Рет қаралды 1,473
Depois de "O Grande Dia" e da adoração ao presépio, inicia-se um momento mais descontraído, no qual os guardas-mores interagem com o alferes (aifere, dono da casa). A folia canta para atender aos pedidos do alferes. Geralmente o primeiro verso é em intenção do alferes, o segundo verso é intensão da rica-dona (esposa do alferes), o terceiro verso é cantado em intenção do filho mais velho, etc...
O alferes pede para cantar para membros da família, para as cozinheiras(na casa onde foi servida a janta), para amigos e visitantes. Pode ser solicitado o canto de mais de um verso ou ainda, o alferes pode exigir de qual "passo" será o verso a ser cantado.
Entre um verso e outro, acontecem as interações entre guarda-mor e alferes, as quais podem ser bem descontraídas ou assumirem um caráter mais sério, com citações das escrituras sagradas. Em algumas ocasiões ocorrem verdadeiras disputas de saber: vence quem citar o trecho do livro mais raro. O alferes pode arguir o guarda-mor sobre determinado assunto. Em algumas casas, o responsável pela folia, ao saber do nível de conhecimento do alferes, escala os foliões mais experientes para vestir as fardas de representantes dos Reis Magos.
Esse vídeo foi capturado por câmera de celular em 04 de janeiro de 2024, na casa do Juca, situada nas proximidades do Capão do Inocêncio, município de Santana de Pirapama, Minas Gerais, Brasil. O Juca, dono da casa, mostrou-se um alferes gentil com os jovens guardas-mores. Entre os componentes da folia, a velha guarda se junta às novas gerações e assim a tradição não morre.