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Zeus é uma celebridade. Após a consagração como "o melhor dos melhores" bovinos de raça minhota, obtida no último fim-de-semana, o exemplar único regressou ao conforto da Quinta do Souto, em Ronfe, onde os seus criadores têm recebido encorajadoras felicitações.
Em entrevista ao Grupo Santiago, José Carlos Sousa revela que Zeus é tratado como um Rei, uma estrela (com cinco anos de idade e duas toneladas de peso) que é o orgulho da casa, da comunidade e da Associação Portuguesa dos Criadores de Bovinos de Raça Minhota, entidade que tutela esta raça autóctone que já esteve em vias de extinção.
O Zeus cresceu na Quinta do Souto: como tem acompanhado a sua evolução?
"É sempre um orgulho acompanhar a evolução de um animal, mas o orgulho maior é quando percebemos que ele era capaz de chegar a este patamar! Quando percebemos que o Zeus podia ser o melhor de todos, o melhor de sempre... Claro, o orgulho foi maior. Inicialmente, previa-se... Era um animal com boas características genéticas, mas não tínhamos a certeza do que ele iria dar na fase adulta, a fase em que ele está agora! Quando a gente percebeu que está aqui um exemplar único, considerado o melhor de sempre, o orgulho multiplicou-se.
Como têm sido os cinco anos de vida do Zeus?
Ele não está aqui há cinco anos, mas quase. Ele cresceu no campo, passou por um regime extensivo, com uma vida na natureza, no prado. Depois, foi estabulado, quando percebemos que ele chegaria a estas dimensões e que poderia chegar muito alto - nunca imaginamos tanto! Foi estabulado, educado, domesticado e trabalhado para que esteja aqui hoje tranquilamente em contacto connosco, com aptidões que permitam levá-lo a um concurso, a uma exposição.., Ele hoje é capaz disso tudo porque foi educado.
Importa referir que é um animal castrado, de raça minhota (olhe, ele quer brincar, sorrisos). Não está destinado a reprodução! É disso que falamos, de animais castrados, é isso que temos... Os animais são castrados porque vivem numa hierarquia normal durante a vida deles no campo e só conseguimos isso com a castração, por causa da hierarquia dos grupos. E depois por uma questão de qualidade de carne, que é o fim último destes animais.
Trabalhamos para um nicho de mercado de topo, a nível dos melhores restaurantes da Península Ibérica, temos também distribuidores em Portugal, que funcionam com isto... Que é o topo!
Não é por ser grande que ele vai ser melhor do que os outros, mas isso é uma questão genética. Nós trabalhamos com a perfeição, todos os anos tentamos aperfeiçoar um bocadinho mais, com os filhos, com os pais que procuramos. A Associação que tutela esta raça - a APACRA - faz um trabalho também de investigação e desenvolvimento, selecciona os melhores reprodutores em função das características que procuramos - neste caso para carne de qualidade - e vamos sempre desenvolvendo uma actividade no sentido de a aprimorar. Os irmãos do Zeus não são como o Zeus, são bons, mas não são como ele. É assim que fazemos, num aprimorar diário, constante, numa busca pelo melhor!
Como surgiu o nome?
O nome Zeus surgiu de uma forma natural. Isso já era um sinal, só agora o percebemos. Quando o 'batizamos' de Zeus, sabíamos que tinha potencial para ser um dos melhores. Zeus surgiu naturalmente, ouvindo alguns amigos, conselheiros que nos foram dando ideias. Zeus surgiu por isso! Porque ele é único e não podia ter outro nome.
O Zeus nasceu em Guimarães. A árvore genealógica e o perfil genético é do vosso conhecimento?
É um conquistador desde que nasceu. É vimaranense, nasceu em Guimarães, numa exploração que conhecemos, que nós compramos vários animais de lá. Temos vários animais que são dessa casa, conhecemos a genética toda. Adquirimos estes exemplares precocemente, a seguir ao desmame. Vêm para cá, desenvolvem-se e temos a hipótese através da APACRA - associação que coordena esta raça - saber quem é o pai, o avô, a avó, o bisavô, a bisavô. Sabes todos os passos que deu, todos os caminhos que fez e conseguimos chegar aqui e perceber toda a vida dele.