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Em 1953, o banqueiro e coleccionador Ricardo do Espírito Santo Silva doou o Palácio Azurara e parte da sua colecção privada ao Estado Português. Nasceu assim a Fundação com o seu nome, criada como Museu-Escola com a finalidade de proteger e divulgar as Artes Decorativas Portuguesas e os ofícios com elas relacionadas.
Hoje, além do Museu de Artes Decorativas a Fundação tem 18 oficinas de artes e ofícios tradicionais portugueses que mantêm vivo um importantíssimo património imaterial de saber-fazer e asseguram uma intervenção especializada a nível do património português com a sua vertente de conservação e restauro. Tem uma escola para ensino das Artes: o Instituto de Artes e Ofícios, dando perenidade à transmissão do saber, onde o ensino das artes é uma prioridade e uma missão. Passadas várias décadas a Fundação continua a ser uma referência de prestígio na divulgação e preservação do saber-fazer das artes decorativas portuguesas.
Ricardo Ribeiro do Espírito Santo Silva, coleccionador e mecenas, nasceu em Lisboa em 1900 e morreu prematuramente em 1955
Foi banqueiro e empresário de profissão, alma de poeta e artista, mecenas das letras e das artes e coleccionador de arte por paixão - o que lhe valeu ter sido considerado um verdadeiro “Príncipe da Renascença”.
Imbuído de um espírito extraordinário de serviço público, quase missionário, dedicou a sua vida a reunir com coerência artística e a trazer de volta a Portugal, comprando em leilões ou a coleccionadores privados, um património artístico único que pelas vicissitudes da história foi disperso e, em alguns casos, considerado “desaparecido”.
A FRESS tem por missão a preservação, divulgação, ensino e investigação das artes decorativas e do saber-fazer com elas relacionado. Para a prossecução dos seus fins tem as seguintes unidades em funcionamento:
- Museu de Artes Decorativas Portuguesas, conservando e promovendo a divulgação das artes decorativas e relacionadas nomeadamente da colecção de obras de arte que constituem o acervo museológico;
- Escolas e/ou unidades especificamente vocacionadas para o ensino, formação e investigação em artes decorativas e no saber-fazer com elas relacionado;
- Oficinas de artes e ofícios que asseguram a perpetuidade do saber-fazer e garantem a sua preservação patrimonial;
- Departamento de Conservação e Restauro, vocacionado para a conservação e restauro no domínio das artes decorativas e com elas relacionadas que leva a cabo intervenções em património móvel e imóvel a nível nacional e internacional.