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1 - Boêmio - Gilberto Milfont
2 - Meu pranto ninguém vê - Adeílton Alves
3 - Errei... erramos - Roberto Silva
Boêmio
(Ataulfo Alves, J. Pereira e O. Portella)
Boêmio, nos cabarés da cidade,
buscas a felicidade na tua própria ilusão.
Boêmio, a boemia resume
no vinho, no amor, no ciúme, perfume, desilusão
Boêmio, ó sultão, por que é que queres
amar a tantas mulheres se tens um só coração?
Boêmio, pensa na vida um instante,
e vê que o amor inconstante só traz, por fim, solidão.
Boêmio, tu ficas na rua, em noites de lua, insone a cantar,
na ilusão dos beijos viciosos e dos carinhos pecaminosos.
Boêmio, tu vives sonhando com a felicidade, mas não és feliz.
Vives boêmio, sorrindo e cantando, mas o teu sofrer, o teu riso não diz.
Meu pranto ninguém vê
(Ataulfo Alves e José Gonçalves)
Canto, p'rá fingir alegria,
canto, p'rá matar nostalgia.
Aquela ingrata é culpada
do meu sofrer não ter mais fim.
E a malvada ainda acha
que tem o direito de zombar de mim.
Faço do verso uma arma p'rá me defender.
Tenho o meu pinho que ajuda a enganar o sofrer.
P'rá ninguém zombar, p'rá ninguém sorrir,
é só no coração que eu sei chorar,
o pranto meu ninguém vê cair.
Errei... erramos
(Ataulfo Alves)
Eu, na verdade,
indiretamente sou culpado da tua infelicidade.
Mas, se eu for condenado,
a tua consciência será meu advogado.
Mas, evidentemente,
eu devia ser encarcerado nas grades do teu coração,
porque se sou um criminoso, és também, nota bem:
estás na mesma infração.
Venho ao tribunal da minha consciência,
como réu confesso, pedir clemência.
Meu erro é bem humano, é um crime que não evitamos.
Esse princípio alguém, jamais destrói, errei, erramos.