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Viajando pela História de Itaú de Minas do Alto de um DRONE
Parte 1 da história
ITAÚ DE MINAS - HISTÓRIA
ONDE SURGIU
Itaú de Minas, município situado no sudoeste de Minas Gerais, a
360 Km da capital mineira, surgiu com o nome de Córrego do Ferro. Com uma
área de 150,90 Km2
, tem sua altitude máxima, de 1.095m, na cabeceira do
Córrego Tebas e a mínima, de 712 m, na foz do Rio Santana.
COMO SURGIU
Segundo o Historiador Antônio Grillo, em meados do século XIX,
Joaquim Gomes de Souza Lemos, fazendo o que deve ter sido um dos
primeiros levantamentos da divisas do município de Passos, faz referência ao
povoado do “Córrego do Ferro”. Era o final do ano de 1870. Contudo,
inventários anteriores a esta data e catalogados nos arquivos cartoriais
passenses dão conta de atividades de mineração de ferro na localidade ao
mesmo tempo em que se referem a caminhos que passam pelo “Morro do
Ferro, pelo Córrego do Ferro, Rio São João, Rio Santana” e outros.
Tudo tem origem ainda na primeira metade do século XIX, quando
se estabilizavam os arraiais dos “Sertões do Jacuí”, e se configuravam com
nitidez os caminhos que os ligavam.
Na época, era bem conhecido o chamado “Caminho do
Desemboque”, roteiro de caravanas, sertanistas ou aventureiros que do Rio
Sapucaí buscavam aquela importante Vila, ainda no século XVIII - do porto do
Rio Claro cortavam pelo Vale do Itapiché e vinham sair nas Serras de Ventania;
daí costeando-a, iam em direção a Jacuí (pelo sul) ou ao Desemboque (pelo
norte), passando pelo Bonsucesso, Barra do São João, Quartel do Aterrado,
Serra das Sete Voltas e finalmente, Desemboque.
Ao lado desse, havia ainda o caminho que deixando Jacuí, seguia
o curso do Santana ( ou do São João, mais a leste) até encontrar o caminho
anterior e rumar para o Desemboque. O certo é que nesse caminho, na região
fechada pelos dois rios, São João e Santana, assumiram importância os vales
dos pequenos ribeirões, como o da Prata e o Córrego do Ferro. É que
esgotadas as alternativas de mineração de ouro na região, as atenções se
voltavam para a busca da prata e, na ausência desta, de outros minérios, como
o ferro, por exemplo. Os primeiros assentamentos dizem respeito a essas
experiências e deram origem aos povoados futuros.
A poucos quilômetros de Itaú, a fazenda Santana é testemunho
desses tempos: tanto a Capela consagrada a Nossa Senhora da Santana,
como o Cemitério que ainda existe, tem sua existência vinculada ao Morro do
Ferro, ou a tentativas de mineração desenvolvidas ainda na primeira metade do
século passado.
O Córrego do Ferro é o desdobramento de tais atividades e foi o
ponto de convergência não só da presença humana de muitos mineradores e
garimpeiros anônimos, como também das primeiras afazendagens de porte,
como a dos Amorim, cujo estabelecimento mais notório é o de Pedro Quita,
como ficou conhecido.
A mineração de Ferro, ao que tudo indica, não foi bem sucedida e
terminou esquecida. Em compensação, jazidas calcárias aí descobertas se
converteram logo na principal atividade econômica e serviu de suporte à
fixação dos homens. Junto à colônia da fazenda surgiram os estabelecimentos
rudimentares das caieiras e logo, uma venda. Essa a origem do povoado que
em todos os documentos, tem o nome de Córrego do Ferro.
Também ao pesquisar as terras do atual município, foram
encontrados resquícios de antigas fazendas com, aproximadamente, 150 anos,
como a Fazenda São João, conhecida popularmente por Fazenda da Leocádia,
propriedade de Antônio Felício Cintra, descendente português.
Percebe-se que nessas terras havia grande circulação de
pessoas, muitos boiadeiros e, certamente, também muito dinheiro. E pela
inexistência de bancárias, todo esse capital era colocado em cofres nas
próprias residências.
Essa é a história disponível até o momento e mesmo faltando
maiores informações, se pode afirmar é que essa localidade já era habitada
antes do ano de 1900, pelos latifundiários e mineradores que arroteavam a
região, expandindo suas riquezas e propagando a vinda de mais pessoas.
No entanto, a localidade é bem mais antiga do que se pensa,
dúvida suscitada pela carência de documentos que impossibilita o estudo
aprofundado dos conhecimentos. A história de Itaú de Minas é, portanto,
resgatada a partir do início do século XX, por se ter conseguido escrituras das
fazendas, de outros documentos e, principalmente, pelos relatos dos familiares
dos habitantes no início do século.