O que é PLANETARY ROMANCE

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Uma das mais queridas expressões da Ficção Científica, o PLANETARY ROMANCE se tornou um símbolo das revistas pulp do início do século vinte nos Estados Unidos, trazendo narrativas ambientadas em planetas habitados por uma fauna e flora exótica e civilizações antigas. Quando ela surgiu? Quem foi o seu maior promotor? E quais são as suas relações com o Space Opera?
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=== SOBRE ALEXANDER MEIRELES DA SILVA =====
Alexander Meireles da Silva é Doutor em Literatura Comparada pela UFRJ (2008), Mestre em Literaturas de Língua Inglesa pela UERJ (2003), Especialista em Educação a Distância pelo SENAC (2003). Desde 2009 é Professor da Universidade Federal de Goiás odne atua na Graduação em Português, na Graduação em Português e Inglês e no Programa de Mestrado e Doutorado em Estudos da Linguagem da Unidade Acadêmica Especial de Letras e Linguística. É pesquisador do Fantástico nas suas vertentes da Fantasia, Gótico, Horror e Ficção Científica há duas décadas, orientando trabalhos e pesquisas na Graduação e Pós-Graduação e escrevendo artigos sobre esse campo. É autor do livro LITERATURA INGLESA PARA BRASILEIROS: Curso completo de literatura e cultura inglesa para estudantes brasileiros (2005), publicado pela editora Ciência Moderna e adotado por instituições de ensino superior públicas e privadas no Brasil.
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[@MrQuiof]

O RPG Dungeons and Dragons também se inspira nos romances planetários, o Gary Gygax cita no chamado Appendix N, uma lista de obras que o inspiraram nos cenários de D&D, é claro que Conan e Senhor dos Anéis também estejam nessa, ele evitava citar por questões de copyright, já que tiveram que trocar o termo hobbit por halfling. Lá na Wikipédia tem essa definição sobre o colonialismo no subgênero:"No romance planetário, as transformações da "space opera" são aplicadas ao gênero de romance "pulp": o bravo aventureiro torna-se um viajante espacial, freqüentemente da Terra, simbolizada pela Europa e Estados Unidos modernos (entendidos como centros de tecnologia e colonialismo). Outros planetas (freqüentemente, nas primeiras histórias do gênero, Marte e Vênus) substituindo Ásia e África como locais exóticos; onde tribos hostis de alienígenas e suas decadentes monarquias substituem os estereótipos ocidentais de "raças selvagens" e "despotismo oriental". Enquanto o romance planetário tem sido usado como um modo de expressar uma vasta variedade de idéias políticas e filosóficas, um assunto permanente é o do encontro de civilizações mutuamente alienígenas, suas dificuldades de comunicação e os resultados freqüentemente desastrosos que se seguem. " Flash Gordon era pra ter sido uma tira de John Carter, mas as negociações não foram pra frente, aí misturaram com enredo de When Worlds Collide, Philip Wylie e Edwin Balmer. Tem o Adam Strange da DC, que é um misto de John Carter com Buck Rogers e ainda é loiro como Flash Gordon. George Lucas tentou convencer o Dino De Laurentiis como diretor do filme do Flash Gordon da Universal, como não conseguiu, ele havia descoberto que John Carter veio antes de Flash Gordon e criou Star Wars com elementos de tudo que ele gostava, mas Star Wars é space opera, tem quem chame de espada e planeta, mas esse é um subgênero do planetary romance, as lutas de espadas vieram de coisas que o Lucas gostava: samurais, swashbucklers e Flash Gordon. A Leigh Brackett foi muito influenciada pelo ERB, tanto que há um artigo interessante no ERBzine chamado The Colonial Barsoom. www.digital-eel.com/blog/ADnD_reading_list.htm www.erbzine.com/mag17/1783.html Artigos que são interessantes www.rederpg.com.br/2016/02/24/dd-voce-colocou-ciencia-na-minha-fantasia/ formigaeletrica.com.br/games/dark-sun/ UNIVERSO PARALELO: E se George Lucas tivesse dirigido FLASH GORDON e não STAR WARS? opastelnerd.wordpress.com/2015/05/07/universo-paralelo-e-se-george-lucas-tivesse-dirigido-flash-gordon-e-nao-star-wars/ Acontece o mesmo no que você fala do mundo punk, hoje tem autores que escrevem planetary romances modernos, em RPGs tem Warriors of the Red Planet, Mars, suplemento de Savage Worlds (que tem até tripods), John Carter tem um RPG recente pela Modiphius (que também está com a licença de Conan), mas tinha um nos primórdios chamado John Carter, Warlord of Mars publicado pela Heritage Models em 1978.

[@fantasticursos]

Muito obrigado. Grato pelo rico comentário como sempre. Abraços

[@KlausProvenzano]

Muito muito legal. Adoro John Carter de Barsoom. Adoro Flash Gordon, mas não sabia que adorava Planetary Romance! Valeu, prof!

[@fantasticursos]

Obrigado pelo comentário. Abraços

[@pedro5603]

Belo vídeo, vc poderia fazer um dia, um videos sobre o impacto da ideia dos canais de Marte no mundo da fantasia e ficção ?

[@fantasticursos]

Obrigado pela sugestão Pedro. De fato, já falei de Marte em um vídeo no quadro "Decifrando Símbolos". Olha ai: kzbin.info/www/bejne/qHaqn4mDhcd7Y7c

[@vitorblackwater8531]

Boa professor ótimo video, planetary romance um exelente gênero do fantástico, e obrigado por acrescenta mais elemento que eu ñ conhecia.

[@fantasticursos]

Muito obrigado. Grato pelas palavras. Abraços

[@DemisLima]

Legal as conexões até com a Teosofia!!! Caraca!!!

[@fantasticursos]

Pois é. Cheio de peculariedades. Abraços

[@carloscastro8095]

Li muitos destas modalidades na Coleção Argonauta da Editora Brasil-Lisboa de Portugal. Apesar da péssima tradução a coleção chegou a algumas centenas de edições de grandes e desconhecidos autores. Aqui no Brasil tivemos várias editoras tentado publicar, mas nunca chegando a algumas dezenas de publicações. A mais longínqua foi a Hemus.

[@fantasticursos]

Pois é. Sinto falta das Space Operas e Planetary Romances rasteiros. Os da Argonauta também fizeram parte da minha formação, mas sempre os relacionei com obras mais desenvolvidas.

[@carloscastro8095]

Tivemos algumas publicações no Brasil sim. Além da Asimov Magazine, tivemos A coleção Galáxia 4 da Rio Gráfica Editora. Coleção Ficção Científica da editora Global, Coleção Fricção - Science Fiction da Ediouro e a Coleção Urânia da Cedibra. Mais nunca ganhamos das coleções de Portugal. Com as série Antecipação da Galeria Panorama. Coleção FC da Europa-América e finalmente as várias centenas da Coleção Argonautas da editora Brasil-Lisboa.

Muito bom professor. Particularmente estou lendo Duna e estou apreciando bastante. Até onde eu pude avançar na leitura realmente casa bastante com a sua descrição (o planeta sendo um elemento importante na história, certos elementos de fantasia, etc)

[@fantasticursos]

Legal! DUNA é top. Abraços

[@patriklifeslikethat.7133]

Conteúdo impressionante. Parabéns, Professor.

[@fantasticursos]

Eu que agradeço a sua presença e comentário. Abraços e tenha uma semana fantástica.

[@DemisLima]

Vou compartilhar!!!

[@fantasticursos]

Muito obrigado parceiro.

[@vtezoni]

Ótimo video, como sempre!

[@fantasticursos]

Obrigado Veronica pela presença de sempre. Abraços

[@vitorblackwater8531]

Essa nova leva de videos vai ser muito interessante ansioso 👍.

[@fantasticursos]

Que bom que está gostando. Obrigado pela presença. Abraços

[@CarolFazollo]

Acho os livros da série Darkover muito interessantes, mas não sabia exatamente se era ficção científica ou fantasia, porque trata mais de relações humanas do que de tecnologia e ciência, apesar de todo o contexto de viagens espaciais e colonização planetária. Na verdade, os temas da série são muito amplos, acho até difícil encaixar em um só gênero, mas gostei de conhecer o termo "planetary romance"!

[@fantasticursos]

Sim. As obras vão escorregando para outras leituras. Abraços

[@L.U.E.]

Amei o vídeo. Muito esclaredor sobre as diferenças e semelhanças entre romance planetário e espace opera. Li Uma Princesa de Marte e outras novelas da mesma série e posso dizer que influenciaram muito no meu trabalho como autora.

[@fantasticursos]

Penso que deve ser uma das mais influentes pelo potencial narrativo. Obrigado pelo comentário Lu.

[@DemisLima]

Não tive como não pensar em DUNA!!!!

[@fantasticursos]

É a primeira coisa que vem a cabeça.

[@giulianoleal8165]

Excelente vídeo. A obra 'Os Amantes do ano 3050 - Philip José Farmer' é exemplo de planetary romance?

[@fantasticursos]

Essa obra Giuliano, que alias foi a primeira a mostrar um relacionamento sexual entre um humano e uma extraterrestre, traz uma história delicada sobre o lugar do outro e a busca de um território onde as diferenças se anulam. Ainda que ele tenha os elementos imagéticos presentes no Planetary Romance no meu ponto de vista ele não tem o ritmo rápido e sequencia de acontecimentos que caracterizam o gênero. Esse romance do Farmer é mais elaborado. Obrigado pelas palavras e comentário

[@jonasmacedo3686]

Excelente! Compartilhando!!!

[@fantasticursos]

Opa! Muito obrigado Jonas. Agradeço. Abraços

[@bruno18803]

Essas conexões com a teosofia eu iria morrer sem saber, vídeo muito bom como sempre.

[@fantasticursos]

Muito obrigado Bruno. Abraços

[@FrankCastiglione]

Rapaz, que achado esse canal! Vim pelo Ministério dos Quadrinhos.

[@fantasticursos]

Obrigado pela presença. Seja bem vindo ao Fantasticursos. Qualquer coisa é só escrever. Abraços

[@FrankCastiglione]

@@fantasticursos Eu que agradeço! Foi interessante conhecer o canal justamente por este vídeo, pois gosto muito de ficção científica, mas sempre notei um certo "limbo", onde estavam obras como He-man (Mestres do Universo), Krull, Thundercats entre outras. As quais tinham mormente elementos fantásticos mas, ainda assim, traziam algo de Sci-Fi. Porém, as considerava algo meio "farofa". Não que o rótulo seja de suma importância, mas o enquadramento no "Planetary Romance", me ajudou a ver com outros olhos esse nicho. E não há como negar: sempre trazem um certo exotismo e ar de mistério, que provocam um agradável "desconforto". Seu vídeo, inclusive, me fez sentir vontade de assistir um filme para o qual sempre torci o nariz: John Carter / A Princesa de Marte. Grande abraço!

[@leonardopeixoto4970]

A série de livros de John Carter foi publicada completa no Brasil ? Pois até onde sei , só foi os dois primeiros , que tenho aqui em casa .

[@fantasticursos]

Só os dois primeiros mesmo.

[@victorcp2uerj]

Como sempre um ótimo vídeo. Gostaria que mais romances do tipo chegassem no Brasil, mas infelizmente a literatura Pulp parece não ter força de venda por aqui. Abraços.

[@fantasticursos]

Faltou ao Brasil uma Era Pulp. Segundo especialistas como Bráulio Tavares, esse é um dos fatores pelos quais a FC demorou a engrenar no Brasil. Grato pelas palavras e comentário. Abraços

[@MrQuiof]

Aqui, só quem lia os quadrinhos ou lia em inglês, soube o que romance planetário, já que nos jornais e gibis do Tarzan, vieram John Carter, Carson de Vênus e outras criações do ERB.

[@fantasticursos]

@@MrQuiof Exatamente. Boa lembrança!

[@MrQuiof]

Os livros de Barsoom só vieram por causa do filme, mesmo assim, só saíram 3 da série e uma romantização do filme, space opera também tem uma lacuna, Doc Smith só veio pra cá em edições portuguesas da Argonauta.

[@carloscastro8095]

Tivemos algumas publicações no Brasil sim. Além da Asimov Magazine, tivemos A coleção Galáxia 4 da Rio Gráfica Editora. Coleção Ficção Científica da editora Global, Coleção Fricção - Science Fiction da Ediouro e a Coleção Urânia da Cedibra. Mais nunca ganhamos das coleções de Portugal. Com as série Antecipação da Galeria Panorama. Coleção FC da Europa-América e finalmente as várias centenas da Coleção Argonautas da editora Brasil-Lisboa.

[@pedro5603]

Qual é o gênero certo de Duna ? Planetary romance, Space opera ou outra denominação ?

[@fantasticursos]

Planetary Romance, FC Soft, FC New Wave. Há diferentes abordagens que você pode tomar. É FC Soft porque a obra lida com outras temáticas que não as das Ciências Exatas. DUNA lida com Sociologia e Religião e por causa dessa questão ela também pode ser lida como FC New Wave. Lembrando que no canal tem vídeo sobre FC New Wave. Grato pela pergunta

[@GagoSPBR]

Excelente vídeo professor. Uma dúvida: o que é horror policial?

[@fantasticursos]

Muito obrigado Robilam. Não conheço o Horror Policial em termos de gênero, mas imagino que sejam narrativas em que o agente da ordem - o detetive - se depara com forças que despertam o Horror no processo de sua investigação, sejam de cunho sobrenatural ou não.

[@rafaelolhaberriet2966]

E a mesma coisa que Sword & Planet?

[@fantasticursos]

Exato! Também é conhecido por esse nome. Abraços

[@rafaelolhaberriet2966]

@@fantasticursos É tanto termo que até me assustei com esse do vídeo, não conhecia, abraços!

[@MrQuiof]

Nessa carta do roteirista Gedeone Malagola ao Valdir Dâmaso (ambos falecidos), o Gedeone que foi roteirista de quadrinhos, cita a tira de John Carter dos anos 40 pelo filme do Edgar Rice, o John Coleman Burroughs que saiu de 1942 a 1943:3.bp.blogspot.com/-vt4NDX4kdS4/W5r8HVMdjUI/AAAAAAAAFWc/p0yyh2ZVWdkBE7gU5POFkX-DT896M7g9wCEwYBhgL/s1600/Carta%2BGedeone%2Bpara%2Bo%2BWaldir%2BDamaso.jpg Fonte:museudosgibis.blogspot.com/2018/09/hq-inedita-do-gedeone-malagola.html

[@fantasticursos]

Nossa. Documento histórico. Grato pela informação. Abraços

[@MrQuiof]

Ele ainda roteirizou o gibi do He-Man da Abril nos anos 80, ainda que seja algo infantil e licenciado, tivemos alguma produção no subgênero.