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A série traz histórias de diferentes gerações e sua convivência com o HIV. Neste episódio, a conversa é com Beto Volpe, autor do livro “Morte e Vida Positiva”.
Ele recebeu o diagnóstico positivo para o HIV em 1989, aos 28 anos. “Meu mundo desabou, eu estava certo de que não resistiria aos meses seguintes.”
Beto contraiu o vírus em encontros desprotegidos quando vivia em Santos, epicentro nacional da doença durante décadas. “Eu e meu namorado na época abrimos mão do preservativo, quando o relacionamento terminou resolvi fazer o teste. A enfermeira me chamou, falou o resultado e na hora eu disse que tudo bem, ela perguntou se eu realmente tinha entendido, que ela estava preocupada. Eu já estava meio que preparado, esperando.”
O diferencial neste momento delicado, segundo Beto, foi o apoio que recebeu. “Uma coisa que não posso deixar de falar é que sempre tive apoio total e irrestrito da minha família.”
Ele começou a tomar o coquetel anti-HIV quando apresentou os sintomas iniciais de aids, em 1996, sete anos depois de ser infectado. O pioneirismo teve seu preço: 25 cirurgias, algumas pneumonias, três neurotoxoplasmoses, dois cânceres e uma infecção que o fez perder 30 quilos. Sobreviveu.
Ao publicar o livro “Morte e Vida Positiva”, o ativista pelos direitos humanos defendeu que a infecção pelo HIV proporcionou a oportunidade de reescrever sua história. “Foram várias e sucessivas maneiras de ver a vida”, relembrou. “Apesar de todas as dificuldades e de todas as perdas, foi o vírus que me tirou da mediocridade em que vivia e deu sentido à minha vida.”
Para ler mais: agenciaaids.co...