Faço a minha introdução do "Saber Viver" com as relexões de Leandro Karnal. Direto e reto: 5 conselhos ‘sincerões’ de Leandro Karnal que você deveria levar para a vida por: Danilo Gonçalves. Respeitado historiador, articulista, professor e também cronista (…), Leandro Karnal pode ser também definido como um grande frasista, para não dizer apenas pensador contemporâneo. Sempre didático e sem medo das polêmicas, faz questão de manter a calma e apresentar seus argumentos com muita propriedade e - grande trunfo - calma e semblante feliz. Não são raras as oportunidades em que, com toda classe, Karnal dá um “vráááááá” no senso comum em linhas de raciocínio diretas e retas. Ponderado, faz questão de olhar para todos os lados de uma análise e, acima de tudo, respeitar os lados que, claro, são terminantemente éticos. Ah, e, bem, você pode conferir também os conselhos “sincerões” da Monja Coen. Karnal e Coen, aliás, têm feito palestras e conversas unidos. E entendemos muito bem como eles acabaram se dando tão bem. Por isso, o Hypeness separou (apenas) alguns comentários e frases de impacto dele para refletirmos sobre. 1. ‘A certeza é própria do caráter raso’; “Geralmente as pessoas que estudam pouco ou observam pouco o mundo ou têm pouca capacidade limitada de compreensão, têm muita certeza. A certeza é própria do caráter raso. Não é que as pessoas que estudam têm um bom caráter, há muitas pessoas cultíssimas também com caráter raso, mas é capacidade de você abarcar a diversidade que outro ser de um jeito que não fira a lei, que não fira a ética, que outro ser de um jeito não o torna pior ou melhor, torna-o diferente (…)”. 2. Que tal Deus e a religião, Karnal!? “Acho um absurdo o ateu catequista, aquele que herda o pior da religião que é converter os outros!” “(…) uma moça disse ‘minha mãe estava mal, aí ela falou Deus e melhorou’. Bem, melhorando ou não ela vai morrer, como eu vou morrer e como todas as pessoas morrerão” 3. Dois grandes valores reais da sociedade: “A família e o celular são os dois grandes valores que sociedade ocidental construiu”. 4. Karnal não passa pano para os “umbiguistas”; “Negociando meu narciso na convivência social eu paro de me achar o centro do mundo e percebo que parte da minha tristeza solitária é vaidade ou narciso ferido”, disse ele ao ser questionado pela reportagem sobre aproveitamento espaços compartilhamento para lidar com a solidão. 5. Uma clássica e polêmica do professor sobre corrupção, uma doença crônica: “Há décadas e mais décadas, entra governo, sai governo, polarizamos posições políticas, despolarizamos, assumem governantes mais de esquerda ou mais direita (em tese), discute-se um liberalismo econômico ou uma atuação maior do Estado (enfim…), e ainda nos deparamos com denúncias e descoberta de ações corruptas em todas as esferas governamentais, é sinal de que temos, sim, problemas tal “problema de saúde”. Viva a vida como se fosse o último suspiro na essência do saber viver. Raphael Dechichi