensão também. Mesmo sabendo que a proposta é muito mais ampla que biografar um acontecido, nos da uma ajuda para entender melhor alguns detalhes. Esse acontecimento também foi a inspiração do filme britânico The Lighthouse (2016), onde é retratado com mais detalhes o acontecido.

[@VinteeQuadro]

Felipe, você é uma pessoa curiosa hahahaha. Nos fez te xingar e agradecer mentalmente. De qualquer forma, obrigado pelo acréscimo. Procuraremos a história real, e estamos à disposição caso insista conosco.

[@FelipeSouza-ns3ww]

@@VinteeQuadro o amor é assim. Um turbilhão de emoções. Tamo junto !!!

[@ramonmachadosilva]

Acabei interpretando que o filme no fim das contas é o Efrain sozinho em uma ilha, enlouquecendo, tendo que lidar com Thomas, um alterego criado em sua cabeça que representa um ideal de masculinidade inatingível que tem acesso ao topo do farol, local que ele não pode entrar. No fim os dois são a mesma pessoa, o que me fez entender dessa forma é a cena que o Efrain tá tentando pescar uma lagosta porque acabou o suprimento, e nesse ponto do filme a gente já sabe que o Efrain matou uma pessoa no passado, quando ele simplesmente vê seu ex-amigo de costas na beira da ilha como se fosse um flashback de uma visão do passado e logo após ele pesca a cabeça do ex-ajudante do faroleiro, dando a entender que o Efrain matou seu ajudante anterior. Efrain quando finalmente mostra ser "mais macho" que o Thomas, ele começa a falar igual a ele e agir da mesma forma abusiva que o Thomas, porque ambos vivem dentro da sua cabeça em eterno conflito entre ser um homem educado, passivo, submisso e menos "macho" ou se render a essa personalidade rude, grosseira e machona do Thomas. E claro, o filme por um todo é uma verdadeira releitura do mito de Prometeus, isso fica bem claro no final.

[@VinteeQuadro]

Preciso seu comentário, Ramon! Perfeitamente uma tragédia grega: dualidades e fardos carregados para o século XXI, nesse jogo de masculinidade tóxica! E super bacana que ele traga tantos símbolos que enriquecem essa nossa visão! Valeu pelo comentário, cara! :)

[@ramonmachadosilva]

@@franciscothiago7853 Fique a vontade pra fazer sua riquíssima análise. E em momento algum disse que o filme se resume a isso, apesar de ficar bem evidente que o tema central da obra seja esse, se vc discorda paciência e seja minimamente educado pra expor seu ponto de vista. Tem outras questões e temas abordados no filme, relações abusivas de trabalho, sentimento de culpa, solidão, enfim, temas secundários, mas o tema central dessa obra é isso mesmo, pelo menos na minha interpretação, fique a vontade pra fazer a sua sem desmerecer a dos outros. abç

[@VinteeQuadro]

Mania das pessoas quererem deslegitimar a leitura de outros porque a "sua é mais rica". Acho que a gente pode conviver com múltiplas visões, sempre bem argumentadas. E o Ramon mandou muito bem aqui. Bem, foi como dissemos no outro comentário, que copio aqui: "Quando a gente tenta fazer uma leitura de um filme, a gente se atém a uma linha de raciocínio. Se a gente faz uma leitura sobre "tolhimento da masculinidade", a gente pode até tocar em outros temas, mas primariamente a gente precisa justificar essa leitura. E olha ai, só com ela, já foram quase 20min de filme. Se fôssemos analisar cada uma das interpretações em formato de vlog, o vídeo seria longuíssimo. E por isso mesmo, como falamos no vídeo (e como o Ramon sugere aqui) que pedimos que vocês deixem suas interpretações e contestem a nossa. Isso que é o mais bacana dessa parte de comentários! :)"

[@flaviaronchir]

Pensei que tivesse sido a única a ver o aspecto fálico/sexual do farol, mas desde o início não conseguia pensar de outra forma... Sensacional e visceral esse filme. Em todos os aspectos. Ótima análise!

[@VinteeQuadro]

Muuuuito obrigado, Fla! A gente também tava assistindo, e ficou, "olha isso, olha aquilo", que depois até precisamos de um detox de tanta fragilidade sexual kkkkk

[@ruanbraga4187]

Pra mim o filme é totalmente inspirado no terror de Lovecraft. A loucura, o misticismo, tudo

[@VinteeQuadro]

Sem dúvidas! Um cara até se aprofundou nessa análise aqui nos comentários: uma aura bem similar também!

[@FelipeSouza-ns3ww]

A melhor teoria que vi até agora foi a comparada a mitologia grega

[@VinteeQuadro]

Que é, sem dúvidas, uma ótima análise. O Alexandre aqui nos comentários resumiu bem se fôssemos por esse caminho. Mas acho que todas visões valem, se bem argumentadas.

[@viktorkiev..3554]

Caralhoooo ... Cabuloso! Junto com "A Bruxa" os dois estão de PARABÉNS!! Fotografia SINISTRA!!! E o som? Viiiixi !!! Cinema é Arte! Cada um sente e o interpreta da maneira que sente/percebe. Contudo sempre há uma base que é dada por quem faz a arte o Diretor, Roteirista, Diretores de Fotografia.... Mas ao meu ponto de vista. O Farol é a representação da SABEDORIA, do CONHECIMENTO. Assim tbm com foi o fogo de Prometheus, como tbm o Sol que derrete as asas de Ícaro. As asas de Ícaro são o esforços humanos para se achegar ao Suprassumo do conhece, do belo ...etc. Ali representado pelo sol. O que acontece? Ícaro com sua vã humanidade não sabe lidar e administrar tudo isso com suas asas (esforços humanos) e derretem e ele se perde no mar ( mar esse que pode significar uma série de outras coisas). Vejo um paralelo entre o Sol de Ícaro com o Farol(fogo) de Prometheus. A vontade do homem de querer alcançar a plenitude do conhecimento, mas não conseguir por suas limitações humanas. Acredito que há sim, essa discussão sobre masculino entre as personagens, porém me apaguei a outras questões. ENFIM, filmaço! E vale muito a reflexão e ruminar cada filosofia ali presente! Vlw!!

[@VinteeQuadro]

Valeu vc pela reflexão, Viktor! Sem dúvidas, essa luz pode adotar muitas imagens: feminilidade, conhecimento, etc. E todas elas com esse caráter meio magnetizante, inalcançável e alienante!

[@talysmachado4492]

Aguardando ansioso pelo lançamento que infelizmente foi adiado no Brasil.

[@VinteeQuadro]

Não vai dar nem pra colocar nos melhores desse ano. Maior tristeza :/

[@areiadeserto]

TEM NO APLICATIVO POPCORN SÓ BAIXAR E SER FELIZ

[@obarqueiro5200]

Não vi muito a intenção de explorar sexualidade/masculinidade , pra mim o personagem do Robert Pattinson foi contratado para cuidar do Farol , mas devido ao isolamento ele criou em sua cabeça as alucinações e o personagem do Dafoe , que seria sua outra personalidade , uma personalidade que ele odeia , e que de certa forma ele sempre escondeu. O filme busca explicar os efeitos do isolamento na mente e da crise de identidade e personalidade. É um pouco parecido com O iluminado , o relacionamento dos dois personagens também lembra bastante O Clube da luta.

[@VinteeQuadro]

Bela lembrança dO Iluminado. E adoramos que seu nome de perfil seja "O Barqueiro", porque acho que dialoga muito com essa ilha meio purgatória que o Dafoe leva Pattinson, e empurra cada vez mais ele pra um Inferno! Obrigado pelo acréscimo!

[@LendariosMMO]

Gente é importante deixar as informações sobre o lançamento do filme etc.. nem todo mundo está tão ligado assim pra entender que foi uma mostra mas ainda não lançou.deixa isso pra galera ,custa nada vai.

[@VinteeQuadro]

Na maior parte dos casos, nós deixamos! É que como esse era um vídeo explicando, imaginamos que a maior parte das pessoas viria assistir só depois de ter visto o filme, neh. Mas anotado hahaha

[@pablovinicius9191]

Só queria dizer que fiquei muito feliz em encontrar o canal de vocês. Vou ao cinema toda semana, e nunca encontro nada falando sobre os filmes que vejo (não me refiro ao Farol, que é mais mainstream), e vi que vocês têm vários vídeos sobre esses filmes. E além de tudo são mega inteligentes e têm propriedade para falar, parabéns! Continuem assim.

[@VinteeQuadro]

Poxa, Pablo, que gostoso ler uma mensagem dessas! Ficamos nós é felizes que você tenha nos encontrado! Como sempre falamos, os comentários estão sempre abertos. Respondemos todos e adoramos quando vocês trazem mais coisas pro debate. Revisamos nossas próprias leituras dos filmes com essas adições! Sinta-se sempre bem-vindo pra compartilhar suas visões conosco! 😉

[@NerivalFerraz]

Verdade, Pablo Vinícius!

[@marcella3354]

toda capa de video de vocês é uma obra de arte, fico sempre chocada com a perfeição! muito bom o vídeo, é incrível ver como um só filme pode gerar tantas teorias

[@VinteeQuadro]

Awntiii, Marcella! Muito obrigado :) mas sim, o Eder que faz as capas até fica mais inspirado quando é pra fazer prum filmão desses 😊

[@savioluz5704]

Parabéns pelo video! Excelente o canal!

[@VinteeQuadro]

Muito obrigado, Saviooo! Seguimos fortes :)

[@WizWealth]

pqp, que crítica bem detalhada 👌🏻 ganharam um inscrito! achei uma obra de arte, mas não é um filme pra qualquer um... tomara que ganhe mais espaço!

[@VinteeQuadro]

Obrigado pelo apoio e que bom que gostou, Leo! Também torcemos muito, principalmente por ele ter estreado agora nesse comecinho de ano que a galera ta meio aerada hahaha

[@j.i.kuwajima3444]

Tem vários níveis, tem um que vocês passaram batido que é em relação a obras de terror como de Lovecrft e Edgar A. Poe, que tratam muito sobre loucura, alucinações, e obsessões causadas um terror ancestral e incompreensível, ler mero nome ou ver estátuas destas criaturas sobrenaturais levam as pessoas a loucura e insanidade. Outra que eu vejo é de Prometeus que roubou a luz dos deuses e foi punido eternamente a perder seus olhos e tripas preso numa pedra.

[@VinteeQuadro]

Ah, sim, sem dúvidas. Não tem como a gente falar de todas em um vídeo. Preferimos escolher uma, e desenvolvê-la bem, porque se não o vídeo ficaria muito longo também! Mas pra isso que tem os comentários, e que legal que tu agregou aqui :)

[@marlisonhairstar]

Amei o canal de vcs , parabens gostei muito 🥰

[@VinteeQuadro]

Que bom, moço! Seja bem vindo 😊

[@sarudoman1993]

Eu assisti o filme pensando ser a história de Prometeus e sua ambição por poder e controle humano, o que constitui basicamente nossa natureza, o farol representa o Fogo e o Dafoe seria um deus, no caso dos mares (Proteu), que estaria substituindo Zeus no conto. O personagem de Dafoe o presenteia com o conhecimento (experiência) e o personagem do Pattinson fica cada vez mais rebelde e independente, como no mito de Prometeus. Até a comida, que é ponto crucial no mito tem parte no filme, porém, de outra forma, já que no mito Prometeus separa a comida e dá a pior parte para os deuses, o que deixa Zeus furioso. No filme o Dafoe fica furioso pelo outro personagem preferir outras comidas à dele (nesse momento fica explicito a menção a mitologia grega, já que o personagem do Dafoe o amaldiçoa para que ele seja punido por Poseidon). No final Prometeus rouba o fogo (poder, inteligência e etc) dos deuses e como castigo é sentenciado a ser bicado por uma águia (no filme são gaivotas) por 30 mil anos.

[@VinteeQuadro]

Perfeita leitura, Maxsuel! Totalmente amarradinha mesmo! E ai a cereja do bolo, as gaivotas comendo ele, nessa ilha meio onírica, que pode repetir esse mesmo mantra várias e várias vezes!

[@jubylleu]

Caracaaaaa, amei a análise! 😍

[@VinteeQuadro]

Que massa, jubylleu! Tamo junto 😊

[@caiocosta77]

Entendi que este filme além da inspiração na lenda de Prometeu, ele trata sobre um tema muito atual: saúde mental. Fala sobre assédio moral no trabalho, isolamento, necessidade de reconhecimento, auto afirmação, etc. Muito bom a discussão de vocês, parabéns pelo vídeo!

[@VinteeQuadro]

Total, Caião! Não tínhamos feito essa leitura mais social, mas acho que ela inclusive traz parte desses mitos de forma modernizada se pegarmos esse gancho que tu levantou 😊

[@leticiamnmelo]

AMEEEEEEEI a análise

[@VinteeQuadro]

Ficamos felizes, Lê! Obrigado pela mensagem 😉

[@vrgnono]

oiii, conta qual foi o elemento que você reparou, aquele que mais chamou sua atenção nas vezes que você viu? thankx

[@VinteeQuadro]

Tu deve estar falando comigo, Natan, não? Que assisti ao filme duas vezes. Se sim, foi exatamente isso que falamos no vídeo sobre a masculinidade tolhida dos personagens frente a imagens sexuais dessa ilha isolada! :)

[@victoresteche883]

Muito boa análise! Vi bastante originalidade nas interpretações sobre a masculinidade e sexualidade. É sobre isso gostaria de acrescentar a reflexão: do mesmo modo que o Winslow foi prepotente em achar que a sua juventude, força e beleza deviam se sobrepor ao Wake (e de certa forma às gaivotas e à ilha, mesmo que movido pelo motivo nobre de libertar -se da repressão que sofria) e acabou punido por isso, Wake também foi punido, obviamente com a sua morte. O ponto que quero ressaltar é que muito embora Wake fosse mais sábio, encarna-se um arquétipo de masculinidade, ele falhou também em ser um líder ideal. Foi tirano. Não exerceu seu papel de ancião que prepara o terreno para o próximo, (vindo da análise de vcs sobre o Irlandês) não soube assumir que a sua hora estava chegando. Assim, em conjunto da interpretação mitológica, sexual, psicológica, muito bem feita nos comentários e por vcs, é de se ressaltar essa tragédia desse caminho até o "topo", de uma "ejaculação precoce" de Winslow que não soube segurar a onda e esperar uma transição mais saudável para a liderança e de Wake, líder tirano em decadência, que o humilhava e praticava o gaslighting por medoode reconhecer que o seu auge estava no fim.

[@VinteeQuadro]

Perfeito acréscimo, Victor! Que legal essa ponte com "O Irlandês". Esse filme só vai ficando cada vez mais rico. Valeu pelo comentário, cara 😊

[@anderroc]

Será que eles comentam curtas tbm? Poderiam comentar o memorable. É excelente! Uma obra de arte!

[@VinteeQuadro]

O filme foi indicado ao Oscar, inclusive, não?! Vamos procurar! Já fizemos alguns vídeos sobre o festival de curtas, mas nunca de fato crítica sobre um curta. Quem sabe?

[@matheusdimas4836]

Vi esse filme hj e pra mim é o melhor de 2019, foi incrível pra mim

[@VinteeQuadro]

Pensamos em considerar para os filmes de 2019, mas fica sempre aquela dúvida. Mas filmão de marca maior 😍

[@natashaavital8713]

Acabei de rever a cena em que o personagem do Pattison cai qdo está pintando o farol e a última cena. Não dá pra ter certeza que é o mesmo lugar (na primeira cena tem umas plantas mirradas atrás que não dá pra ter certeza que tem na primeira) mas a minha impressão é que tudo que acontece depois da queda é um delírio/dying dream do Ephraim, e só a última cena é real. O Thomas, sendo o misantropo que é, abandona ele à própria sorte, e ele não tem forças pra evitar ser devorado pelas gaivotas (principalmente considerando que elas podem ter uma conexão com o sobrenatural e ser realmente os fantasmas dos antigos marinheiros) Pra mim algumas coisas apontam pra isso: - Ele diz que o Thomas fala como uma caricatura de marinheiro, o que faria sentido se as falas do Thomas fossem o que ele está criando na cabeça dele, a partir de coisas como obras de ficção, já que ele nunca foi marinheiro - É só a partir daí que coisas irreais começam a ocorrer, como ele perdendo a noção do tempo, o Thomas destruindo o barco e depois dizendo que foi ele que fez isso, etc - É só a partir daí que coisas altamente implausíveis começam a ocorrer, como o diário do Thomas ficando legível e praticamente intacto, e os dois permanecendo vivos, depois da água invadir a casa - Ele vê a cabeça do suposto antigo ajudante como caolha, e na última cena ele teve um olho arrancado pela gaivota, então é possível presumir que ele criou essa cena do ajudante caolho na hora em que a gaivota arrancou o olho dele Minha teoria é que qdo ele cai, enquanto tá morrendo, ele começa a delirar, amplificando na mente dele o medo que o Thomas gera nele, e tendo fantasias de vingança contra ele, tudo isso misturado com a culpa que ele sente pelo passado

[@FCFist]

Ele está nu na última cena e mais distante do farol do que quando ele cai

[@natashaavital8713]

@@FCFist Qdo ele cai da escada na ultoma cena nao tá nu. As gaivotas podem ter rasgado a roupa dele (indo por uma interpretacao de que nao é tudo meramente simbolico/sobrebatural)

[@VinteeQuadro]

Como sempre falamos, toda interpretação é válida contanto que os argumentos se sustentem! E nunca teríamos pensado nisso, mas também não poderia ter sido melhor argumentada! Isso só amplifica a riqueza do filme, obrigado por compartilhar conosco!

[@AlexandreSilva89]

A minha interpretação do filme é bem simples. Aquela ilha de alguma forma é consciente e leva as pessoas que passam algum tempo ali à loucura, principalmente por meio de alucinações. O Thomas, por algum motivo, sobreviveu e se adaptou, de certa forma, a influência da ilha. Ela também o “aceitou” e eles então passam a ter um tipo de relacionamento, simbolizado principalmente pelo farol, no qual o Thomas literalmente se satisfaz sexualmente e diz que é sua mulher. Desse modo, Thomas tem ciúmes da ilha como um todo, por medo de que alguém lhe tome o lugar. Ele então, propositalmente, ajuda a ilha a enlouquecer os ajudantes que ali chegam. Fez isso com o ajudante anterior, o que levou à sua morte, e tenta fazer o mesmo com o Ephraim. O trata extremamente mal, o humilha, o faz trabalhar em excesso, conta mais de uma versão da mesma história (sobre a sua perna, para que o Ephraim suspeite do que é real ou não), bate nele etc. As alucinações com a sereia e com tentáculos são influência da ilha mesmo. O Thomas só deixa de lado esse plano de enlouquecer o Ephraim quando está bêbado, esses são os momentos em que eles se dão bem. No fim o plano não dá certo e o Ephraim, após matar o Thomas, vai finalmente satisfazer a sua curiosidade de ver o que há no farol, já que esta proibição era também a maior humilhação, pois ele foi para a ilha justamente para ajudar no farol, e não somente nos trabalhos secundários. O farol, que é uma manifestação da própria ilha, não o aceita e o mata, talvez em vingança pela morte do Thomas. E é isso haha. Obs.: As gaivotas são os homens, ajudantes do Thomas ou não, anteriormente mortos por ele e/ou pela ilha. Elas tentam avisar o Ephraim do perigo mas ele não entende e reage agressivamente à elas. Por isso a vingança das aves no final.

[@VinteeQuadro]

Bem bacana, Alexandre. Acho que muito do que muito você disse, a gente incorpora na nossa leitura. Esse isolamento, esse desejo que você descreve contribuem para esse tolhimento dos personagens! Mas de qualquer forma, a multiplicidade de leituras prova quão rico é o filme! :)

[@melissachimini2138]

Eu também interpretei desse modo, filme rico da interpretação do telespectador, incrível, uma pena que foi injustiçado no Oscar. :(

[@VinteeQuadro]

Mas mandou bem no Spirit! :)

[@leonkennedy2241]

E sobre a mitologia grega de prometeu que o filme se baseia, tem alguma interpretação

[@VinteeQuadro]

Se pensarmos que ele vive esse martírio, tolhido o tempo todo da masculinidade. No final do dia, ele até acha que vence, mas na verdade, ele é deixado às gaivotas, e volta do começo no outro dia (pensando que a ilha é a cabeça dele, na ideia que falamos no começo do vídeo). O que tu acha?

[@wrmsp]

@@VinteeQuadro A última cena, em que ele aparece tendo suas entranhas devoradas pelas gaivotas, parece remeter à figura mitológica de Prometeu que, por ter roubado o fogo dos deuses para dá-lo aos homens, é condenado a ter seu fígado devorado durante o dia e regenerado à noite por toda a eternidade.

[@alessandroyuriAlegrette]

Olá, tudo bem? Eu viu este filme, não como gostaria. Eu gostei muito de "O Farol". Acho que é um dos mais instigantes que vi este ano, assim como "Parasita" - se você ainda não viu esse, dê um jeito de ver. Eu concordo quando você diz que em "O Farol" há muitas metáforas visuais e alegorias, assim como ele faz referências ao expressionismo alemão, "O iluminado", de Kubrick e eu diria ao cinema metafísico de Andrey Tarkovsky. Mas é justamente por ser tão alegórico aí que mora o perigo, digamos assim, de fazer uma única leitura desse filme. Eu vi conotações sexuais em "O Farol", mas para mim isso não é muito relevante, assim como a atração homoafetiva entre os personagens que dependendo do ponto de vista nem mesmo pode existir, por isso minha análise do filme vai focar somente nos elementos que mais chamaram minha atenção. Veja : é justamente a mistura entre o que é real e o que pode ser somente alucinação/ delírio o que torna "O Farol" tão interessante. Vale enfatizar que, apesar de ter somente dois personagens em cena o tempo todo - e isso poderia tornar o filme cansativo, mas isso não acontece devido a habilidade de Eggers como roterista, o foco narrativo é no personagem de Robert Pattinson - que também está muito bem e me surpreendeu em uma atuação forte e convincente. É através do olhar dele, que para mim não é nada confiável, que todos os eventos do filme são narrados. Ou seja, se ele é um narrador em que não podemos confiar, não se pode ter certeza que os eventos sobrenaturais que "ele vê" realmente acontecem, entende? Justamente neste aspecto, entra a habilidade e a maestria do diretor como roterista. Dessa forma, tive impressão que Eggers faz um enfoque em muitas sequências alegóricas de "O Farol" no chamado horror cósmico que remete aos contos de H. P. Lovercraft, mas em ternos narrativos, esse é um filme tem suas origens nas narrativas góticas de Edgar Allan Poe. Talvez, uma das maneiras mais fáceis de entender "O Farol" é uma cena-chave em há um diálogo entre Thomas - William Defoe que eu acho que vai ser indicado ao Oscar de coadjuvente, com grandes chances de ganhar o prêmio, em que ele diz a Enphin , que o rapaz pode não estar no farol, mas em outro lugar e tentando fugir de alguma coisa. Ou seja, A SEGUIR VOU DAR UM BAITA SPOILER, POR ISSO SE VOCÊ NÃO VIU O FILME E TEM INTERESSE EM VÊ-LO, EU SUGIRO QUE NÃO LEIA: tudo o que vemos até então pode somente existir na cabeça de Ephain e a imagem final de forte conotação figurativa que representa culpa/castigo faz com que essa ideia ganhe sentido e tornou o filme mais thriller psciológico do que de terror/horror e dialoga mais com Poe do que Lovercraft - que me parece que é mais explorado no aspecto estético. Talvez o filme inteiro seja somente uma grande viagem mental, digamos assim, de modo a ressaltar a sensação de isolamento e loucura do protagonista. Mas, essa é minha leitura, e reconheço que ela é muito limitada, embora esteja dentro de um contexto mais coerente e verossímil.

[@leonkennedy2241]

Bem analisado, eu tambem tive a sensação de que apenas o personagem do pattinson existia e estava sozinho, o dafoe era uma alucinação da mente dele

[@VinteeQuadro]

Oi, Alessandro, tudo bem? Sem dúvidas, como dissemos no vídeo, nossa ideia não era apresentar a interpretação definitiva do filme, mas apenas a visão que a gente teve. E isso do Dafoe poder ser só uma projeção do Pattinson faz sentido mesmo, até quando o Dafoe verbalização isso diretamente em um momento do filme ali. Não foi a interpretação que mais nos saltou aos olhos, mas como dissemos, ele se encaixa nessa outra que tivemos também! Mas conta mais pra gente dessa relação do horror cósmico. Tu vê essa inspiração modulando isso que a galera vem chamando de pós-horror (com todos seus problemas de definição). E outra, não vimos muito O Iluminado aqui. Em que parte tu viu esse paralelo?

[@portrasdacutscene6292]

Análise fantástica!

[@VinteeQuadro]

Muito obrigado, cara! :)

[@Santos_-ww5ou]

Assisti este filme nesta ultima sexta feira, dia 10/01/2020. Excelentes interpretações, o filme traz boas análises sobre Psicanálise, mitologia grega, como "Prometeu acorrentado", a ideia de Totemismo, discussão sobre narrativas orais e gênero. Híbridos entre cultura cristã e grega. O produtor foi inteligente trabalhar neste filme. A cena do Robert Pattinson se masturbando e contemplando a luz do farol é um clímax no filme, traz excelentes discussões.

[@VinteeQuadro]

Sem dúvidas, Santos! E vai da tragédia grega à sexualidade, sem anular a hipótese outra! Filme riquíssimo mesmo :)

[@alexandrecavalcante1803]

Sou psicólogo, adorei a interpretação de vocês e também enxerguei muita repressão sexual no filme. Um certo voyeur dele assistindo ao velho no farol, a violência como tentativa de uma reafirmação e o folclore que sempre carrega um simbolismo sexual. Vários estudos já retratam as contos orais como um instrumento de regulação social, acho que isso enriqueceu a mitologia do filme.

[@VinteeQuadro]

Você então pode falar sobre todo esse paralelo com muito mais riqueza que nós hahaha! Que legal ter um endosso especialista hehe. Sinta-se à vontade pra compartilhar algum desses estudos, se for o caso! :)

[@o-despertar]

Adorei o vídeo. Assisti a vários vídeos no KZbin e gostei bastante como vocês tentaram buscar mais interpretação pessoal, pois eu buscava algo mais concreto de interpretação. E de fato os detalhes que vocês mencionaram fazem todo sentido e tem conexão lógica. Como todos sabem, um bom filme abre um leque de interpretações. Mas é gostoso tentar chegar próximo, ao menos, de todas as referências que o diretor quer de fato passar ou nas quais ele se inspirou. Uma única coisa que não ouvi em nenhum vídeo, porém, e que ficou em minha mente foi que o desfecho final começa quando ele conta o segredo dele (Thomas novato). A partir daí algumas cenas de forte suspense são geradas. Qual seria esse simbolismo de contar o segredo dele?

[@VinteeQuadro]

Fábio, em primeiro lugar, muito obrigado pelos elogios! Esses vídeos são bem divertidos (e trabalhosos de fazer), mas sempre geram debates muito legais aqui nos comentários. Sinta-se à vontade pra dar sua visão, caso queira :) Sobre a sua pergunta, uma hipótese que vem à minha cabeça (Natan falando), mas precisaria pensar melhor é, seguindo por essa ideia de que a ilha fosse a cabeça dele, isolada do mundo concreto, as revelações acabam destruindo o pouco que existe de estabilidade nela e, por isso, a ilha começa a inundar e etc. O que tu acha?

[@kaikeekitor2898]

A sua interpretação Nathan sobre a sexualidade e masculinidade do personagem do Robert Pattinson bem interessante e mim ajudou a montar a minha interpretação, Pattinson é homossexual (no filme) porque toda vez ele tanta se prova mas ser mas forte ele que ir ao farol né e as coisas que ele faz na quela casa como uma dona de casa né e como o

[@kaikeekitor2898]

O William se refere a ele sabe não não estou conseguindo explicar muito bem mas acho que vc entendeu, resumindo pra mim o filme fala sobre a sexualidade e desejo, vídeo incrível 🤩

[@VinteeQuadro]

Pois é, eu não sei se diria homossexualidade, mas tem uma fluidez desses desejos, dessa insanidade. E acho que ele ficar nessas pirações, sem bater muito o martelo pra nada também é algo muito positivo pro filme! :)

[@kaikeekitor2898]

@@VinteeQuadro verdade,mas pra mim essa minha teoria faz mas um sentido entendi por eu pensei por dias nesse filme aí a conclusão foi essa mas assim eu tenho várias outras mas prefiro essa obrigado por mim responder 🤩.

[@NinaFm]

Gente gostei do filme, acho ótimo ver as interpretações de cada um! É diferente para cada pessoa, e gosto de ver para pensar em outras possibilidades, achei interessante essa sobre a masculinidade, "senti" durante o filme toda essa tensão sexual, mas não tinha me atentado para esse lado! O bom é q vcs dois tb vêem de modo distinto, agrega mais.

[@VinteeQuadro]

Total, Nina! Discordância é o mais importante no nosso canal! O que queremos é o debate, e não de fato "explicar" uma visão única do filme! Sinta-se à vontade pra deixar sua leitura aqui conosco!

[@violenciaurbana66]

o filme superou minhas expectativas! para mim, o filme é sobre o desejo sexual e loucura. o personagem do Robert encontra-se em um declínio mental por conta desse forte desejo que em momentos acaba sendo reprimido por ele mesmo por não ser uma atitude máscula o suficiente. a cena final pra mim é impactante! objetificação dele pela luz e pelas ilusões criadas por ele mesmo sobre tal relaciona para mim o que ele tanto objetificou.

[@VinteeQuadro]

Sem dúvidas! Um filme super repressivo esteticamente (enquadramento, p&b, etc) dialogando justamente com esse tolhimento do protagonista! Valeu pelo acréscimo, cara! 😉

[@kleberlemos7921]

boa análise! dispensável as expressões chulas! a parte das gaivotas comendo o personagem lembram um pouco Prometeu irmão de Epimeteu??

[@VinteeQuadro]

Total, Kleber! E não sei se você estava falando das expressões chulas aqui nos comentários, mas se sim, de fato, galera não tem dó :P

[@alexandre-ld2em]

Duende verde tá diferenciado...

[@VinteeQuadro]

Que homão. Que dupla, na verdade hahaha

[@LucasFernandes-sb8cq]

Eu tive a impressão de quando o filme começou o Winslow começa o filme realmente chegando na ilha pode ser verdade só que o isolamento e a humilhação ele começa a surtar tanto que a partir da metade do filme pra frente ele começa a ficar cada vez mais louco e obcecado e também tem a questão da sexualidade extremo nesse momento acho que o filme já se passa apenas na cabeça dele sem nenhuma intenção com o mundo lá fora e talvez a cabeça que ele ache na armadilha para pegar lagostas pode significar que ele havia matado o velho marinheiro Tom e isso é uma maneira do subconsciente dele mostrar a ele oque está acontecendo ou seja ele começou o filme como uma pessoa normal começa a enlouquecer mata seu companheiro e depois disso todas as loucuras são obras de seu subconsciente quando ele está a beira da morte como vimos no final

[@VinteeQuadro]

Sem dúvidas, cara! Acho que as duas coisas conversam bem, e na verdade, agregam uma pra outra. Valeu pelo comentário :)

[@siusiferreira2453]

A bruxa é tão intenso que eu por ex me senti mal fisicamente . Aquilo tudo parecia real. Eu me senti dentro . Muito impactante. Grande diretor sim.

[@VinteeQuadro]

Já deixou de ser promessa desse cinema recente de terror! Nomão :)

[@WHYGORMARTHYNSSERIES]

queremos vocês na OX STUDIOS MENINOS

[@VinteeQuadro]

Manda inbox no insta ou email pra gente, explicando melhor! 😊

[@diegobertoldo4775]

Revi o filme. Minha conclusão genérica é: o filme é uma alegoria da psiquê humana. A constante disputa entre os dois personagens principais é uma representação de uma disputa agônica entre duas forças da natureza. "Agon" é um conceito grego que, grosso modo, significa uma disputa onde não há vitoriosos. Nietzsche, ao falar dos movimentos da vida, em O Nascimento da Tragédia, diz que os dois polos (Apolínio e dionisíaco) desse movimento estão em disputa constante; em uma disputa agônica. Considerando a influência de Lovecraft no filme, diria que essas duas forças, Wake e Winslow - representações dos deuses Proteu e Prometeu - são duas forças muito antigas e imemoriais. Mais uma vez considerando Lovecraft, que em "O chamado de Cthulhu" diz que os deuses mais antigos, as forças mais sinistras do universo profundo se revelão aos homens em sonhos, diria que o tema da disputa entre essas duas forças (masculinas) é a besta do elemento feminino (representada pela sereia). O pequeno totem em forma de sereia que Winslow encontra, isso é mais um elemento extraído de Lovecraft. Depois de encontrar o totem a Sereia passa a se revelar nos sonhos de Winslow. E essas aparições em alguns momentos se mesclam com o conflito que o personagem de Pattinson trás, que é a morte de seu antigo "chefe". Ou seja, a questão sexual ligada a pulsão de morte (elemento psicanalítico). Nesse ponto, a leitura que vocês fizeram se encaixa muito bem. No entanto, Winslow mata Wake. O que aparentemente colocaria em questão minha afirmação de que eles estão em uma disputa onde não há vencedores. Só que não... . Winslow mata Wake e, finalmente, tem acesso a luz do farol. Ao encarar de frente a luz mais um elemento de Lovecraft entra em cena. Também em "o chamado de Cthulhu" Lovecraft diz que além dos homens existem bestas terríveis, que emitem sons horripilantes, vivendo nas profundezas do universo... e não há nada mais mortificante do que ver homens emitindo sons que são próprios a essas bestas. E o que temos na cena em que Winslow encara a luz? Exatamente isso, Pattinson emite sons guturais, típico das bestas. Por fim, Winslow, que já não é mais Winslow, mas Tomy, pois já absorveu Thomas (e inclusive já reproduz suas falas enigmáticas), depois de encarar sua verdade (a resolução de seu conflito com a natureza feminina), tem o destino de Prometeu: viver eternamente acorrentado em uma rocha, tendo seu fígado comido por um abutre (gaivotas). E porque eu disse antes que a morte de Wake não põe fim a disputa agônica? Porque o mesmo conflito parece ter se desenrolado entre Winslow e seu antigo chefe, e também entre Thomas e seu antigo ajudante. No caso da disputa de Thomas e seu ajudante, pelas alucinações que Thomas diz que seu ajudante teve, podemos deduzir que o conflito entre eles era de cunho religioso (porque o ajudante dizia que a luz do farol era a própria luz de um santo). Então, penso eu, o mesmo conflito seguirá sendo vivenciado, em diferentes contextos, com diferentes personagens e sobre diferentes questões, mas... ele seguirá agônica e eternamente. Ou seja, a disputa presente no filme é uma analogia dos nosso próprios conflitos internos.

[@VinteeQuadro]

Diego, obrigado por essa leitura toda referenciada, e que bacana que você acabou vendo que acabamos convergindo em alguns pontos mesmo que sem o seu embasamento! De fato, a única coisa que alteraríamos é esse elemento feminino que você disse ser a "sereia". Acho que a torre, a luz cabem até melhor como elementos que eles podem fantasiar seus próprios ideais femininos. Que também em último caso tem a ver com as sereias, né, seres que no isolamento do mar, podem ser criaturas que atraíam os homens à morte, mas também são só projeções da solidão e tolhimento desses marinheiros.

[@diegobertoldo4775]

Esse filme dá "pano pra manga"... rs. Sobre nossa divergência, não acho que exista, os dois elementos não se excluem, a torre e a sereia (o falo e a vagina). Eles se complementam. A Sereia aparece nos sonhos e nas fantasias sexuais (elemento psicanalítico). Esse é um polo do conflito. E o farol é o elemento simbólico do outro polo do mesmo conflito. Forças femininas e masculinas. A fragilidade da masculinidade está diretamente ligada a dificuldade em reconhecer e assumir as forças femininas do universo.

[@joaobatistamachado3714]

gostei do canal

[@VinteeQuadro]

Seja bem-vindo! :)

[@OutroJ040]

Eu realmente interpretei como os dois personagens sendo uma só coisa, de alguma forma é um disputa de masculinidade interna acontecendo ali, talvez o farol seja o desejo, ou curiosidade do ephrain q seu próprio subconsciente o proíbe, n sei, é meio dificil tirar uma conclusão exata depois q ele atinge o farol e morre comido pelas gaivotas, talvez seja o julgamento dos homens no momento em q ele realiza o desejo ou curiosidade dele, n sei, algumas ligações com mitologia grega e de marinheiros ali eu tbm n sei bem oq interpretar interpretar. É um bom filme, continuarei a pesquisar pra chegar em alguma conclusão Obs: esse povo dos comentários ofendidos pela observações de vcs a respeito de masculinidade, demonstram como tem uma masculinidade fragil e me faz pensar q no fundo é a respeito disso q o filme quer falar

[@VinteeQuadro]

Ótima observação: talvez seja a essas pessoas que o filme queira atingir, mas que defrontadas com isso, vão negar tudo tal como o Pattinson. Esperamos apenas que eles não terminem como ele hahahaha. Mas sobre as interpretações, tanto esse tolhimento, quanto a tragédia grega, e as razões mais de isolamento acabam se somando! Aliás, o comentário aqui no vídeo da Natasha Avital abre uma porta bem interessante nesse sentido. Dá um bizu lá 😊

[@dricadriandrade1740]

*6:12** tela de uma artista nacional!*

[@VinteeQuadro]

Pois é! Estampou o cartaz da Mostra Internacional de SP de 2019 ;)

[@joaobatistamachado3714]

tem ligação com a bruxa?

[@VinteeQuadro]

Então, pelo que o Eggers até brinca na coletiva, ele não tinha pensado nisso quando fez O Farol, mas muitos viram como uma resposta à bruxa, nesse debate de despertar da feminilidade X tolhimento da masculinidade

[@joaobatistamachado3714]

vocês podem postar o filme completo legendado

[@VinteeQuadro]

O filme ainda está rodando festivais! Então ele ainda não está nas redes

[@luanantonietti2268]

Já tá sim. Só procurar...

[@rodrigogrm4266]

Eu acho que esse tipo de filme já ultrapassa a barra de simbolismo que eu tolero. Porque chega num ponto em que pode significar quase qualquer um dos grandes dilemas humanos. Não estou tirando os méritos técnicos do filme, que é um primor de visual e atuações. Mas é o tipo do filme que é tão abstrato que é difícil até de criticar, porque nem se sabe a quê se propôs. Esse é bem o tipo que eu procuro ver o que disse o diretor ou roteirista. Porque aí eu consigo ter um parâmetro do que o filme quis passar e rever a obra segundo essa luz (mas nunca assisto essas entrevistas antes de assistir uma primeira vez). Eu concordo que a obra, uma vez liberada, é livre pra ser ressignificada na cabeça de cada um. Mas fato é que ela é feita com uma intenção e um significado específico em mente (ainda que essa intenção seja ser plural em interpretações), mesmo quando isso nunca nos é revelado, e todos os elementos do filme operam em favor desse significado e não dos outros que criamos, de maneira que, em tese, essa será a interpretação que "caberá melhor".

[@VinteeQuadro]

Não podemos negar que esse argumento é um campo minado hahahaha. Como dissemos no vídeo, tua leitura só precisa ter respaldo em elementos do filme. A partir daí, a coisa já é válida. Se tu for seguir essa sua abordagem, é só ter em mente que a proposta do diretor é só mais uma das possíveis na lógica de um filme :)

[@luiscosta6951]

Creio que o filme é inspirado no expressionismo alemão dos anos 20.

[@VinteeQuadro]

Sem dúvidas, Luis! Inclusive, antes da parte da interpretação, o Eder fala exatamente sobre isso em detalhes. Com infos do próprio diretor :)

[@raulhessel1006]

É uma perspectiva que pode ser relacionada com o fetichismo de Freud, tive algumas percepções bem parecidas de ambas as partes, parabéns pessoal!!

[@VinteeQuadro]

Total, Raul! Se quiser desenvolver mais, sinta-se à vontade. Mas valeu pelo comentário ;)

[@fernandomarques3297]

O filme é muito bem feito, mas vamos ser Justus, não foi oque esperávamos depois da bruxa.

[@VinteeQuadro]

Será? Nós dois aqui gostamos mais desse do que dABruxa!

[@joaoalexandremouragomes9405]

Cara,acabei de ver o filme, e estou me sentindo muito mal por não ter interpretado NADA kkkkkkkkkkkk. Achei o filme além da minha compreensão

[@VinteeQuadro]

Kkkkkkkkk, maginaaaa. Esperamos poder ter dado uma luz pra você, mas a sua interpretação, é você quem faz :)

[@sensapaura]

Eu vejo The Lighthouse como uma escultura antiga

[@VinteeQuadro]

Conte-nos mais

[@sensapaura]

@@VinteeQuadro bom, é escultura antiga é um termo meio alegóricos, mas ta aí: 1º - Eggers pega as escrituras antigas da mitologia grega, e representa ela na forma de um filme. Antigamente as únicas mídias que tínhamos era a pintura e a fotografia, tinha o teatro também, mas ele era algo de pouco alcance. A pintura e a fotografia pode se propagar por anos e anos e continuará igual. Enfim, pinturas antigas retratando a mitologia grega, eras as histórias escritas retratas em imagens: era o que o autor interpretou naquilo junto a seu conhecimento de mundo e retratava o imaginava ser. O conhecimento durante os anos vai crescendo e se aperfeiçoando, e vamos descobrindo através da ciência o que é verdade e o que é mito. Eggers pega o simbolismo da mitologia grega, e trás para um mundo factual... um mundo as coisas podem acontecer de fato. O mesmo da pra ver em Coriga, ele não tem superpoderes, ele não tem aparatos tecnológicos que tornem ele um herói ou vilão, ele se torna o que se tornou de maneira natural, não precisou de mais nada além do mundo real. Resumindo: é uma interpretação do que seria histórias da mitologia, num mundo moderno natural e normal. A loucura dos personagens é realidade, o sofrimento por estarem longe da civilização é realidade, as alucinações são verdades. Então é criado um mundo onde personagens mitológicos podem existir de fato! 2º - Da mesma forma como pintores antigos retratavam cenas da mitologia escrita, Eggers faz o mesmo no filme. A cenas onde a imagem fica estática por alguns segundos retratando cenas que podem ser icônicas nas histórias mitológicas. Ex: a cena onde os corvos devoram o corpo do Pattinson, ou a cena onde os olhos do Dafoe brilham e iluminam a cara do Pattinson. Isso são retratações de pinturas antigas expressas em imagem em movimento: cinema. É uma forma de representar a visão do Eggers sobre a mitologia, no contexto que ele está inserido e do que ele imagina ser. 3º - O filme é feito como uma escultura milimetricamente esculpida. No começo não acontece nada demais, cenas de dois trabalhadores num farol, um bloco de mármore sem sentido. O filme vai ganhando uma história, e o bloco de mármore vai criando forma. Até chegar no seu máximo e terminar de ser esculpido, onde nada além daquilo pode ser melhorado ou concluído. É o final, acabou, nada além daquilo por ser visto. Que no caso pode se fazer uma relação com a morte dos personagens, onde o farol também morre. Não tem ninguém para alimentar aquele farol, possivelmente ninguém irá tentar resgatar os dois homens, aquele ilha está fadada a destruição. Um ponto final q jamais poderá ser continuado. O diário do Dafoe naquela cena da enchente também foi destruído. É uma história de começo, e fim. Uma demonstração da autodestruição humana, onde aquela famosa frase nunca fez tento sentido: Daqui não levamos nada!

[@sensapaura]

Uma coisa q esqueci de escrever: não há referências a mitologia GREGA, É a mitologia grega personificada.

[@VinteeQuadro]

Bicho, 10/10 sua interpretação! Bem original, e super faz sentido. Juntando isso que o Eder disse do expressionismo, sua teoria cai ainda melhor! Muito bacana a riqueza que o filme abre, e que bom que compartilhou conosco :)

[@sensapaura]

@@VinteeQuadro Showw! :) Queria sugerir que façam um outro vídeo sobre o filme, com outros interpretações que seriam possíveis. É um filme sem fim de debate..

[@rafael-ct8ql]

No inicio do filme, alguns recursos de cenario e enquadramento sugerem o tempo inteiro que são pessoas opostas, diferentes. Não faz sentido forçar essa teoria de que são a mesma pessoa.

[@VinteeQuadro]

Que o filme é literal, não é. Mas sem dúvidas, eu, Natan, vou bem mais pela outra leitura que propusemos :)

[@frza5398]

SPOILEEEEEEEEEEEEEEEERS CÊS TÃO' AVISADOS, HEIN !? no meu ver, o que o personagem do robert pattinson experiencia é nada mais do que uma maldição do "deus das gaivotas" (é absurdo, eu sei, mas combina com a atmosfera as vezes absurda da obra). lembram que quando ele mata aquela gaivota, o vento muda, e uma tempestade de eventos acontece, resultando na morte dele sem um olho e com as tripas expostas (que nem a gaivota q ele matou) ? se formos comparar ao antigo cuidador de farol que trabalhou antes do pattinson chegar (cujo qual foi encontrado apenas a cabeça, e sem um olho), há uma certa semelhança alí. o que pode ter acontecido alí é que essa maldição faz com que esses eventos e mortes aconteçam de novo, e de novo, e de novo, e de novo, e por aí vai. a real é que esse "modelo de acontecimentos" é meio famoso no storytellling de algumas outras obras cinematográficas. na majestosa primeira temporada de "True Detective", um dos personagens principais fala sobre a "Doutrina do Retorno Eterno", do filósofo Nietzsche, que diz que "o tempo é um círculo plano", onde tudo acontece de novo, e de novo, e de novo e de novo, pela nossa falta de conhecimento sobre nossa própria história, sendo assim, não previmos nem observamos erros que cometemos, o que nos leva a cometê-los novamente. se elevarmos esse conceito a um nível "universal", é possível que vivamos a mesma vida, as mesmas coisas, independente da reencarnação na qual estamos. podemos ver isso acontecento também no filme "A Ghost Story", no episódio da geladeira em "Love, Death & Robots", e em "The Lighthouse". o que dá pra tirar disso é que nós somos resultados da ira de algum deus que nos colocou aqui pra passar pelas mesmas coisas, altos e baixos (considerando que sempre depois de um alto, haverá um baixo, e vice-versa, o que faz com que esse conceito se torne um sadismo sem fim). maaaaas, posso estar totalmente errado.

[@VinteeQuadro]

Perfeita leitura, meu caro! Inclusive, o paralelo com o fardo de Prometeu cai como uma luva nessa sua argumentação: de todo dia ter seu fígado comido e recomposto por ter atiçado contra os deuses. E também tem aquela coisa do purgatório, como ponto de onde não se escapa, embora nosso barqueiro (Dafoe) nos empurre cada vez mais pro Inferno, conforme replicamos esse eterno retorno! "O Homem Duplicado", do Villeneuve também tem uma premissa, que aliás, também fala de masculinidade frágil, embora mais de fidelidade, que também dialoga bem com seu comentário!

[@OCriticoAle]

Vim para tentar entender mas ainda acho o filme uma masturbação (sem trocadilhos com a interpretação) técnica com roteiro capenga e ambicioso demais. Achei chatissimo e, assim como A Bruxa, superestimado. Respeito a interpretação mas acho q ver como algo sobre masculinidade e sexualidade é ver algo onde não tem e deixaria o filme ainda menor, mas é algo pessoal. Acho q o diretor perdeu uma grande chance de fazer algo inédito num nível Lovecraftiano.

[@VinteeQuadro]

Gostamos da palavra hahahaha. Bem, as diferentes percepções estão para isso ai mesmo. Eu (Natan) usaria essa palavra prum filme como Midsommar, por exemplo :) Mas o que te faltou para chegar em algo de Lovecraft?

[@OCriticoAle]

@@VinteeQuadro mas Midsommar tem mais a dizer do q O Farol rsrs Ao invés de querer criar tantas metáforas, inclusive com mitologia grega, deveria focar na perda gradual da insanidade q um ambiente de isolamento provoca, q o filme aborda superficialmente.

[@VinteeQuadro]

Curioso, Alê, porque numa leitura apenas narrativa do filme (sem masculinidade, sexualidade), eu vejo ele ensandecendo por conta desse isolamento. Tu não vê nadica disso?

[@claudiohenriquedias1838]

Viajou

[@ximenamiranda9279]

Sereia foi só delírio?

[@VinteeQuadro]

Na nossa leitura, sim :)

[@delioneri8567]

Se precisa ser explicado, certamente é porque o filme deve ser muito ruim, e os agraciados com uma inteligência superior tentam justificar os conteúdos metafóricos da produção. Não questiono fotografia e performance dos atores, considerando principalmente Willen Dafoe, um extraordinário ator. Definitivamente não asistirei.

[@VinteeQuadro]

Sentimos em lhe dizer que você estará perdendo um dos melhores filmes de 2019! Sim, "explicar" é péssimo, mas infelizmente é o que as pessoas procuram na barra de pesquisa. Por isso deixamos sempre claros nos vídeos que essa é uma interpretação nossa, não a única, e que queremos ler outras! Simples :)

[@alexreis3615]

É um filme PARA amantes de cinema. O grande público, leigos, não entenderão, ou classificarão o filme apenas como um BOM filme. Somente.

[@VinteeQuadro]

Gostamos bastante do filme sim, mas também achamos que não precisamos fazer essa divisão, porque ai acabamos afastando pessoas que podem começar a descobrir grandes maravilhas justamente partindo de filmes como esse! :)

[@gustavodias4865]

Gosto de terrores não convencionais, a bruxa é uma obra prima. Mas esse "O farol" fraquíssimo! Historinha fraca, diretor quis apelar pra metáforas e fez um filme confuso, sonolento, completamente diferente de a bruxa.

[@VinteeQuadro]

Curioso que não gostamos muito do final dA Bruxa justamente por achar que ele vai por uma veia muito literal, tirando essa ambiguidade da qual "O Farol" está repleto! Mas respeitamos sua visão 😉

[@samessilva3670]

Intindi nada desse filme

[@VinteeQuadro]

Esperamos que o vídeo tenha dado um possível encaminhamento

[@FelipeSouza-ns3ww]

O Natan deveria abrir um canal só pra ele. Não deixa o outro falar, fala pra Caralho. Tipo o estudante de facul que fica querendo exibir seu conhecimento, provar seu valor.

[@VinteeQuadro]

Meu querido, fora a deselegância do outro comentário, a raiva nesse. Ainda assim, como deixamos claro em todos os vídeos, todos os comentários são bem-vindos e respondemos a todos eles. Por isso, você sabia que muitas vezes a gente "treina" e repete take para um cortar a fala do outro, e assim não ter tempo morto de vídeo? Afinal, nossos vídeos são longos, quase 20min, porque discutimos muitos assuntos, e tudo que a gente pode fazer pra reduzir fazemos. Ainda assim, não te tiro a razão (quem escreve é o Natan), reconheço esse problema em mim. Como edito os vídeos, fico meio desesperado para que tudo caiba no tempo e, além desses momentos combinados, acabo as vezes atropelando o Eder. De qualquer forma, agradecemos pelo toque, e pedimos nem com a gente, mas que vale pensar se precisa ser tão raivoso nesse ambiente já tóxico da internet. Não ganhamos um tostão com o que fazemos, e sempre sempre tentamos melhorar com as críticas. No lugar da raiva, seu maior protesto é só deixar de nos assistir, como tu sugeriu no comentário do Midsommar. Abraços!

[@renanbarbosa1160]

Rapaz.. assim, cada um tem as suas próprias interpretações, e essa é uma das graças do filme. E não querendo descordar completamente do que vocês estão falando, mas haviam tantas outras maneiras mais plausíveis de interpretar o filme antes de chegar nessa..

[@VinteeQuadro]

Mas legal que você falou "antes de chegar nessa". Quer dizer que em algum momento alguém poderia chegar nela, não?! E pra que falar de uma coisa que todo mundo já estava falando, né?! Mas o mais importante é que tudo que a gente fala aí não e pra parecer diferentão; a gente realmente assistiu ao filme com essa leitura! :)

[@heyyhuyy3679]

Namoral queria ver um review do filme nao um quadro da vida do personagem do robert

[@VinteeQuadro]

Oxe, e analisar a trajetória de um personagem não é leitura sobre o filme?!

[@heyyhuyy3679]

@@VinteeQuadroRespeito as suas interpretaçoes sim! mas é explicando o farol basicamente vocês só falaram sobre o winslow e a não do filme em geral ...

[@DouglasSantos329]

viajaram... vcs n notaram nem o olho da gaivota e a história do antigo ajudante do veio... além da comparação final ao Prometeu

[@VinteeQuadro]

Múltiplas leituras são sempre válidas, né, cara. Com tantos elementos, a gente ficou com aqueles que explicavam nossa hipótese! Mas você é sempre bem-vindo a deixar a sua aqui também 😉

[@DanielLongoBraga]

Analise do filme muito fraca. A leitura mais conivente desse filme esta na mitologia grega. O Wane é o Tristão, conhecido como “o homem velho do mar” e o Wislow é o Prometeus, que rouba a chama (luz do farol) para entregar à humanidade. A analogia é tão perfeita que, na mitologia grega, quando Prometeus tenta roubar a luz Zeus o pune, acorrentado, com um corvo todos os dias comendo seu fígado. Referência mais clara que essa impossível

[@VinteeQuadro]

Como respondemos em outros comentários, uma teoria não anula a outra. Podemos conviver com várias e, desde que bem argumentadas, não tem uma mais forte que a outra ;)

[@HenriqueSaudade]

Ótimos sons e imagens, interpretações incríveis, mas o filme ficou chatíssimo. Tipo "Mother" que é ridículo. Esse negócio de porra na cara é puro fetiche do crítico.

[@VinteeQuadro]

Com porra ou sem porra, o que importa é se ela faz sentido no contexto do filme. A nós, como tentamos explicar no vídeo, faz. Em outros filmes, é só choque gratuito. Mas faz parte a discordância ;)

[@facanacaveira22]

Falaram muito mas não disseram nada !

[@VinteeQuadro]

Diga você então, o debate está aberto :)

[@gabrielvinciuscortesdemede7845]

caramba... falaram falaram e não disseram nada.........

[@kaldacasadeel-kalel8075]

"Tensão sexual entre os dois, objeto fálico, esperma". Eu assisti outro filme então, não vi nada disso, basta ter dois homens num filme que os gueis já ficam fantasiando. KKKKKK O conflito entre eles é muito interessante! É uma disputa de quem manda e quem obedece. Talvez por eu ter estudado desenho técnico, eu vejo o farol como um objeto cilíndrico, não como um falo gigante, novamente a fantasia homossexual se projetando. As gaivotas no folclore de muitos países é vista como a encarnação das almas de marinheiros mortos. E por que homens? Porque a maioria dos navegantes são homens, apenas isso. O filme poderia ser homoerótico sem problema nenhum, se fosse o caso, mas não é. E quem vê isso está forçando a barra da interpretação.

[@VinteeQuadro]

Bom, pela terceira ou quarta vez que digo isso aqui, o Natan, quem mais defendeu essa teoria, não é gay! O mundo é muito maior do que "sou x, penso x". E o filme pode conviver com várias interpretações, desde que bem argumentadas, e tá tudo certo ;)

[@airtonsen8838]

Os proprios artistas e diretor confirmaram mano...

[@ghalebbessatarraf5729]

Perdi tempo aqui.

[@VinteeQuadro]

🤷

[@crisao4049]

O filme é uma merda bem grande, só os metidos a ser intelectuais que vão dizer que é bom. Assistam Hereditário ou Mother pra ver o que é filme bom.

[@VinteeQuadro]

Toda opinião é válida. Só seria bacana você tentar argumentar porque desgastou do filme, ao invés de simplesmente ofensas, né?! 🤷

[@crisao4049]

@@VinteeQuadro Imagem horrível, um monólogo bem chato de dois caras bêbados com um final sofrível, não tem nada que salve. Filme lixo do lixo. Vou fazer uma pequena lista de filmes de terror de verdade. Hereditário Invocação do mal Mother Sobrenatural Ghostland Entre outros.

[@ramonnerdferr]

@@crisao4049 Viu o filme no Torrent "imagem horrível"

[@tarlosceixeira]

@@crisao4049 tente assistir novamente outro dia. talvez você apenas esteja num dia ruim

[@MarceloHenrique-df1im]

@@crisao4049 Tu ta listando filmes de terror, mas o filme em si não é de terror. Tu tem algum problema mental ou tá com raiva de alguma coisa?